Começo esse importantíssimo post respondendo a um comentário enviado:
Ora, parem de inventar desculpas esfarrapadas. As palavras foram de uma autoridade do Vaticano, superior ao bispo de Olinda e Recife. E felizmente isso demonstra como existe gente sensata e serena na Santa Sé, ao contrário do prepopente bispo que acabou causando o efeito contrário: a população em massa condenou veemente sua atitude intempestiva e precipitada. Destaque para as palavras do monsenhor Rino Fisichella: “Há outros que merecem a excomunhão e o perdão, não aqueles que salvaram sua vida (a da menina) e a ajudarão a recuperar a esperança e a fé”.
Está havendo realmente uma confusão generalizada sobre o que aconteceu em Alagoinha e as repercussões do caso. Em primeiro lugar, o missivista está erradíssimo quando diz: “As palavras foram de uma autoridade do Vaticano, superior ao bispo de Olinda e Recife”. As únicas autoridades eclesiásticas superiores a um bispo são o Papa e um Concílio Ecumênico. A CNBB não tem autoridade sobre nenhum bispo, e muito menos um palpiteiro do Vaticano o tem. Essas palavras expressam a opinião de um clérigo, nada mais que isso, e não correspondem necessariamente ao posicionamento da Igreja Católica enquanto instituição.
Pelo que pude perceber, a definição que o missivista faz da palavra “sensatez” é “dar palpites sobre um assunto sem ter o conhecimento necessário”. Há que ser dito novamente: os médicos não salvaram a vida da menina coisíssima nenhuma. Não havia risco iminente de morte – embora sua gravidez pudesse ser considerada sim de alto risco. O que os médicos fizeram foi matar dois bebês que já se encontravam quase no quinto mês de gestação, com a ajuda de funcionários de uma ong abortista. Por isso, todos os envolvidos no aborto estão excomungados pela lei da Igreja – nenhuma autoridade eclesiástica está acima do Direito Canônico.
Dom José Cardoso cumpriu seu papel de pastor ao advertir a todos os católicos: quem pratica o aborto está automaticamente excomungado. E ponto final. Podemos até relativizar a culpa da mãe da menininha grávida neste caso de Alagoinha – tudo leva a crer que ela foi manipulada pelos abortistas, por isso, dada à pressão psicológica que sofreu, sua culpa é mínima – portanto não estaria excomungada. Mas a lei da Igreja é clara: o aborto é um pecado passível de excomunhão automática, aplicada independentemente do pronunciamento de qualquer autoridade eclesiástica – nem o Papa precisa declarar a excomunhão. Dom José apenas avisou o que está no Direito Canônico. Repetindo pela enésima vez: Dom José Cardoso não excomungou ninguém.
O blog Deus Lo Vult! publicou muitos textos interessantes sobre todo o caso. Destaco quatro dentre todos. Sem pedir licença ao Jorge (ele vai entender…), vou linkar aqui seu texto “Comentando o artigo de Dom Fisichella“, sobre o artigo publicado no L’Osservatore Romano, objeto da declaração da Arquidiocese de Olinda e Recife publicada aqui neste site, que por sua vez motivou o comentário que abre este post.
Outros dois textos são pareceres médicos acerca do caso, publicados originalmente no Orkut. Republico aqui, pela sua importância, ao mesmo tempo que linko a publicação do blog do Jorge. Novamente, os grifos em negrito são meus:
1) Luiz Fontes (São Paulo)
Lamento informar que os nossa imprensa, quando faz uma pesquisa sob “moderação” (= CENSURA), publica apenas aquilo que lhes interessa e vai de encontro à opinião pessoal do “moderador”. É a 2a e última vez que manifesto minha opinião nesses fóruns nada democráticos. Vai logo abaixo a minha mensagem encaminhada ontem (11/03/09) por volta das 16:55h e censurada, provavelmente por não atender as “normas” do forum.
Também vai no final a mensagem de um homônimo, escrita com toda a educação que lhe foi transmitida em casa e na escola.Abraço do
Luiz Fontes – CRM 62317 – São Paulo
Médico Ginecologista e Obstetra
Médico LegistaA MENSAGEM NÃO PUBLICADA
Sou médico ginecologista e obstetra, faço partos desde 1985. A equipe médica de Pernambuco agiu intempestivamente e cometeu dois erros grosseiros:
1- toda gestação gemelar e toda gestação em adolescente é considerada de alto risco. No caso em apreço (idade materna de 9 anos), de adolescente em idade fértil (pois ovulou e engravidou), não existe, nem de longe, a condição exigível para a prática do aborto, nem sob o ponto de vista médico nem jurídico: iminente risco de vida materna em decorrência do estado gravídico. Havia apenas uma gestação de alto risco (risco bem menor do que o de gestantes com patologias graves), que se bem conduzida não traria conseqüências danosas à mãe e aos conceptos.
2- interromperam gestação decorrente de estupro, sendo que um crime (estupro) não justifica a prática de outro crime mais grave (aborto).
Não sou católico, mas a decisão do Bispo, de aplicar o que consigna o Código Canônico Católico, foi correta. A equipe médica portou-se como bando de assassinos.
2) Elizabeth Cerqueira
Meus amigos,
– Todo o fato é terrível – não é isso que se está discutindo – porém acho importante fazermos algumas reflexões pois o aborto não era a única nem a melhor solução:
a) Devem ter usado Cytotec (?) – que tem protocolo muito claro para tratamento de úlceras gástricas – não há experiência suficiente de seu uso em meninas de 9 anos grávidas (mesmo que tenham usado outra droga – sempre se está atirando meio no escuro pois é de se convir que é raro uma gravidez gemelar aos 9 anos) – portanto houve risco na indução do aborto;
b) A menina não corria risco de vida agora – não havia esta pressa nem indicação de intervenção no momento para salvar a sua vida;
c) De onde vem a estatística que ela corria o risco de 90% de morte ou de qualquer outra %? Estatística deve ser registrada em trabalho médico de pesquisa e com amostragem significativa para ter valor;
d) Haveria possibilidade que tivesse parto prematuro ou até aborto (espontâneo) – mas, quando espontâneo, o processo é mais simples e de menor risco;
e) Se levasse a gravidez pelo menos até 22 semanas, teríamos 15 a 20% de chance de sobrevivência para os gêmeos (mesmo que fosse 10% de chance – estaríamos tentando salvar as crianças sem aumento de risco para a mãezinha);
f) psicologicamente, esta menina foi usada como um trapo pelo homem, destruída como pessoa, percebendo-se marcada inconscientemente como algo sem valor – e por 3 longos anos. Ao experimentar a destruição dos filhos como lixo, o inconsciente registra – “viu, sou lixo e de mim só pode sair lixo”. Sabe-se lá como se fará para recuperar todo esse novelo em sua cabecinha. Por outro lado, imagine-se: ela sentindo-se rodeada por atenção, amor, cuidado e experimentado a valorização das crianças que trazia dentro de si – mesmo que a análise racional não fosse predominante – poderia estar começando aí o seu resgate como pessoa integral;
g) sei de meninas que deram a luz com 10 anos e continuam muito bem após anos e anos;
h) Não sei de ninguém que morreu por causa da idade precoce com que engravidou, se recebeu acompanhamento adequado. Vou pesquisar mais e comunico a vocês se houver algum trabalho nesse sentido.
Dra. Elizabeth Kipman Cerqueira
Médica ginecologista-Obstétrica; integrante da Comissão de Ética e Coordenadora do Depto. de Bioética do Hospital São Francisco, em Jacareí, São Paulo, Diretora do Centro Interdisciplinar de Bioética da Associação “Casa Fonte da Vida”; especialista em Logoterapia e Logoteoria aplicada à Educação.
Por fim, o mais importante dos textos. Trata-se de um dossiê escrito por Alberto R. S. Monteiro que denuncia os fatos acontecidos em Pernambuco com extremo esmero. Sua leitura é capital. O texto chama-se: “Urgente: aborto em Recife – Brasil”.
Transcrevo aqui um trecho. Os grifos são meus:
O que foi divulgado a este respeito foi o que a imprensa quis que o público soubesse. As pessoas diretamente envolvidas no caso expuseram aos jornalistas que os procuraram todos os detalhes do que está relatado nesta mensagem, mas nada foi publicado. As pessoas têm o direito de saber a verdade, e de compreender o quanto o público e as próprias vítimas estão sendo manipulados em função de interesses internacionais com os quais o governo do presidente Lula é conivente.
(…)
O que aconteceu esta semana no Recife não é o primeiro caso deste tipo. Há grupos que recebem financiamentos milionários de Fundações internacionais para que estes eventos sejam explorados ao máximo. Cabe aos que defendem a dignidade da vida humana, tomar consciência do que está acontecendo e posicionar-se para que não venham mais a repetir-se fatos vergonhosos como este, em que pessoas simples são enganadas, fatos são escondidos e informações são manipuladas e um povo inteiro é ludibriado com o único fim de produzir mudanças profundas na opinião pública em função das agendas de organismos internacionais.
(…)
Os que puderem ler esta mensagem até o fim compreenderão mais claramente o que isto significa. A democracia pressupõe cidadãos que busquem a consciência do que verdadeiramente sucede na sociedade. Para não ser ideologicamente enganado é preciso buscar informação sólida e coerente. Isto não se pode fazer com chavões ou pequenos bilhetes. Se desejamos um Brasil que seja modelo de democracia, este com certeza é um dos primeiros pontos onde começar.
(…)
O BRASIL ESTÁ ENFRENTANDO O MAIOR E O MAIS SOFISTICADO ATAQUE JÁ DESENCADEADO CONTRA A DIGNIDADE DA VIDA HUMANA QUE JÁ HOUVE EM TODA A SUA HISTÓRIA. O problema transcende o próprio Brasil e representa o coroamento de investimentos estrangeiros de várias décadas que pretendem impor o aborto não só ao Brasil como também a toda a América Latina e a todo o mundo.
(…)
Quantas foram as crianças que ficaram grávidas, que tiveram um bom acompanhamento pré-natal e fizeram parto cesariano morreram no Brasil nos últimos dez anos? A resposta é uma só: provavelmente nenhuma, e foram muitas as crianças que engravidaram nestes dez anos. O DataSus informa que 27610 crianças menores de 14 anos deram à luz crianças nascidas vivas no Brasil em 2006. Em dez anos são cerca de trezentas mil crianças. Este número impressionante mostra que a gravidez de menores não é um evento raro. Estas trezentas mil crianças incluem as que tiveram e não tiveram acompanhamento pré-natal e parto por cesariana. A pergunta é: quantas crianças menores de 14 anos que tiveram acompanhamento pré natal e parto cesariano morreram por causa da gravidez? O Datasus não tem registro de nenhuma. Provavelmente nenhuma criança menor de 14 anos que teve acompanhamento pré natal e possibilidade de parto cesariano morreu no Brasil nos últimos dez anos. O fato da gravidez ser de risco não significa necessariamente que a mãe irá morrer, mas sim que precisará de um acompanhamento especial. Simples assim e todo médico sabe disso.
Por que então os médicos que sabem destas coisas calam-se e não as declaram publicamente? O motivo é simples. No Brasil onde o governo Lula assina acordos internacionais para implantar o aborto totalmente livre e o Comitê de Ética do Partido dos Trabalhadores se prepara para processar e expulsar dois deputados pelo único crime de terem sido contra o aborto, não é politicamente correto dizer estas coisas para o público.
Mais difícil porém é explicar por que médicos, para-médicos e funcionários de organizações não governamentais, sabendo que estão mentindo ao induzir o público a acreditar que e menina irá morrer por causa de uma gravidez, insistem tão abertamente em espalhar a desinformação a todo o povo brasileiro. Tentaremos explicar por que se mente desta maneira, conscientemente, com a conivência e o aplauso da imprensa, durante o restante desta mensagem.
Entretanto o que é certo é que a mãe e o pai da criança eram claramente contrários ao aborto. Sendo assim eles teriam que ter o direito de serem informados claramente a respeito. E não o foram. Como veremos a seguir, foram informados do modo mais vergonhosamente fraudulento.
Esse é só o “aperitivo”. Leiam o restante aqui. E estejam avisados: o texto é grande, assim como grande é a sujeira que a imprensa está escondendo de forma deliberada.
O assunto está encerrado. Monsenhor Fisichella deu um excelente “cala a boca” no excomungadores. No fim, tudo não passou de um factóide.
Monsenhor Fisichella não calou a boca de ninguém. Leu a resposta da Arquidiocese de Olinda e Recife? Não leu. Repito: a autoridade de Fisichella não vai de encontro à autoridade de Dom José Cardoso, somente o Papa ou um Concílio Ecumênico poderia repreendê-lo. Factóide quem arrumou foi a imprensa, que deitou e rolou contra a Igreja. Os fatos estão aí: duas vidas humanas foram jogadas no lixo e estão usando uma menina de 9 anos para promover a causa abortista no Brasil.
Está encerrado sim porque o aborto já foi feito. Vocês ficaram com o rabo entre as pernas. Tentaram até relativizar a fala do monsenhor como “opinião pessoal”. O arcebispo é sim superior ao bispo. Monsenhor Fisichella não foi desautorizado pelo papa em nenhum momento. O que é sintomático. E não se trata aqui de liberdade de expressão. O editorial do monsenhor Fisichella demonstra que não existe consenso sobre o assunto nem mesmo na cúpula da igreja católica. Os dogmáticos são engessados mentalmente e usam dogmas como muletas. Tirem as muletas e…eles caem! O editorial foi um excelente “cala a boca” e um sutil puxão de orelha naqueles que crêem humanistas. Repito: tudo não passou de um factóide.
Primeiro: o aborto já foi feito, os bebês já foram mortos, quem matou foi aplaudido de pé… mas o caso levantou a bandeira da liberação total do aborto no Brasil. Portanto, o assunto não está encerrado, não. Segundo: pelo amor de Nossa Senhora, de onde você tirou essa de “arcebispo é sim superior ao bispo???” Você não sabe nada, menininho, não sabe nem a diferença entre “arcebispo” e “bispo”. Isso não é distinção de hierarquia! Que confusão, meu Deus! Em primeiro lugar, Dom José é arcebispo de Recife e Olinda. E repetindo, mais uma vez, para quem quiser entender: nenhuma autoridade eclesiástica é superior à autoridade do bispo. Somente o Papa e um Concílio Ecumênico têm autoridade sobre qualquer bispo do mundo! Tá difícil entender? Portanto, o texto de Fisichella expressa uma opinião pessoal de alguém desinformado pelos fatos. Fato 1: a menina não apresentava risco iminente de vida. Fato 2: o aborto foi realizado sem a autorização do pai, às pressas. Ele não menciona nada disso no tal editorial. Se o Papa não interveio diante do texto de Fisichella, não quer dizer que o tenha aprovado, muito menos que tenha desaprovado a conduta de Dom José. E não interessa se na “cúpula da igreja católica” há consenso ou não há: o que existe é o Código de Direito Canônico que excomunga automáticamente aqueles que praticam o aborto! Esse editorial só serviu para agradar católicos vira-latas que não entendem nada da própria religião. No mais, tentar salvar as vidas de dois bebês quase no quinto mês de gravidez não é humanismo? Humanismo é jogá-los no lixo? Convido-o a ler todos os textos publicados por este blog e a refutar os fatos apresentados. O resto é blá, blá, blá.
O fanatismo cega e aliena. É como malhar ferro frio. Pela milionésima vez: a histeria dos que foram contra o aborto não foi por preocupação com os bebês ou com a menina, foi por preocupação com dogmas. Você se esforça, atira para todos os lados, mas até agora não apresentou nenhum argumento, absolutamente nenhum argumento moralmente aceitável de que a menina não devesse abortar, exceto por crenças religiosas. Você por acaso leu o editorial do monsenhor Fisichella? Destaco alguns trechos, pois são um tapa na cara dos pseudo-humanistas: “dom José Cardoso Sobrinho, foi apressado e deveria ter se preocupado primeiro com a menina, que engravidou de gêmeos depois de violentada pelo padrasto em Alagoinha (PE).”O religioso disse ainda que a excomunhão atinge a credibilidade da Igreja.
– Era mais urgente salvaguardar a vida inocente – escreveu.”
Ele ainda justificou a atitude dos médicos:
– É uma decisão difícil para os médicos e para a própria lei moral”.
O pior de tudo foi a presunção do bispo e de certos “católicos” que acham que podem se sobrepor à lei e à família da vítima e impor seus dogmas. Se você é católico, problema seu. Mas não queira interferir na vida dos outros ou em decisões do Estado. Isso não tem nada a ver com liberdade de expressão, já que o bispo não foi impedido de falar – ele falou até demais. Dom Fisichella deu um belo e merecido tabefe na cara dos hipócritas. E parecem que gostam de apanhar, insistindo no assunto. E ponto final.
Você julga que a “histeria” dos que foram contra o aborto não foi por preocupação com os bebês, foi por “dogmas”. Mas o dogma central aqui é a inviolabilidade da vida humana, desde o momento da concepção! Que confusão é essa? O “dogma” do qual você desdenha é justamente esse: a sacralidade da vida de todos os envolvidos, a menina incluso. Você nem sabe o que é um dogma… Isso que você diz é calúnia, você está sendo leviano. E como assim não apresentei nenhum argumento? Rapaz… Você está sendo infantil. Em primeiro lugar, como já foi exposto aqui à exaustão neste site: o aborto é prejudicial à mulher; mesmo o abortamento espontâneo aumenta em 90% o risco da mulher ser acometida por um câncer de mama nas décadas seguintes ao aborto. Esta estatística, entre várias outras que provam que o aborto coloca a saúde física e mental da mulher em risco, está no site The Unchoice, que está na lista de favoritos deste site. Há um post aqui mesmo mostrando a ligação entre aborto e nascimento de bebês prematuros ou ainda abortamento espontâneo em gravidezes posteriores. Veja também o post “Algumas estatísticas sobre aborto nos Estados Unidos”. Ainda: não há nenhum registro no Datasus de gravidez de adolescentes e crianças que, devidamente acompanhadas por médicos, fazendo pré-natal, tenham morrido em decorrência da gravidez. Esses dados, que você solenemente ignora, demonstram: não era necessário realizar o aborto para “salvaguardar a vida inocente”. De novo: isso são fatos que você se recusa até mesmo a comentar, porque não passa de um menininho mimado e birrento. Prove que esse fatos são falsos ou argumente contra eles. Você se recusa sistematicamente a fazê-lo, e ainda tem a cara de pau de dizer que não apresentei nenhum argumento. E o que esses fatos têm a ver com religião? Em toda essa história, você leu apenas aquilo que te interessou e não deu a mínima para os argumentos do outro lado. Você é que se comporta como um fanático, porque selecionou devidamente as informações que lhe interessava, sem nem se preocupar com o que o outro lado teria a dizer.
Quanto a ler o que o monsenhor Fisichella escreveu, é lógico que li, na medida em que linkei o editorial comentado no blog do Jorge Ferraz, Deus Lo Vult!. A nota da Arquidiciose de Olinda e Recife refuta todas essas declarações, que são irresponsáveis e demonstram total desconhecimento do caso. Prove que a menina corria riscos de vida. Prove que o aborto era a única saída. Você não pode provar isso. Você não quis ler a resposta da Arquidiocese de Olinda e Recife. Pelo menos, talvez já tenha aprendido o que seja hierarquia eclesiástica, porque dessa vez não tocou nesse assunto. Menos mal!
Decisão difícil para os médicos só na cabecinha de inocentes como você, porque os dois médicos, Rivaldo Albuquerque e Olímpio de Moraes, são promotores da legalização do aborto no Brasil e encontraram nesse caso uma ótima oportunidade para fazerem valer suas convicções, como salienta a carta de Artur Costa. Prove que o bispo ou que qualquer católico se sobrepôs à lei civil, muito menos que tenha tentado manipular a família da vítima, como você sugere. Prove que qualquer ato do bispo ou de qualquer católico estivesse infringindo qualquer lei. Agora, eu sinceramente não entendi essa de “gostam de apanhar, insistindo no assunto.” Apanhar, de quem? Como assim? Você me apresenta, impávido, um texto de um bispo que está em Roma, não sabe nada a respeito do assunto, só deve ter lido algumas lorotas na imprensa, dá alguns palpites, todos devidamente refutados e diz que isso é um “tabefe na cara dos hipócritas”? Isso não passa de um tapinha desferido ao vento.
Você está devidamente desafiado a refutar toda a argumentação exposta no texto A mentira e a confusão orquestradas pelos abortistas – menina violentada grávida de gêmeos não corria risco de vida: o aborto era desnecessário. Vou resumir, pra ficar mais fácil pra você:
1) A menina não corria risco iminente de vida, como atestam dois médicos obstetras e um residente em medicina, cujos pareceres foram publicados aqui neste blog – as opiniões dos médicos estão no referido texto.
2) O risco de se praticar o aborto neste caso foi talvez mais perigoso do que se a gravidez fosse levada adiante pelo menos até a 22ª semana, como ponderou a Dra. Elizabeth Cerqueira, ginecologista e obstetra.
3) Segundo o DataSus, 27610 crianças menores de 14 anos deram à luz crianças nascidas vivas no Brasil em 2006. Não há registro de morte de nenhuma criança que tenha tido acompanhamento pré natal e parto cesariano.
4) A mãe e o pai da menininha eram contra o aborto. Por que a mãe mudou de opinião tão depressa? Porque os médicos defensores do aborto insistiram que a filha morreria caso o aborto não fosse realizado. Espere um momento: os ítens 1, 2 e 3 contradizem essa informação. Por isso, é licito sim deduzir que provavelmente a mãe foi manipulada e pressionada psicologicamente pelos abortistas, para que consentisse na realização do aborto.
Se isso não é argumentação, é o quê? Confete? Será que você não percebe que sua fala é totalmente esquizofrênica? Onde estão as refutações a esses argumentos? Você é capaz de refutá-los?
E depois reclamam quando dizem que religião aliena… Ora, meu caro, o ônus da prova cabe ao acusador. Não me venha com bravatas. Eu quero fatos. Não hipóteses. Um outro comentarista foi direto ao ponto: você só escreve baseado em falácias e suposições. Não há porque duvidar da palavra dos médicos que atenderam o caso. Os dois médicos citados por você não tiveram contato com a menina e não tiveram acesso ao prontuário médico. Como eles poderiam ter certeza? Por telepatia? A médica inclusive escreveu: “DEVEM ter usado Cytotec”. Devem? Ou usaram? Nem isso ela sabe. Você tem certeza? Ou também é um telepata? Agiram de má-fé. Ora, mas você ou é um cínico ou um idiota, ou os dois…A tentativa de violação da lei é flagrante por si mesma. A autorização para abortar foi uma decisão LEGAL, a igreja não tinha nada que se intrometer. A arquidiocese de Recife estava inclusive cogitando entrar na justiça. Se isso não é interferir numa decisão judicial é o quê? O que você não explica (e pelo jeito jamais explicará) é o que dá direito a alguém completamente estranho ao caso tentar intervir. O que você não justifica é qual lei obriga alguém a ter um filho decorrente de estupro. Além de ser violentada, a vítima ainda sofre outra violência que é ter de sustentar filho de estuprador? Você, seriamente, já pensou sobre isso? Já que você gosta de hipóteses, suponhamos o seguinte: e se a menina morresse?
Pelo menos você num ponto você parece ser cristão: levou uma bofetada numa face e ainda oferece a outra…
Ahahaha!!! Sabia que você não iria aguentar a pressão! Cadê meu comentário seu covarde? Acabou seus argumentos, se é que você tem algum?
Há que se ter muita paciência… Novamente: religião não tem a ver com meus questionamentos. E mais uma vez você não responde nada, ficar só na base das tergiversações. Você quer fatos? Não, você quer apenas o que lhe convém. É suposição que a menina não corria risco de vida? Não! Os argumentos já foram expostos à exaustão. Onde está o laudo dos médicos que realizaram o aborto que demonstrava categoricamente que a menina corria riscos de vida? Você não consegue refutar os fatos já listados na resposta anterior. Os médicos citados não tiveram contato com a menina, mas baseados em sua experiência profissional afirmaram com segurança e, até agora, não foram desmentidos por ninguém. Não se pode ter certeza sobre este caso justamente por isso – o aborto foi feito às escondidas, às pressas. Então, o que se pode é especular, baseando-se nos fatos: 1) não há registro de morte de nenhuma menina grávida tendo assistência médica durante a gravidez – isso é fato; 2) a menina teve alta do primeiro hospital e foi levada ao segundo para abortar – como liberar assim alguém que corre risco iminente de vida? 3) Por que logo em seguida a menina foi levada a um local ignorado e o aborto foi realizado às pressas? 4) os médicos abortistas não provaram que a menina sofria qualquer complicação que a impedisse de levar a gravidez adiante; 5) o pai da menina não concordou com o aborto; portanto, o caso deveria ter ido à justiça para que o juiz decidisse (veja em http://jc3.uol.com.br/2009/03/03/not_193194.php).
Leia isso aqui:
“Foi por volta do meio dia (quarta-feira), quando os abortos já estavam consumados, que a notícia foi publicamente anunciada. A indução do aborto havia sido iniciada na noite anterior, algumas horas após a alta dada pelo IMIP. A rapidez com que o aborto foi iniciado, diversamente do procedimento que os hospitais de aborto legal costumam adotar nos casos de gestação de menores, quando são realizados preliminarmente diversos exames, faz supor que o IMIP não se limitou, como afirma publicamente, apenas a cumprir o dever de fornecer a alta a pedido, mas que também forneceu os dados clínicos da menina para que o aborto se consumasse o mais rapidamente possível, antes que o paradeiro da vítima fosse descoberto, o que realmente veio a acontecer. A clandestinidade com que foi feito este aborto mostra que os que o realizaram sabiam que ele era ilegal. Ao contrário do que a imprensa quer dar a entender para impedir que o público perceba o que de fato ocorria, eles não temiam nem o arcebispo nem o assédio da imprensa, mas a presença do pai da criança e de seu representante legal, com os quais, se ali estivessem presentes, não poderiam mais fazer parecer legal para o público o que de fato era ilegal.” Dossiê de Alberto Monteiro, já citado neste blog e nas respostas anteriores, o qual você se recusa a ler porque no íntimo sabe que vai encontrar lá informações que vão lhe desagradar bastante, vai ficar irritadinho e vai precisar do babador, porque os fatos lá denunciados não têm refutação.
Esses são os fatos e você ainda me chama de “cínico ou idiota”. Rapazinho… Vai refutar ou vai continuar resmungando contra as evidências? Se a médica diz “devem ter usado” é justamente porque ninguém sabe como foi feito o procedimento. E por que? Por que isso foi feito às escondidas? Por que o procedimento de como o aborto foi feito não foi divulgado? A acusação é essa: não há elementos que provem que a menina corria risco de vida! Muito simples! E as provas estão nos textos aqui deste blog.
Qualquer pessoa pode questionar na justiça, através das vias legais, a legalidade de qualquer coisa. Baseando-se nesses fatos, na realização do aborto às escondidas, na falta de um consentimento expresso do pai da menina (e isso também é um fato, o qual você recusa a aceitar), a Igreja questionou a legalidade da realização do aborto sim porque tinha direito a fazê-lo. Pra você, a Igreja não tem nada que se intrometer porque tem mais é que ficar quietinha num canto, rezando, sem direito a falar qualquer coisa sobre qualquer assunto que vá contra os seus sagrados princípios e sua sagrada opinião. É permitido a qualquer cidadão o acesso à justiça para questionar, dentro dos limites da lei, a legalidade de um procedimento. Se a arquidiocese de Olinda e Recife estava cogitando entrar na justiça, qual a ilegalidade disso? Isso feriu seus sentimentos anti-católicos, coitadinho?
“O que você não explica (e pelo jeito jamais explicará) é o que dá direito a alguém completamente estranho ao caso tentar intervir.”
A lei dá esse direito! O que você define como “completamente estranho”? Se um procedimento levanta suspeitas quanto à sua legalidade, qualquer pessoa tem o direito de questionar esse procedimento na justiça. Quer dizer: o aborto feito de forma suspeitíssima foi feito “dentro da lei”; questionar isso é proibido por quem? Por você? Ah… não me faça rir…
Neste caso de Alagoinha, a Igreja não interferiu para obrigar a ninguém a ter um filho decorrente de estupro, como você acusa. O questionamento é simples: a mãe era contrária ao aborto e, de repente, mudou de idéia. Segundo o dossiê de Alberto Monteiro, o qual você se recusa a ler porque não passa de um menino birrento, os conselheiros tutelares de Alagoinha afirmaram ter havido pressão psicológica junto à mãe, para que permitisse o aborto da filha. Os conselheiros tutelares de Alagoinha denunciam que a mãe havia afirmado diante deles que era contrária ao aborto, “que pensava que o aborto não era correto, mesmo naquele caso, e que ninguém tinha o direito de tirar a vida de ninguém”.
Também não há nenhuma lei que obrigue alguém a fazer aborto. Vai ler o texto, que é um verdadeiro dossiê sobre o acontecido e publicou o outro lado da história ou vai ficar aí ignorante, posando de sabichão? O resto do seu comentário é o bla bla bla bocó de sempre: você sabe muito bem que os filhos poderiam ser encaminhados para adoção, já foi exposto pela própria Dra. Elizabeth Cerqueira que poderia ser feito um parto induzido no sexto mês de gravidez, para salvar a vida dos bebês e a mãe estaria em segurança, desde que devidamente acompanhada. Você é que gosta de hipóteses, você afirma como uma criança inocente: “Não há porque duvidar da palavra dos médicos que atenderam o caso.” Então, por que não provam que a menina corria riscos de vida? Não há porque duvidar desses médicos, que são promotores da causa abortista no Brasil, quem agiu de má fé foi a Igreja e a arquidiocese de Olinda e Recife…
Veja as boas intenções dos abortistas: “o pai da criança, que muito mais que a mãe, era radicalmente contra o aborto, foi negada qualquer informação que pudesse provir de uma equipe multidisciplinar. Foi apenas uma assistente social, que minutos antes havia reconhecido diante de todos que não tinha capacidade de responder a questões médicas e que desprezou as duas vidas que estavam no ventre materno, convenceu a portas fechadas um homem praticamente analfabeto que a filha certamente iria morrer se não fosse praticado o aborto. Nenhum médico foi chamado, nenhuma psicóloga, nenhuma equipe multidisciplinar. Apenas uma conversa a portas fechadas com uma assistente, interessada em que o aborto fosse praticado a qualquer custo, e que dispensou o pai sem mais após tê-lo convencido sobre o que ela própria havia reconhecido que não tinha competência profissional para explicar.”
Ao pai foram negadas informações e a mãe mudou sua opinião sobre o aborto abruptamente. Pra você, isso é normalíssimo, quem questiona é “cínico e idiota”. Pra você, isso não são fatos. Fato é o que te interessa. O resto é “suposições”, “bravatas”, “hipóteses”. Você só acredita no que sai nos jornais. Se não saiu no jornal, não aconteceu! E depois, o alienado sou eu! E ainda pensa que está me “agredindo”? Você é muito engraçado, rapazinho.
E se você está assim com tanta vontade de dar bofetadas em alguém, sugiro que entre numa aula de jiu-jistu. Intelectualmente, você apanha, apanha e apanha, e depois ainda sai cantando vitória. Tsc, tsc, tsc…
Ai que mêda de você, como diria o Didi Mocó. Me manda seu endereço que lhe envio de presente um joão sem braços com a minha cara, daí você dá uns tabefes nele para ver se passa essa sua vontade louca de me dar “tabefes”. Provavelmente pelo visto você ficou a madrugada inteira dando f5 (atualizar) aí no seu computador esperando minha resposta né… Fico muito lisonjeado…
Estou esperando até agora pelo laudo médico que comprove as afirmações dos dois médicos citados que, repito mais uma vez, NÃO tiveram contato com a menina. Que diabo de médicos são esses que dão diagnósticos à distância? Outra coisa: o aborto foi autorizado pela justiça, se foi autorizado e a menina corria risco de vida, eles não iriam ficar esperando não é mesmo? É mentira que o procedimento foi feito às escondidas, aliás não deveria ter sido mesmo divulgado para preservar a intimidade da menina e sua família, já muito expostas pela insensatez do bispo arroz de festa de Olinda. Outra coisa: por acaso leu a entrevista do bispo de Olinda na Veja? Perguntaram a ele o nome da menina e ele não sabia! Ele sequer sabia o nome da menina que dizia estar tão preocupado! Isso só mostra que ele não estava nem um pouco preocupado com a criança, só em querer aparecer!
Parem de responder a este Renato. stá claro que é sodado do ‘Partido’ abortista. Não se desfastem. Parabens pelo site.
Zabela, esse Renato demonstrou com sobras a terrível indigência intelectual que assola o povo brasileiro. Aliás, pelo texto e a “argumentação” sofrível dele pode-se cogitar um adolescente em fase de buscar afirmação a qualquer custo. Note como ele se posiciona como se estivesse num duelo, de modo semelhante ao de muitos ateus militantes, inclusive.
Note, ainda, como todo o edifício caiado dele se alicerça na premissa de que a menina corria risco de vida, quando nada se apontou nesse sentido e as estatísticas fornecidas pelo Jornada ainda falam contra essa suposição. Portanto, o alegado risco de vida seria inédito, incomum, dentro da própria história de gravidezes do tipo no Brasil. Caberia, ante isso, uma peça combrobatória fortemente embasada dos médicos abortistas que justificasse o aborto. Pelo que se seguiu (e nada foi mostrado) não passou mesmo de uma farsa com a intenção velada de fazer o procedimento abortista, assassinando os dois seres humanos no ventre da garota.
Todo o resto das bobagens proferidas pelo Renato assenta-se sobre a imposição desse alegado risco – sem uma única comprovação – como verdade absoluta e inquestionável. Depois, ele ainda vem aqui falar de cegueira dogmática, alienação. Um perfeito indigente intelectual.