A frase mais idiota da semana

Acreditar ou não na vida desde a concepção é questão de foro íntimo e a crença de cada um não é debate do interesse da esfera pública.

Fernanda de Escóssia, jornalista de O Globo que pensa que é católica, em artigo publicado no dia 06/03.

Noves fora o singelo fato de a escriba referir-se a si mesma como católica (tão católica quanto eu sou a Sharon Stone), esse debate sobre o início da vida humana nada tem a ver mesmo com religião; afinal de contas, se a vida começa no momento da concepção, este é um dado científico, não religioso. E, se for realmente verdade que a vida começa no momento da concepção (alguém aí prove o contrário), estão sendo massacradas milhões de vidas todos os anos em todo o mundo.

Se vivéssemos em um mundo minimamente racional, essa questão deveria sim ser debatida e resolvida publicamente, antes que fosse cogitada a hipótese de se liberar o aborto. Em suma: com o aborto, há a possibilidade de se estar matando uma pessoa, um ser humano, um indivíduo que em tese deveria estar protegido pela lei, porque a lei não pode discriminar indivíduos; a lei se baseia no princípio básico de que “todos são iguais em direitos”. Se um feto for um ser humano, ele tem que estar amparado pela lei.

Ora, se é impossível demonstrar que a vida começa na concepção, também é impossível demonstrar o contrário. Por prudência, obviamente, a possibilidade de o feto ser uma pessoa deveria ser levada em consideração no debate. A possibilidade de se estar matando uma pessoa é real. Por
conclusão lógica, o aborto deve ser evitado.

Os defensores da legalização do aborto não são capazes de provar quando a vida começa. Será que não passa pela cabecinha iluminada desses arautos da liberdade, dos “direitusumanus” e da igualdade a possibilidade de o aborto matar pessoas inocentes?

Se não são capazes de dizer, de forma clara ou objetiva, quando começa a vida humana, por que defendem com tanta ênfase a legalização de um procedimento que pode matar pessoas? Os abortistas não são capazes de demonstrar o contrário: que o feto não é uma pessoa humana e por isso pode ser extirpado.

A defesa da legalização do aborto é absurdamente irracional.

“Morte ao bispo!”

Por Percival Puggina.

No Brasil e em diversos lugares onde ainda persistem restrições ao aborto, o Dia Internacional da Mulher foi assinalado por passeatas e manifestações favoráveis à sua legalização. Esse polêmico tema, sem dúvida, é o que mais claramente define sobre quais bases morais uma sociedade deseja situar-se.

Sou contra o aborto porque, com robusta base científica e filosófica, sei que a vida do embrião e do feto é vida humana distinta da vida da mãe e que nenhum direito pode prevalecer contra o direito à vida de um ser humano inocente. Ponto. Embora católico e conhecedor da doutrina da Igreja sobre o assunto, tenho-a como totalmente dispensável para fundar minha convicção como cidadão. Aliás, a orientação da Igreja sobre o tema mudou acompanhando a Ciência. Foi ela, a Ciência, foram os médicos, foram os embriologistas que informaram ser humana a vida do embrião e do feto.

A posição da lei brasileira é clara e boa: a) o aborto é crime; b) esse crime só não implica penalização em caso de gravidez decorrente de estupro ou que ponha em risco a vida da mãe. Não preciso mencionar aqui os atropelos administrativos e legais praticados no Brasil com portarias que violentaram o crime de estupro com o objetivo de favorecer o aborto, fazendo com que, para sua realização, seja suficiente a declaração da vítima. É como emitir-se norma dispensando a perícia para o pagamento de indenização a vítimas de incêndio com danos materiais. Falou, está falado.

Os defensores do aborto tentam fazer chover para cima. Usam sofismas berrantes e sustentam, com o ar mais sério do mundo, tolices que constrangeriam um ruminante. Assim, por exemplo, uma desembargadora gaúcha aposentada declarou outro dia, num debate de tevê, que “se a lei não penaliza o aborto em certas condições, então ela o autoriza”. Até o parafuso que sustenta o quadro instalado na minha parede, ao lado do aparelho de TV, balançou a cabeça em reprovação. Se não penalizar for o mesmo que autorizar, então, doutora, a lei brasileira autoriza o crime de menor! Ora bolas! O que a lei brasileira faz, mesmo reconhecendo a natureza sempre criminosa do ato, é levar em conta, nesses dois casos, que suas condicionantes são tão graves que a condenação criminal seria uma violência inaceitável.

O caso da menina pernambucana potencializa todas essas condições: a vítima do estupro tem nove aninhos, o estuprador era seu padrasto e a gravidez, para agravar ainda mais o quadro, era de gêmeos. Temos aí um criminoso que deveria passar o resto da vida atrás das grades, para nunca mais chegar perto de uma criança e uma mãe corresponsável pela inominável violência praticada contra sua filha, porque, ou ela sabia o que estava acontecendo ou tinha a obrigação de saber o que estava acontecendo. Mas quem vem sendo execrado perante a opinião pública? O bispo, que simplesmente enunciou um princípio, tornando clara uma pena espiritual que os próprios envolvidos se autoaplicaram e à qual não parecem atribuir maior importância.

“Morte ao bispo!” clama, quase uníssona, a mídia internacional. Um tarado, uma mãe com muito a explicar a respeito do que acontecia sob seu teto, mas o monstro da história é … o bispo.

Atravessamos o border line da esquizofrenia social. Vivemos numa sociedade que jogou os valores morais no lixão de suas próprias desordens e libertinagem. Ela não mais aceita que alguém insinue que existe o certo e o errado, o bem e o mal, a verdade e a mentira. O certo, o bem e a verdade são impronunciáveis porque implicam coisas tão infames quanto exame de consciência, juízo moral, sentimento de culpa, arrependimento, perdão e reparação. Estamos construindo um mundo sem essas coisas e aparece um bispo para estuprar nossa insensibilidade! Moral é coisa que só se cobra de políticos, não é mesmo?

Fonte: Percival Puggina: a política como ela deve ser.

Escândalo: em público, padre admite viver com namorada

Um dos padres austríacos que fez parte do grupo que se opôs à nomeação pelo Papa de um bispo auxiliar para a diocese de Linz admitiu que mantém uma amante, revelou o site de língua alemã Kath.net News Service. O padre Josef Friedl, um dos trinta e um eclesiásticos que se recusaram a aceitar a ordenação episcopal do padre Gerhard Maria Wagner, afirmou em uma reunião pública que ele se opõe ao ensino da Igreja sobre o celibato sacerdotal e que vive com sua namorada; ele afirmou que seus paroquianos não fazem objeções ao fato. De acordo com o diário Der Welt, Friedl é um dentre os vários párocos da diocese de Linz que vivem abertamente com uma mulher.

Enquanto isso, outro prelado austríaco, o bispo Egon Kapellari, da cidade de Graz, disse que o padre Wagner – que pediu renúncia de sua eleição episcopal – “traumatizou” a opinião pública austríaca com suas afirmações públicas em oposição ao homossexualismo e à insistência de que Deus pune os pecadores.

Fonte: Catholic Culture. Tradução de Matheus Cajaíba.

Intolerância contra os católicos, sim! E orquestrada!

…os casos em que se produzem imagens inadequadas da identidade e dos valores cristãos por parte da mídia e da política, que levam a mal-entendidos e preconceitos.

O parecer da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa está corretíssimo e se aplica perfeitamente ao que está acontecendo agora, no Brasil, nessa campanha contra o bispo Dom José Cardoso em particular e contra a Igreja Católica em geral (ver o post seguinte).

A imprensa está caindo de pau. Eliane Cantanhêde e Kennedy Alencar, jornalistas especializados em escrever bobagens (devem ter feito alguma pós-graduação nisso), já deram seus palpites na Folha. Artigos irados circulam pela internet. Aqui mesmo neste blog que vos fala o número de visitações deu um salto e já veio gente aqui espinafrar e insultar a Igreja e suas autoridades.

O caso da menina de Alagoinha é somente um pretexto. Se estivessem com boas intenções, dariam oportunidade para que membros da Igreja explicassem o que é excomunhão, porque ela foi publicamente anunciada, quais as conseqüências de uma excomunhão. Claro que essa gente não tem vontade de debater ou dialogar, a baba ressentida que exalam mostra muito bem que descobriram uma ótima oportunidade para atacar gratuitamente a Igreja.

Até parece que se importam com a garotinha. Quem dera se importassem! Se tivessem alguma compaixão por ela, estariam lamentando o trágico fim das crianças concebidas em seu ventre. Estariam lamentando o trauma que essa criança vai ter que enfrentar para sempre por ter abortado seus filhos. Estariam preocupados com as seqüelas psicológicas e físicas as quais essa menina está sujeita a sofrer a partir de agora. Como já mencionei em post anterior, nos Estados Unidos 31% das mulheres sofrem complicações de saúde após praticarem aborto – e isso acontece em um país onde o aborto é legalizado.

Acusar os católicos de não se importarem com o sofrimento da menininha violentada tem um nome: vigarice. Na verdade, eu duvido muito que esses arautos da liberdade se preocupem com ela.

A preocupação dos militantes anti-cristãos é uma só: destruir a autoridade moral da Igreja Católica para transformá-la em um clubinho onde as pessoas vão apenas para se entreter. O objetivo da perseguição aos cristãos no mundo é constrangê-los, silenciá-los através da imposição de leis (a lei “anti-homofobia”, por exemplo), da ridicularização de sua doutrina (através da repetição exaustiva pelos “formadores de opinião” de adjetivos tais como “retrógada”, “arcaica” e “ultrapassada” para descrevê-la), da exposição de seus líderes fiéis ao ridículo pela imprensa e pela mídia, voltados a distorcer e deturpar a mensagem católica para confundir os fiéis.

O catolicismo está sendo vítima de uma onda de intolerância em todo o mundo. Quem afirma que é católico fiel à doutrina da Igreja é imediatamente taxado de “fundamentalista”. Esse rótulo não é apenas estúpido: ele é deliberadamente mentiroso. Faz parte de uma etapa de fundamental importância para esse processo de implosão da Igreja Católica: corroê-la por dentro, com a ajuda dos falsos católicos, que relativizam sua fé, acreditando apenas naquilo que os convém. Como escrevi em post anterior, quem nega ou relativiza um ensinamento da Igreja, ataca de frente toda a sua autoridade, pois a torna falível – uma instituição como outra qualquer.

O Católico instruído e fiel sabe, ao contrário dos católicos vira-latas, que sua Igreja é a Igreja fundada sobre Pedro por Nosso Senhor Jesus Cristo (Mateus 16,18-19). Sabe também que sua Igreja é assistida pelo Espírito Santo (João 20,21-23). Sabe que Jesus transmitiu sua autoridade, dada diretamente a Ele pelo Pai, à Igreja que fundou (Mateus 28,18-20); para um verdadeiro católico, a autoridade da Igreja Católica para ensinar vem de Deus. Transformar o catolicismo em uma “igreja qualquer”, tal como desejam muitos católicos e clérigos, e agem dentro da própria Igreja para isso, é a melhor estratégia para desacreditar a instituição.

Vocês duvidam que esteja acontecendo agora, neste momento, uma ação coordenada no mundo inteiro para desmoralizar por completo a Igreja Católica? Então, saibam que isso já aconteceu com a igreja anglicana – em apenas poucas décadas, essa instituição, que era a própria representação da tradição religiosa inglesa, vai deixar de existir. Sua autoridade moral, anteriormente abalada pela “ordenação” de mulheres, foi recentemente destruída por completo com a eleição de um bispo assumidamente homossexual. A igreja anglicana passa por um processo interno de desestruturação que parece ser irreversível e que vai terminar por destruí-la em um espaço razoável de tempo.

Católicos, reajam… Cabe a nós a defesa da Igreja do Senhor Jesus, não aos anjos do céu!

OSCE constata intolerância e discriminação contra cristãos

Os Estados membros abordam o tema pela primeira vez

VIENA, quinta-feira, 5 de março de 2009 (ZENIT.org).- Os Estados membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) devem empenhar-se mais em enfrentar a intolerância e a discriminação contra os cristãos. Esta foi a conclusão do primeiro encontro da organização, centrada especificamente no tema, e celebrado nesta quarta-feira em Viena (Áustria).

«Foi manifestado neste encontro que a intolerância e a discriminação contra os cristãos se manifesta de várias formas na área da OSCE», afirmou o embaixador Janez Lenarcic, diretor do Escritório para as Instituições Democráticas e os Direitos Humanos (ODIHR), que organizou o encontro.

«Se a negação dos direitos pode ser uma questão importante onde os cristãos representam uma minoria, os cristãos podem experimentar exclusão e marginalização também onde constituem a maioria da sociedade», acrescentou.

Mario Mauro, representante da Presidência da OSCE para a Luta contra o Racismo, a Xenofobia e a Discriminação, afirmou estar convencido de que este encontro «conseguiu dar visibilidade e sublinhar a importância do fenômeno da intolerância e da discriminação contra os cristãos».

Os participantes discutiram vários aspectos relativos à intolerância e à discriminação contra e entre os cristãos, como ataques violentos contra as pessoas, propriedades e lugares de culto, assim como restrições à liberdade de religião e de credo.

Da mesma forma, sublinharam os casos em que se produzem imagens inadequadas da identidade e dos valores cristãos por parte da mídia e da política, que levam a mal-entendidos e preconceitos.

Falou-se também sobre a necessidade de potencializar o diálogo inter-religioso, dado que muitos dos desafios que os cristãos enfrentam são compartilhados pelos membros de outras comunidades religiosas da região OSCE.

Os participantes no encontro pediram um levantamento mais preciso de dados sobre crimes contra os cristãos, a adoção de leis religiosas de acordo com os compromissos internacionais, e a assistência aos Estados e à sociedade civil para aumentar a consciência nestas questões.

A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) está conformada atualmente por 56 Estados participantes; todos eles são países da Europa (inclusive a Federação Russa e todos os países da União Europeia), Ásia Central e América do Norte (Canadá e Estados Unidos).

Fonte: Zenit. Os grifos em negrito são meus.

Alto nível

Uau. Os iluminados caem matando. Um me chamou de “verme”, “fanático”, “imbecil”. Trouxe algum argumento? Queria conversar, discutir, argumentar? Não. Apenas insultar. Então… Passa fora, xô Totó! Vai latir e abanar o rabo pra sua turma!

Outro foi de uma candura imensa. Me acusa de “falsa modestia”, “pseudo-humildade”. Ainda me acusa de odiar mulheres, não suportar ver a felicidade alheia… E me faz um terno convite: “Liberte-se das trevas da ignorância!!!”

Tudo isso é para eu ficar assim inteligente quinem você, libertário? Ao menos em uma coisa ele acertou: odeio o “modernismo”.

Esses moderninhos… Clamam pela liberdade, mas vociferam diretamente contra aqueles que manifestam opiniões que lhe são contrárias. Os argumentos não aparecem; apenas insultos e ofensas pessoais. Não criticam idéias, criticam pessoas.

Não perca seu tempo me julgando, idiota. Quem vai me julgar vai ser Nosso Senhor Jesus Cristo. Escrevo este blog em honra Dele. Todos nós seres humanos somos pecadores. Alguns se reconhecem como tais; outros, ridicularizam aqueles que assim procedem. É assim mesmo, não me importo. Se eu me julgasse o melhor dos cristãos, seria criticado (e justamente, diga-se de passagem) por soberba; se me reconheço pecador, sou insultado por uma suposta “pseudo-humildade”.

No mais, agradeça por este blog tão insignificante lhe dispensar só um pouquinho de atenção. É muito mais do que sua mente vazia de idéias e argumentos merece. Agora, puxando a cordinha da descarga, seu comentário vai para o devido lugar…

Carta aos professores Rivaldo Albuquerque e Olímpio de Moraes, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco, extensiva ao reitor Carlos Calado – assunto: o aborto da menina de 9 anos de Alagoinha (PE)

Prezados leitores:

Este talvez seja o post mais importante já publicado aqui em JORNADA CRISTÃ. Trata-se de uma carta enviada aos professores Rivaldo Albuquerque e Olímpio de Moraes, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco, extensiva ao reitor Carlos Calado. Os referidos professores Rivaldo e Olímpio fizeram parte da equipe de médicos que realizaram o aborto na menininha de nove anos violentada pelo padrasto em Alagoinha (PE).

O autor da carta é o estudante do 10º período da referida instituição, Artur Costa, que de forma corajosa sai em defesa do arcebispo de Olinda e Recife, D. José Cardoso Sobrinho, explicando o que é uma excomunhão “latae sententiae”. Em seguida, faz algumas considerações sobre a atribuição da moral em contraponto à função da medicina. Finalmente, vai direto ao ponto:

“Até que alguém me prove o contrário, a gravidez da menina era cientificamente viável. Todos nós sabemos que a medicina é imprevisível, e é assim como devemos encará-la. E na minha opinião, a conduta correta deveria ser esperar a evolução do caso, acompanhar de forma contínua a gravidez, e induzir o parto se necessário, sempre procurando SALVAR VIDAS, que é a verdadeira atribuição da medicina. Se alguém me provar o contrário com o devido respaldo da ciência, EU mudo de opinião”.

Aos católicos: frente à profusão de matérias caluniosas, tendenciosas, destilando ódio, preconceito e intolerância contra a Igreja Católica, fiquemos firmes e fieis aos sucessores dos apóstolos! Procurem ver a argumentação do lado católico, neste momento marginalizado e relegado à obscuridade pelos grandes órgãos de imprensa. Lembrem-se da perseguição movida contra a Igreja Católica, o clero católico e o cristianismo pelos meios de comunicação social. Lembrem-se que a postura dos jornalistas, em 99% dos casos, é a de se portarem contra a Igreja, tendo como objetivo último minar a sua autoridade moral e desacreditar os membros de sua hierarquia.

É exatamente isso que está acontecendo agora: a postura da Igreja, na pessoa do arcebispo D. José Cardoso Sobrinho, foi em primeiro lugar, como é permitido por lei, demover a mãe da menininha da idéia de fazer o aborto; em segundo lugar, novamente usando da liberdade de expressão, sem em nenhum momento ir contra a lei civil, comunicar publicamente a excomunhão dos envolvidos no aborto – como prevê o Código de Direito Canônico. A pena da excomunhão é única e exclusivamente eclesiástica, sem nenhum efeito prático para a lei civil: diz respeito apenas aos católicos, que têm o dever de seguirem a doutrina católica.

Enviem esse texto a amigos, conhecidos e colegas católicos; façamos nossa parte em defesa da fé católica e dos bispos escravos do evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

*****

Estimados professores Rivaldo e Olimpio e reitor Carlos Calado.

Sou estudante do 10 período da FCM – UPE, e estou escrevendo este e-mail para prestar a minha solidariedade ao Arcebispo de Olinda e Recife, D. José Cardoso Sobrinho. Em primeiro lugar, Dom José não excomungou ninguém, segundo a imprensa, que é maldosa e tendenciosa, informou. Como, boa parte de vocês declaram ser católicos, apesar de não entender a doutrina, vou explicar algumas coisas.

De acordo com o código de direito canônico, existem 7 ocasiões que levam um católico a ser excomungado latae sententiae:

1 – Profanação do santíssimo sacramento
2 – Agressão física à pessoa do Papa
3 – Revelação por parte do sacerdote de segredos de confissão
4 – Absolvição por um sacerdote do cúmplice do pecado da carne
5 – Ordenação sacerdotal de Bispos por outros bispos sem autorização do Papa
6 – Apostasia e Cisma por parte de um católico bem informado.
7 – ABORTO

Logo, com isso, chegaremos à conclusão que o Bispo não excomungou ninguém, uma vez que todos os que participaram do procedimento já foram excomungados AUTOMATICAMENTE. Excomunhão Latae sententiae significa isso: EXCOMUNHÃO AUTOMÁTICA NO MOMENTO DO ATO. E o Arcebispo nada mais fez do que lembrar o que está previsto pela lei canônica, que é uma lei promulgada pelo Papa, e consequentemente de Deus, uma vez que o Papa quando se pronuncia em questão de fé e de MORAL, se pronuncia in persona christi. Cristo deu as chaves dos céus para o Papa, para que o mesmo tivesse esse poder de ligar e desligar de forma infalível. Logo, a condição para ser católico é acreditar nisso. Quem não acredita nessa questão de fé, não é católico. NINGUÉM É OBRIGADO A SER CATÓLICO.

A outra atitude de Dom José foi procurar a família da menina, e tentar intervir no processo para que o procedimento não fosse feito. Em momento nenhum a integridade moral do senhor professor foi ferida, e nem sequer Dom José faltou com respeito a ninguém. Muito pelo contrário, o que eu só ouvi por parte das pessoas que convivo ao redor foram manifestações de ridicularização e ofensas ao nosso Arcebispo. As pessoas, a imprensa, a declaração universal dos direitos humanos defendem tanto a liberdade de expressão… Agora o Bispo é uma exceção, e deveria ser proibido de se expressar? Que hipocrisia é essa? Que ditadura do relativismo é essa?

Por acaso é atribuição da medicina decidir o que é moralmente correto ou errado? Que eu saiba, a função da medicina é a de salvar vidas, de amenizar o sofrimento. NUNCA MATAR, não importa os argumentos sentimentalóides que costumeiramente se propagam por aí. Decidir o que é moralmente correto ou errado é atribuição da filosofia. Isso está fora do campo da medicina, embora deva caminhar junto. Por sinal, todo sacerdote para ser ordenado precisa ter estudo de filosofia e teologia, coisa que nós médicos e estudantes da medicina não temos. Logo, é competência de Dom José intervir na questão moral sim. E a sua opinião não pode ser ridicularizada nem impedida por ninguém. É direito dele se expressar, desde que não falte ao respeito com ninguém.

Qual a atribuição da moral? Nada mais nada menos que interpretar a lei natural. A declaração universal dos direitos humanos nada mais é do que uma tentativa de interpretação da lei natural. E o que é a lei natural? É a lei que rege a inclinação natural de todos os seres vivos. Um exemplo disso é que todo ser humano é inclinado a fazer o bem. Todo ser humano sabe que é certo fazer o bem, e é errado fazer o mal. Está no coração de todo ser humano que é errado matar uma pessoa inocente. E aí poderemos citar vários exemplos. A lei natural está no coração de todos os homens. E a declaração universal dos direitos humanos nada mais é que uma tentativa de interpretação disso. Os 10 mandamentos nada mais são do que um resumo dessa lei natural. Uma vez que a lei natural é fato concreto, chegaremos à conclusão que o bem e o mal são absolutos. A relativização do certo e do errado significa dizer que qualquer crime ou absurdo pode ser uma atitude correta de acordo com o ponto de vista das pessoas. É a negação completa da lei natural e da existência de Deus. Logo, a mesma deve ser levada em consideração sempre. E Dom José interveio dentro desse contexto, que NÃO É UM CONTEXTO CIENTÍFICO, mas moral!

Sabendo que é intríncecamente mal matar um ser inocente, e que nunca podemos ver no mal uma solução, chegaremos ao assunto Aborto. Perceberam que o assunto fé não entrou aqui em nenhum momento? E realmente não é questão de fé. É questão de ética. Coisa que todo ser humano tem o direito de intervir e opinar. E quando discutimos o que é certo e errado, a razão, e somente a razão deve fazer parte do discussão. O que a gente vê frequentemente por meio da mídia e das pessoas em geral são argumentos sentimentalóides, que estrapolam os limites da razão, e que não medem as consequências das atitudes. Evitemos isso!

Menina de 9 anos de idade foi estuprada várias vezes pelo padrasto, e engravidou, pior ainda! Gravidez gemelar. Todos vocês sabem que uma menina de 9 anos pode engravidar e pode dar à luz, como já ocorreu em outras situações. Gravidez na infância e na adolescência é uma triste realidade do nosso mundo. Toda gravidez tem o seu risco. Não é a toa que se usa os termos “baixo risco” e “alto risco. O CISAM é especializado em alto risco. E a medicina, como falei antes, tem a atribuição de salvar a vida da mãe e a vida do filho. O bom tratamento da mãe é o melhor tratamento para a vida intra-uterina. Até que alguém me prove o contrário, a gravidez da menina era cientificamente viável. Todos nós sabemos que a medicina é imprevisível, e é assim como devemos encará-la. E, na minha opinião, a conduta correta deveria ser esperar a evolução do caso, acompanhar de forma contínua a gravidez, e induzir o parto se necessário, sempre procurando SALVAR VIDAS, que é a verdadeira atribuição da medicina. Se alguém me provar o contrário com o devido respaldo da ciência, EU mudo de opinião, e ainda explicarei pessoalmente a situação ao Arcebispo Dom José, que certamente também mudará de opinião e voltará atrás.

Se foi estupro, se foi acidente, se foi o alienígena, NADA justifica pela razão a destruição da vida intra-uterina. Consequências psicológicas… abortando ou não, a menina carregará pra sempre da mesma maneira. Não existe estudo científico de credibilidade que prove algum benefício ou malefício a esse respeito. Argumentos sentimentalóides não substituem a razão, mesmo estando previsto por lei a autorização do procedimento. Professores Rivaldo e Olímpio, respeito muito vocês, tenho uma simpatia especial pelo prof. Rivaldo, vejo em vocês professores comprometidos com a FCM – UPE, mas é FATO que vocês são defensores ferrenhos da legalização do aborto em todas as ocasiões, e que essa foi uma oportunidade de instigar a população e propagar o que vocês pensam. Eu sei disso.

Bem, caros professores, estou à disposição de vocês, espero não os ter ofendido com nenhuma palavra. Espero inclusive artigos científicos que contribuam para esclarecer o caso e para contribuir para minha formação acadêmica. Estou disposto também a realizar iniciação científica com vocês dentro da área dos riscos que envolvem a gravidez na infância e adolescência, caso vocês se interessem.

Um Abraço,

Artur Costa.

O fanático sou eu!

Uau! Eu não sabia que era tão importante. Já tô recebendo ameaças por aqui. Fico lisonjeado, embora reconheça estar assustado, por isso. Ao me manifestar contra o aborto dos gêmeos concebidos através de estupro de uma menina de nove anos, além de expressar meu apoio ao bispo que notificou (veja bem: apenas notificou, ele não excomungou ninguém, apenas expôs o que está na lei da Igreja) a excomunhão de todos os envolvidos no aborto (exceto a menininha), estou sendo chamado dos nomes mais bonitos que vocês possam imaginar. E já veio um imbecil dizendo coisas sobre eu apagar comentários, mas não posso fazer isso na rua… Provavelmente, ele quer me pegar no braço. Pois é, isso é coisa de gente esclarecida, inteligente, iluminada, tolerante… Quer que eu lhe mande meu endereço pra você vir aqui na minha casa, me bater?

E o fanático sou eu!

Dom José Cardoso Sobrinho, o mártir em defesa da vida

Prezado Dom José Cardoso Sobrinho

Louvada seja Aquela que nos trouxe o Autor da Vida!

Aqui em Roma, em meio aos estudos de Bioética, desejaria ter mais calma para escrever esta carta de elogio à sua brilhante atuação como pastor diante da Arquidiocese de Olinda e Recife. Temo, porém, pecar por omissão se deixar para depois algo que deveria escrever hoje em apoio à sua defesa da vida de três crianças.

Sim, três são as crianças que o senhor defendeu: uma menina de nove anos, violentada pelo padrasto, e duas crianças gêmeas geradas neste ato de violência.

Em meu trabalho pró-vida, várias vezes deparei-me com casos de adolescentes ou crianças vítimas de estupro. Enquanto as feministas ofereciam aborto, nós, cristãos, oferecíamos acolhida, hospedagem, assistência espiritual e acompanhamento durante a gestação, parto e puerpério. As crianças geradas em um estupro costumam ser alvo de um carinho especial de suas mães. Longe de perpetuar a lembrança da violência sofrida (como dizem alguns penalistas), o bebê serve de um doce remédio para o trauma do estupro. Podendo doar o bebê após o parto, elas se assustam só de pensar em ficar longe dele. Tremem ao se lembrar que um dia cogitaram em abortá-lo. O aborto, além de ser uma monstruosidade maior que o estupro, causa um trauma adicional à mulher violentada. A idéia do aborto como “alívio” para o estupro é uma falsidade que deveria ser banida dos livros de Direito Penal.

A imprensa que acusa o senhor teve o cuidado de não revelar como o aborto foi feito. E com razão. Pois enquanto os defensores da vida mostram com alegria a linda criança concebida em um estupro, os abortistas não podem mostrar os restos mortais dos bebês que foram assassinados. Em se tratando de dois bebês de quatro meses, é possível que os médicos tenham feito uma cesariana para extraí-los do ventre materno. E depois? Depois, devem tê-los jogado no lixo, esperando que morressem. Uma cena nada agradável, nem digna de quem professa a Medicina. Os autores desse assassínio precisaram ter o sangue frio de um algoz para olhar nos olhos de suas duas vítimas abortadas. Mas é a pura realidade.

Outro argumento usado pelos abortistas é que a menina-mãe, por causa de sua tenra idade, não poderia levar até o fim a gravidez. Por isso, o aborto seria “necessário” para salvar a vida dela. Evidentemente, como o senhor sabe, tudo isso é mentira. A menina não estava prestes a morrer nem o aborto se apresentava como a “solução”. Uma gravidez como a dela exigiria um acompanhamento adequado. Médicos que honrassem o seu juramento fariam tudo para salvar os gêmeos, esperando que eles chegassem a uma idade gestacional em que poderiam sobreviver a uma operação cesariana. Afinal, para que servem as nossas UTIs neonatais? Talvez os bebês morressem espontaneamente durante a gravidez. Mas os médicos não carregariam a culpa por esse aborto espontâneo.

Aos que levianamente criticam o senhor, defendendo o aborto como meio para salvar a vida da mãe, eu proponho o seguinte caso.

Suponhamos que, de fato, o aborto pudesse “curar” alguém. Façamos de conta que, em alguma hipótese, o aborto seja “terapêutico”. Estaríamos diante de um caso semelhante ao de uma mulher que, oprimida pela fome durante o cerco de Jerusalém (ano 70 d.C), matou e devorou o próprio filho recém-nascido. O episódio é narrado pelo historiador Flávio Josefo. O raciocínio é o mesmo. Se a mulher não matasse seu filho, ambos morreriam de fome. Ao matá-lo, pelo menos uma das vidas foi salva.

Quem aplaude o aborto como meio para salvar a vida da mãe, deve, por coerência, aplaudir a atitude desse mulher que matou o filho para salvar a própria vida.

O senhor sabe muito bem – mas há muitos que não sabem e não querem saber – que nunca é lícito matar diretamente um inocente, nem sequer para salvar outro inocente. Por isso, o senhor está de parabéns por ter cumprido sua missão, que não é a de matar, mas a de dar a vida por suas ovelhas.

Permita-me agora referir-me a uma das mentiras que estão sendo apregoadas. A grande imprensa vem apregoando que, no caso da pobre menina de nove anos, o aborto foi legal. Ora, isso é absurdo. Não há aborto “legal” no Brasil, assim como não há furto “legal”. Nossa Constituição, que protege o direito à propriedade (por isso, não há furto “legal”), também reconhece a inviolabilidade do direito à vida (por isso não há aborto “legal”). O que os médicos fizeram, aos olhos da lei penal, foi um crime. Ocorre que, nem sempre a pena é aplicada ao criminoso. Há hipóteses, chamadas de “escusas absolutórias”, em que a pena não se aplica, embora subsista o crime. Um exemplo típico é o do furto praticado em prejuízo de ascendente, descendente ou cônjuge (art. 181, CP). Quem pratica tal furto (por exemplo, o filho que furta do pai) comete crime. No entanto, por razões de política criminal (como a preservação da intimidade da família) em tal caso o furto não se pune. Analogamente o aborto, que é sempre crime, tem dois casos em que a pena não se aplica: I – se não há outro meio (que não o aborto) para salvar a vida da gestante; II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido do consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal (art. 128, CP).

O médico que pratica aborto em ambas as hipóteses comete crime. A lei não autoriza a praticar o crime, mas pode deixar de aplicar a pena após o crime consumado. Como, porém, houve crime, faz-se necessário um inquérito policial. A polícia, indiciando os médicos e outras pessoas envolvidas, verificará se de fato foram preenchidos os requisitos para a não-aplicação da pena. Em outras palavras: verificará se a atitude dos médicos, além de ilegal e criminosa, é também passível de sanção penal.

Pode ser que o delegado de polícia chegue, por exemplo, à conclusão – nada improvável – de que o consentimento da mãe da menina foi obtido mediante fraude ou coação. Nesse caso, uma vez comprovada a invalidade do consentimento, a conduta dos médicos se enquadrará no artigo 125 do Código Penal (aborto provocado sem o consentimento da gestante), cuja pena é reclusão de três a dez anos.

Se os genitores da menina gestante foram vítimas de fraude ou coação, será possível ainda acionar judicialmente os médicos requerendo uma reparação civil de danos. Claro que nada repara a perda de duas vidas, nem o trauma sofrido pela menina de nove anos submetida ao aborto, mas uma indenização serviria como meio de advertência para os profissionais da morte.

Escrevo tudo isso para dizer que o senhor está do lado, não apenas da lei de Deus, mas também da lei dos homens. O senhor é digno de aplausos pela Igreja Católica e pelo direito positivo brasileiro.

Peço que o senhor não desanime. Estamos do seu lado. E, mais ainda, o Senhor da Vida está do seu lado!

Os ataques que o senhor sofre por todos os lados, até mesmo por pessoas de dentro da Igreja, fazem-me lembrar o que predisse Jesus: “Não penseis que vim trazer paz à terra. Não vim trazer paz, mas espada. Com efeito, vim contrapor o homem ao seu pai, a filha à sua mãe e a nora à sua sogra. Em suma: os inimigos do homem serão os seus próprios familiares” (Mt 10,34-36).

As injúrias, as perseguições, as calúnias, tudo isso que o senhor está fazendo deve ser para nós, não só motivo de dor, mas motivo de grande alegria. Com efeito, assim se pronunciou Jesus na última das bem-aventuranças:

“Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois foi assim que perseguiram os profetas, que vieram antes de vós” (Mt 5,11-12).

Parabéns, Dom José Cardoso Sobrinho! Subscreve o seu admirador, pedindo-lhe a bênção.

O escravo de Jesus em Maria,

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis
http://www.providaanapolis.org.br/

Urros vindos do reino das trevas…

Estou assustado com a repercussão em torno do caso da menina de 9 anos violentada pelo padrasto e que sofreu aborto, e com alguns comentários recebidos aqui por este blog.

Em primeiríssimo lugar, este blog visa ao diálogo e ao esclarecimento. Quem quiser mandar comentários que sejam discordantes das posições tomadas aqui, será bem vindo, contando que respeite a Igreja enquanto instituição e seus clérigos – ainda que, muitas vezes, estes não mereçam respeito por infidelidade à palavra de Deus.

Ofensas aqui serão devidamente e sumariamente descartadas. Este é o meu blog: eu, Matheus Cajaíba, assumo a responsabilidade por ele. Ele não pertence à Igreja ou a qualquer movimento ou instituição ligado à Igreja. Ele pertence a mim, um leigo, pecador e imperfeito que busca a salvação trilhando a doutrina ensinada pela Igreja Católica. O objetivo principal deste blog é transmitir os ensinamentos católicos, explicando, justificando, analisando fatos e acontecimentos sob o ponto de vista do catolicismo.

Este blog não é a casa da mãe joana, portanto não percam seu tempo para xingar bispo ou padre ou papa ou o que quer que seja relacionado ao catolicismo e ao cristianismo. Matem-se com seu próprio veneno, o ódio contra a Igreja Católica; mas aqui no meu blog vocês, inimigos da Igreja, não terão vez. Escrevam para a Folha de São Paulo, para os jornais, a rede Globo, portais de internet, blogs, todos os meios de comunicação, onde vocês poderão vomitar seus rancores e ressentimentos a vontade, e podem ficar tranqüilos porque a mídia é realmente muito mais importante que esse bloguezinho mixo, um grão de mostarda escrito e mantido por miserável pecador que clama para si a misericórdia de Deus, confiando apenas em Seu amor. A mídia vai dar ouvidos a vocês, Arnaldo Jabor vai bater palmas para o que vocês escreverem, os “formadores de opinião” em TODOS os veículos da grande mídia vão lhes ser solidários e divulgarão com enorme prazer suas mensagens carregadas de fúria contra o catolicismo, seus clérigos e os fiéis católicos.

Mas aqui não. Uma coisa é escrever aqui “discordo da sua postura” ou ainda “discordo da sua opinião, discordo da Igreja”. Isso é válido. Aqueles que quiserem buscar a verdade de coração sincero e buscam compreender o ponto de vista católico, serão bem recebidos e tratados com cortesia. Quem vier com pedras na mão, será mandado de volta para seu devido lugar: a lixeira. No meu blog, mando eu e não é qualquer comentário que será publicado. Entenderam?

Dito isso, vou avisando que excluí comentários agressivos e/ou recheados de ofensas gratuitas. Para vocês verem o nível da horda que se abateu por aqui, vejam o maravilhoso exemplo de um comentário expurgado, que dizia, entre outras coisas: “Canalha, vá cuidar dos filhos dela então seu palhaço!!!” Não vou, idiota, porque eles já foram assassinados. Você me insulta sem a mínima noção do trabalho realizado pelas instituições católicas e por heróis como o Padre Lodi – publicarei logo acima deste post um relato corajoso desse bravo sacerdote a respeito desse caso. Quantas garotas estupradas são apoiadas e recebem tratamento digno em casas de abrigo e instalações mantidas por religiosos! Quantas mulheres que, mesmo tendo amparo legal para abortar desistem de fazê-lo, e até mesmo de dispor dos filhos após o parto, porque os filhos gerados são o bálsamo, a cura, a terapia, a manifestação do próprio amor de Deus para a superação do horrendo trauma do estupro!

E o que pessoas como você ofereceriam à menininha? O aborto e adeus! E eu sou o canalha? Vai escrever pra sua corja, pros jornalistas vendidos e militantes corruptos que recebem dinheiro para defender o assassinato de bebês ainda no ventre da própria mãe.

Outro urro foi de uma senhora metida a esclarecida. Transcrevo um trecho:

É interessante como em certas questões católicos (e também, evangélicos) em geral apelam para o sentimentalismo barato para tentar angariar apoios e enganar os incautos. Se aproveitaram de uma situação repulsiva e traumática para fazer proselitismo religioso. Colocam fotos de fetos, numa apelação, sensacionalismo e mau gosto de fazer inveja aos piores programas policialescos da TV. Demonstraram muita preocupação com os bebês mas se esqueceram do personagem principal: a pobre menina violentada pelo padrasto.

A sensibilidade da missivista me comove. Não pode mostrar o resultado do aborto, não pode mostrar o que acontece com o feto após um aborto, ela fica ofendidinha! Tadinha! Mas fazer aborto pode, né? Ah, então tá bom! Fazer pode, não pode é mostrar o que foi feito!

Contra fatos, não há argumentos e, nessas fotos, existe o fato objetivamente demonstrado: vidas jogadas fora. Mostrar isso é “apelação”, “mau gosto”. Outra coisa: todos os pronunciamentos eclesiásticos demonstraram sim, ao contrário do que diz a missivista, preocupação com a menininha. Convido a todas as pessoas de boa vontade a visitarem os links “pró-vida” nos favoritos deste blog. Vejam o que dizem esses sites. Muitos estão em inglês, mas o Pró-vida de Anápolis tem informações preciosas sobre os efeitos devastadores do aborto sobre as mulheres. Evitar que uma mulher faça o aborto é sim preocupar-se com sua saúde física e mental.

A primeira vítima de um aborto é sempre a mulher que o pratica, em qualquer caso.

Mostrar o resultado dessa prática abominável, repugnante, horrível é considerado… abominável, repugnante, horrível. MAS A PRÁTICA, EM SI, É LEGÍTIMA! UM DIREITO DA MULHER! Ora, que contradição é essa? Mostrar um feto abortado é motivo de crítica; o aborto, O QUE PROVOCOU AQUILO QUE ESTÁ RELATADO NA FOTO, NÃO SOMENTE É TOLERÁVEL, MAS ATÉ DESEJÁVEL.

E quem defende a vida é que é hipócrita? A sra. é o quê, então? Uma iluminada? Não tolera ver fotos de fetos mortos, mas tolera que esses fetos sejam assassinados? Qual o nome que devo dar a isso?

Bem, se a senhora acredita que a Igreja Católica “está caminhando para a completa insignificância”, agradeço por dispensar um precioso tempo comentando neste blog ASSUMIDAMENTE CATÓLICO, FIEL À DOUTRINA DA IGREJA, E MUITÍSSIMO MAIS INSIGNIFICANTE QUE ELA. Surpreende-me a senhora gastar tempo com algo tão risível, ligado a uma instituição caduca, segundo diz.

A porta da rua é a serventia da casa: vão todos vocês insultar a Igreja e seus fiéis pastores em outros lugares, abundantes aliás, por aí. Repito: quem quiser discutir e até criticar, com civilidade e boa vontade, será acolhido. Mas aqui vocês, militantes anti-católicos, não terão vez. Voltem para as trevas, de onde vieram!

Que tristeza!

Bebê abortado durante o segundo trimestre de gravidez.

No post abaixo, o relato do padre Edson Rodrigues sobre o desenrolar da tragédia em Alagoinha, Pernambuco. Infelizmente, terminou em outra tragédia: a menininha grávida de gêmeos abortou. Pelo relato do padre Edson, percebemos a manipulação em torno do caso por parte dos abortistas, que mostraram total desprezo pela vida dos nascituros.

O aborto é a solução para curar todos os males? O aborto foi tão melhor assim do que se a menininha mantivesse a gravidez? Por que não se tentou salvar a vida dos bebês que ela carregava em seu ventre?

O aborto é um alívio? Mas para quem? Para a garotinha? Para seus dois bebês mortos? Isso é um alívio?

O aborto vai curar os traumas dessa garotinha? E os males físicos e psicológicos que o aborto provoca? Por que não levam isso em conta também?

O que muitos não percebem é que os católicos “carolas” e “radicais” sofrem de coração amargurado com esses casos horríveis, com a abominação do estupro de uma menininha, com essa gravidez terrível… É claro que ninguém em sã consciência tolera isso!

Mas é ilícito ter piedade dos dois inocentes mortos? Ou eles não eram humanos? Não eram humanos por terem sido concebidos em virtude de um crime horrendo? De sua mãezinha ser uma criancinha? Esses fetos não tinham direito a uma chance? O nascimento dessas crianças, caso fosse possível a gravidez ser levada adiante, seria um trauma maior que o seu “desaparecimento”?

Vocês realmente acham que psicologicamente a menininha está bem por causa do aborto que sofreu?

Vocês acham que isso vai livrá-la dos traumas decorrentes do estupro?

Vocês acham tão horrível assim dar oportunidade a dois bebês de nascerem? Acham tão horrível assim ao menos que se tentasse fazer isso? Acham uma monstruosidade tentar salvar as tres vidas, mas descartar duas para o lixo é não apenas justo, mas necessário?

E ainda atacam com ódio e com essa baba venenosa que lhes escorre pela boca a nós que defendemos a integridade física e moral dos três, a mãe e os bebês?

Será que estamos tão errados assim em defender a vida, buscando alternativas que minimizassem também o sofrimento da menininha?

Grávida de gêmeos em Alagoinha: o lado que a imprensa deixou de contar

Há cerca de oito dias, nossa cidade foi tomada de surpresa por uma trágica notícia de um acontecimento que chocou o país: uma menina de 9 anos de idade, tendo sofrido violência sexual por parte de seu padrasto, engravidou de dois gêmeos. Além dela, também sua irmã, de 13 anos, com necessidade de cuidados especiais, foi vitima do mesmo crime. Aos olhos de muitos, o caso pareceu absurdo, como de fato assim também o entendemos, dada a gravidade e a forma como há três anos isso vinha acontecendo dentro da própria casa, onde moravam a mãe, as duas garotas e o acusado.

O Conselho Tutelar de Alagoinha, ciente do fato, tomou as devidas providências no sentido de apossar-se do caso para os devidos fins e encaminhamentos. Na sexta-feira, dia 27 de fevereiro, sob ordem judicial, levou as crianças ao IML de Caruaru-PE e depois ao IMIP (Instituto Médico Infantil de Pernambuco), de Recife a fim de serem submetidas a exames sexológicos e psicológicos. Chegando ao IMIP, em contato com a Assistente Social Karolina Rodrigues, a Conselheira Tutelar Maria José Gomes, foi convidada a assinar um termo em nome do Conselho Tutelar que autorizava o aborto. Frente à sua consciência cristã, a Conselheira negou-se diante da assistente a cometer tal ato. Foi então quando recebeu das mãos da assistente Karolina Rodrigues um pedido escrito de próprio punho da mesma que solicitava um “encaminhamento ao Conselho Tutelar de Alagoinha no sentido de mostrar-se favorável à interrupção gestatória da menina, com base no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e na gravidade do fato”. A Conselheira guardou o papel para ser apreciado pelos demais Conselheiros colegas em Alagoinha e darem um parecer sobre o mesmo com prazo até a segunda-feira dia 2 de março. Os cinco Conselheiros enviaram ao IMIP um parecer contrário ao aborto, assinado pelos mesmos. Uma cópia deste parecer foi entregue à assistente social Karolina Rodrigues que o recebeu na presença de mais duas psicólogas do IMIP, bem como do pai da criança e do Pe. Edson Rodrigues, Pároco da cidade de Alagoinha.

No sábado, dia 28, fui convidado a acompanhar o Conselho Tutelar até o IMIP em Recife, onde, junto à conselheira Maria José Gomes e mais dois membros de nossa Paróquia, fomos visitar a menina e sua mãe, sob pena de que se o Conselho não entregasse o parecer desfavorável até o dia 2 de março, prazo determinado pela assistente social, o caso se complicaria. Chegamos ao IMIP por volta das 15 horas. Subimos ao quarto andar onde estavam a menina e sua mãe em apartamento isolado. O acesso ao apartamento era restrito, necessitando de autorização especial. Ao apartamento apenas tinham acesso membros do Conselho Tutelar, e nem tidos. Além desses, pessoas ligadas ao hospital. Assim sendo, à área reservada tiveram acesso naquela tarde as conselheiras Jeanne Oliveira, de Recife, e Maria José Gomes, de nossa cidade.

Com a proibição de acesso ao apartamento onde menina estava, me encontrei com a mãe da criança ali mesmo no corredor. Profunda e visivelmente abalada com o fato, expôs para mim que tinha assinado “alguns papéis por lá”. A mãe é analfabeta e não assina sequer o nome, tendo sido chamada a pôr as suas impressões digitais nos citados documentos.

Perguntei a ela sobre o seu pensamento a respeito do aborto. Valendo-se se um sentimento materno marcado por preocupação extrema com a filha, ela me disse da sua posição desfavorável à realização do aborto. Essa palavra também foi ouvida por Robson José de Carvalho, membro de nosso Conselho Paroquial que nos acompanhou naquele dia até o hospital. Perguntei pelo estado da menina. A mãe me informou que ela estava bem e que brincava no apartamento com algumas bonecas que ganhara de pessoas lá no hospital. Mostrava-se também muito preocupada com a outra filha que estava em Alagoinha sob os cuidados de uma família. Enquanto isso, as duas conselheiras acompanhavam a menina no apartamento. Saímos, portanto do IMIP com a firme convicção de que a mãe da menina se mostrava totalmente desfavorável ao aborto dos seus netos, alegando inclusive que “ninguém tinha o direito de matar ninguém, só Deus”.

Na segunda-feira, retornamos ao hospital e a história ganhou novo rumo. Ao chegarmos, eu e mais dois conselheiros tutelares, fomos autorizados a subirmos ao quarto andar onde estava a menina. Tomamos o elevador e quando chegamos ao primeiro andar, um funcionário do IMIP interrompeu nossa subida e pediu que deixássemos o elevador e fôssemos à sala da Assistente Social em outro prédio. Chegando lá fomos recebidos por uma jovem assistente social chamada Karolina Rodrigues. Entramos em sua sala eu, Maria José Gomes e Hélio, Conselheiros de Alagoinha, Jeanne Oliveira, Conselheira de Recife e o pai da menina, o Sr. Erivaldo, que foi conosco para visitar a sua filha, com uma posição totalmente contrária à realização do aborto dos seus netos. Apresentamo-nos à Assistente e, ao saber que ali estava um padre, ela de imediato fez questão de alegar que não se tratava de uma questão religiosa e sim clínica, ainda que este padre acredite que se trata de uma questão moral.

Perguntamos sobre a situação da menina como estava. Ela nos afirmou que tudo já estava resolvido e que, com base no consentimento assinado pela mãe da criança em prol do aborto, os procedimentos médicos deveriam ser tomados pelo IMI dentro de poucos dias. Sem compreender bem do que se tratava, questionei a assistente no sentido de encontrar bases legais e fundamentos para isto. Ela, embora não sendo médica, nos apresentou um quadro clínico da criança bastante difícil, segundo ela, com base em pareceres médicos, ainda que nada tivesse sido nos apresentado por escrito.

Justificou-se com base em leis e disse que se tratava de salvar apenas uma criança, quando rebatemos a idéia alegando que se tratava de três vidas. Ela, desconsiderando totalmente a vida dos fetos, chegou a chamá-los em “embriões” e que aquilo teria que ser retirado para salvar a vida da criança. Até então ela não sabia que o pai da criança estava ali sentado ao seu lado. Quando o apresentamos, ela perguntou ao pai, o Sr. Erivaldo, se ele queria falar com ela. Ele assim aceitou. Então a assistente nos pediu que saíssemos todos de sua sala os deixassem a sós para a essa conversa. Depois de cerca de vinte e cinco minutos, saíram dois da sala para que o pai pudesse visitar a sua filha. No caminho entre a sala da assistente e o prédio onde estava o apartamento da menina, conversei com o pai e ele me afirmou que sua idéia desfavorável ao aborto agora seria diferente, porque “a moça me disse que minha filha vai morrer e, se é de ela morrer, é melhor tirar as crianças”, afirmou o pai quase que em surdina para mim, uma vez que, a partir da saída da sala, a assistente fez de tudo para que não nos aproximássemos do pai e conversássemos com ele. Ela subiu ao quarto andar sozinha com ele e pediu que eu e os Conselheiros esperássemos no térreo. Passou-se um bom tempo. Eles desceram e retornamos à sala da assistente social. O silêncio de que havia algo estranho no ar me incomodava bastante. Desta vez não tive acesso à sala. Porém, em conversa com os conselheiros e o pai, a assistente social Karolina Rodrigues, em dado momento da conversa, reclamou da Conselheira porque tinha me permitido ver a folha de papel na qual ela solicitara o parecer do Conselho Tutelar de Alagoinha favorável ao aborto e rasgou a folha na frente dos conselheiros e do pai da menina. A conversa se estendeu até o final da tarde quando, ao sair da sala, a assistente nos perguntava se tinha ainda alguma dúvida. Durante todo o tempo de permanência no IMIP não tivemos contato com nenhum médico. Tudo o que sabíamos a respeito do quadro da menina era apenas fruto de informações fornecidas pela assistente social. Despedimo-nos e voltamos para nossas casas. Aos nossos olhos, tudo estava consumado e nada mais havia a fazer.

Dada a repercussão do fato, surge um novo capítulo na história. O Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife, Dom José Cardoso, e o bispo de nossa Diocese de Pesqueira, Dom Francisco Biasin, sentiram-se impelidos a rever o fato, dada a forma como ele se fez. Dom José Cardoso convocou, portanto, uma equipe de médicos, advogados, psicólogos, juristas e profissionais ligados ao caso para estudar a legalidade ou não de tudo o que havia acontecido. Nessa reunião que se deu na terça-feira, pela manhã, no Palácio dos Manguinhos, residência do Arcebispo, estava presente o Sr. Antonio Figueiras, diretor do IMIP que, constatando o abuso das atitudes da assistente social frente a nós e especialmente com o pai, ligou ao hospital e mandou que fosse suspensa toda e qualquer iniciativa que favorecesse o aborto das crianças. E assim se fez.

Um outro encontro de grande importância aconteceu. Desta vez foi no Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, na tarde da terça-feira. Para este, eu e mais dois Conselheiros, bem como o pai da menina formos convidados naquela tarde. Lá no Tribunal, o desembargador Jones Figueiredo, junto a demais magistrados presentes, se mostrou disposto a tomar as devidas providências para que as vidas das três crianças pudessem ser salvas. Neste encontro também estava presente o pai da criança. Depois de um bom tempo de encontro, deixamos o Tribunal esperançosos de que as vidas das crianças ainda poderiam ser salvas.

Já a caminho do Palácio dos Manguinhos, residência do Arcebispo, por volta das cinco e meia da tarde, Dom José Cardoso recebeu um telefonema do Diretor do IMIP no qual ele lhe comunicava que um grupo de uma entidade chamada Curumins, de mentalidade feminista pró-aborto, acompanhada de dois técnicos da Secretaria de Saúde de Pernambuco, teriam ido ao IMIP e convencido a mãe a assinar um pedido de transferência da criança para outro hospital, o que a mãe teria aceito. Sem saber do fato, cheguei ao IMIP por volta das 18 horas, acompanhado dos Conselheiros Tutelares de Alagoinha para visitar a criança. A Conselheira Maria José Gomes subiu ao quarto andar para ver a criança. Identificou-se e a atendente, sabendo que a criança não estava mais na unidade, pediu que a Conselheira sentasse e aguardasse um pouco, porque naquele momento “estava havendo troca de plantão de enfermagem”. A Conselheira sentiu um clima meio estranho, visto que todos faziam questão de manter um silêncio sigiloso no ambiente. Ninguém ousava tecer um comentário sequer sobre a menina.

No andar térreo, fui informado do que a criança e sua mãe não estavam mais lá, pois teriam sido levadas a um outro hospital há pouco tempo acompanhadas de uma senhora chamada Vilma Guimarães. Nenhum funcionário sabia dizer para qual hospital a criança teria sido levada. Tentamos entrar em contato com a Sra. Vilma Guimarães, visto que nos lembramos que em uma de nossas primeiras visitas ao hospital, quando do assédio de jornalistas querendo subir ao apartamento onde estava a menina, uma balconista chamada Sandra afirmou em alta voz que só seria permitida a entrada de jornalistas com a devida autorização do Sr. Antonio Figueiras ou da Sra. Vilma Guimarães, o que nos leva a crer que trata-se de alguém influente na casa. Ficamos a nos perguntar o seguinte: lá no IMIP nos foi afirmado que a criança estava correndo risco de morte e que, por isso, deveria ser submetida ao procedimentos abortivos. Como alguém correndo risco de morte pode ter alta de um hospital. A credibilidade do IMIP não estaria em jogo se liberasse um paciente que corre risco de morte? Como explicar isso? Como um quadro pode mudar tão repentinamente? O que teriam dito as militantes do Curumim à mãe para que ela mudasse de opinião? Seria semelhante ao que foi feito com o pai?

Voltamos ao Palácio dos Manguinhos sem saber muito que fazer, uma vez que nenhuma pista nós tínhamos. Convocamos órgãos de imprensa para fazer uma denúncia, frente ao apelo do pai que queria saber onde estava a sua filha.

Na manhã da quarta-feira, dia 4 de março, ficamos sabendo que a criança estava internada na CISAM, acompanhada de sua mãe. O Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (FUSAM) é um hospital especializado em gravidez de risco, localizado no bairro da Encruzilhada, Zona Norte do Recife. Lá, por volta das 9 horas da manhã, nosso sonho de ver duas crianças vivas se foi, a partir de ato de manipulação da consciência, extrema negligência e desrespeito à vida humana.

Isto foi relatado para que se tenha clareza quanto aos fatos como verdadeiramente eles aconteceram. Nada mais que isso houve. Porém, lamentamos profundamente que as pessoas se deixem mover por uma mentalidade formada pela mídia que está a favor de uma cultura de morte. Espero que casos como este não se repitam mais.

Ao IMIP, temos que agradecer pela acolhida da criança lá dentro e até onde pode cuidar dela. Mas por outro lado não podemos deixar de lamentar a sua negligência e indiferença ao caso quando, sabendo do verdadeiro quadro clínico das crianças, permitiu a saída da menina de lá, mesmo com o consentimento da mãe, parecendo ato visível de quem quer se ver livre de um problema.

Aos que se solidarizaram conosco, nossa gratidão eterna em nome dos bebês que a esta hora, diante de Deus, rezam por nós. “Vinde a mim as crianças”, disse Jesus. E é com a palavra desde mesmo Jesus que continuaremos a soltar nossa voz em defesa da vida onde quer que ela esteja ameaçada. “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham plenamente” (Jo, 10,10). Nisso cremos, nisso apostamos, por isso haveremos de nos gastar sempre. Acima de tudo, a Vida!

Pe. Edson Rodrigues
Pároco de Alagoinha-PE

O texto foi publicado originalmente aqui.

Meu primeiro xingamento recebido

Que emoção! Depois de quase três meses, o blog começa a tomar fôlego, chega a cem visitas diárias… E finalmente recebi meu primeiro comentário me insultando, com palavrões e ofensas de baixíssimo calão. Vejam que mimo o trecho publicável:

vocÊs são todos completamente loucos.
Como ousam chingar meu ex-professor leornardo boff…
Deveriam ser processados.

Daí em diante é baixaria pura. O molequinho, que assina com o singelo “nick” de “satanas” me insulta com palavrões, acusando o autor ou autores do site que de não assinarem os textos.

Olha que bobinho né… Mas ele pode se esconder atrás de um pseudônimo sublime…

Agora, se o ex-professor dele foi o Leonardo Boff (risos e mais risos), isso deve explicar em parte o fato de o sujeito ser um analfabeto funcional, incapaz mesmo de escrever corretamente.

Vade retro, satanas!

Caso Williamson: porta-voz vaticano pede mais objetividade aos jornalistas

Pe. Lombardi afirma que é o momento de virar a página

Por Kris Dmytrenko

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 4 de março de 2009 (ZENIT.org).- O sacerdote jesuíta Federico Lombardi pede aos meios de comunicação que não cedam à tentação de apontar com o dedo com tanta facilidade os defeitos de comunicação dentro da Igreja.

Em uma entrevista concedida a ZENIT, o diretor da Sala de Informação da Santa Sé defende o sistema de comunicação interno e externo da Santa Sé, muito criticado nos últimos dias.

Os jornalistas que cobrem o Vaticano descreveram de diferentes maneiras o gesto de Bento XVI de revogar a excomunhão dos quatro bispos lefebvristas, julgando o fato muitas vezes como um «tropeço», quando não como um «desastre».

«Falar desta crise em termos apocalípticos me parece excessivo -observa o padre Lombardi. O ano passado foi um ano de grandes êxitos comunicativos para o pontificado».

O porta-voz recorda a viagem apostólica de 2008 aos Estados Unidos, definindo-a de «esplêndida», e também destaca a «ótima comunicação» durante o Sínodo dos Bispos sobre a Palavra de Deus e durante a visita papal à França.

«Esquece-se muito depressa dessas experiências positivas -comenta. Isso não é justo, mas, lamentavelmente, é parte de nosso mundo, assim como a comunicação».

Frente aos riscos do sensacionalismo, o padre Lombardi pediu que os jornalistas olhem os fatos «com um pouco de distanciamento e objetividade».

Leia o restante da matéria aqui.

Pesquisa relaciona aborto com nascimentos prematuros em gravidezes posteriores

Por Hilary White.

04 de março de 2009 (LifeSiteNews.com) – Uma recém publicada meta-análise (estudo abrengendo dados de várias outras pesquisas) mostrou uma forte ligação entre aborto induzido e subseqüentes nascimentos prematuros.

Publicado na edição de fevereiro do prestigioso Journal of Reproductive Medicine, o estudo revisou dados internacionais de 21 estudos realizados entre 1995 a 2007 sobre nascimentos prematuros relacionados a abortos induzidos e espontâneos. A conclusão foi de que “abortos espontâneos e induzidos estão associados com um aumento similar de casos de nascimentos prematuros nas gravidezes seguintes”.

Os pesquisadores descobriram que abortos anteriormente induzidos aumentam a possibilidade de uma mulher ter um parto prematuro em 64%.

Embora a maioria das organizações abortistas neguem veementemente que haja um risco considerável de nascimentos prematuros decorrentes de abortos anteriormente realizados, o estudo publicado mês passado sustenta as descobertas de várias pesquisas anteriores. Um estudo realizado entre partos de filhos únicos no período entre 1998 e 2003 na Austrália, publicado no Journal of Maternal-Fetal & Neonatal Medicine em janeiro deste ano, também relacionou aborto com nascimentos prematuros.

Os pesquisadores naquele estudo descobriram que “aborto anteriormente induzido e  cigarro durante a gravidez (particularmente entre mulheres nativas da região) são fatores de risco evitáveis para partos prematuros”.

Outro estudo publicado em 2007 no Journal of Epidemiology and Community Health descobriu que abortos aumentam em três vezes o risco de nascimento de bebês com peso abaixo do normal em futuras gravidezes, e dobram o risco de nascimentos prematuros posteriores.

Fonte: LifeSiteNews. Tradução e adaptação de Matheus Cajaíba. Para ler o texto original em inglês, clique aqui.

Documento indica que papa Pio XII mandou socorrer judeus

O papa Pio XII (1939-1958) ordenou que os mosteiros dessem cobertura aos judeus perseguidos pelos nazistas, segundo um documento de 1943 achado num convento de freiras agostinianas de Roma, informou nesta quarta-feira a Rádio Vaticano.

Segundo a fonte, uma nota extraída do “Memorial das Religiosas Agostinianas do Mosteiro dos Quatro Santos Coroados de Roma” traz a seguinte mensagem: “O Santo Padre quer salvar todos os seus filhos, também os judeus, e ordena que os mosteiros deem hospitalidade a estes perseguidos”.

O documento inclui ainda os nomes de 24 pessoas que foram recebidas pelo convento.

“Trata-se de um documento muito importante, já que é escrito” à mão, o que confirma os vários testemunhos orais sobre o trabalho de Pio XII a favor dos judeus durante a perseguição nazista, destacou hoje à Rádio Vaticano o jesuíta Peter Gumpel, postulante da causa de beatificação do falecido papa.

Pio XII, que liderou a Igreja Católica de 2 de março de 1939 a 9 de outubro de 1958, é acusado de antissemitismo por muitos historiadores e líderes judeus por não ter enfrentado com força suficiente o regime de Hitler, algo sempre negado pelo Vaticano.

Gumpel acrescentou que, naqueles anos de perseguição (do nazismo) de “situações como as que eram vividas em Roma, uma pessoa prudente não colocava muitas coisas por escrito, já que havia o risco de elas caíssem nas mãos dos inimigos e de serem adotadas medidas ainda mais hostis contra a Igreja Católica”.

“A obra de salvamento de Pio XII, confirmada também por fontes judaicas, foi feita mediante mensagens pessoais, mediante sacerdotes que eram enviados a instituições e casas católicas de Roma, à universidade, aos seminários, às paróquias e aos conventos de freiras, sempre com a mensagem ‘Abram as portas a todos os perseguidos pelo nazismo'”, o que significava ‘primeiro, os judeus'”, afirmou Gumpel.

O jesuíta reiterou que o novo documento desarma todos aqueles “que de maneira persistente querem denegrir Pio XII e toda a Igreja Católica”. Além disso, declarou esperar que o papa Bento XVI assine o decreto que abrirá caminho para a beatificação de um de seus antecessores.

Fonte: Terra / Agência Efe.

Três dias de oração dedicados aos mártires do século XX

Por iniciativa de Ajuda à Igreja que Sofre

ROMA, quarta-feira, 4 de março de 2009 (ZENIT.org).- In Memoriam Martyrum é o título dos três dias de oração e reflexão sobre a paixão de Cristo e da Igreja, organizados pela seção italiana da organização internacional Ajuda à Igreja que Sofre, que acontecerão da sexta-feira, dia 13, ao domingo, 15 de março.

A iniciativa está dedicada aos mártires do século XX e aos sofrimentos da Igreja no mundo contemporâneo, e acontecerá na sede da Universidade Pontifícia da Santa Croce de Roma.

Os três dias de oração, assegura um comunicado de Ajuda à Igreja que Sofre recebido pela Zenit, representa a evolução das tradicionais «48 horas de oração pela Igreja que Sofre, realizada pela AIS em anos anteriores em Roma e em numerosas dioceses italianas.

Entre as diversas propostas do programa, cabe destacar a exposição «na vida e na morte», que percorre o dramático caminho dos mártires do século XX, e da qual participarão algumas escolas, e a Via Sacra dedicada aos mártires, que acontecerá na sexta-feira à tarde, na antiga basílica de Santo Apolinário; realizar-se-á também a adoração do Santíssimo Sacramento na capela da Universidade.

Haverá espaço também para testemunhos da experiência da Igreja na Índia, Vietnã, Eritreia e Iraque.

Na conferência «Sede minhas testemunhas» participarão os sacerdotes Luis Romero, reitor da Universidade que acolhe o evento, e Tone Presern, vice-decano da Faculdade de Ciências da Comunicação da Universidade Pontifícia Salesiana; também Pierre-Marie Morel, secretário-geral da AIS, e Dom Sante Babolin, presidente de AIS na Itália.

Fonte: Zenit.

Lefebvrianos reafirmam ao Papa recusa do Vaticano II

O Superior Geral da Fraternidade São Pio X, Bernard Fellay, negou a disposição de reconhecer o Concílio Vaticano II, como pede a Santa Sé. A Fraternidade que reúne os seguidores de Mons. Lefèbvre não goza de nenhum reconhecimento canónico na Igreja Católica.

Numa entrevista ao jornal “Le Courrier”, de Genebra, D. Fellay, sucessor do fundador da comunidade, respondeu “não” à pergunta sobre se “a Fraternidade está disposta a reconhecer o Concílio Vaticano II”.

“O Vaticano reconheceu a necessidade de reuniões para questões procedentes, justamente, do Concílio Vaticano II. Fazer do reconhecimento do Concílio uma condição prévia é pôr o carro à frente dos bois”, acrescentou.

D. Fellay falou também da esperança de que a Igreja católica reveja as “aquisições” do Vaticano II, que classificou como “puras perdas”. “Os frutos do Concílio esvaziaram seminários, noviciados e igrejas”, insistiu, frisando que “a crença dos fiéis foi desvirtuada”.

Uma nota da Secretaria de Estado do Vaticano, de 4 de Fevereiro passado, precisou que “o pleno reconhecimento do Concílio Vaticano II e do magistério dos Papas João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II e Bento XVI é condição indispensável para o reconhecimento da Fraternidade São Pio X”.

No que respeita à liberdade de consciência em religião, ao ecumenismo e ao diálogo inter-religioso, D. Bernard Fellay assinalou na referida entrevista que “existe uma grande confusão nos espíritos a este respeito”.

“No plano religioso, desejamos responder com ardor ao desejo de Nosso Senhor: «Que todos sejam um», a fim de que não haja senão «um só rebanho e um só pastor». Se por ecumenismo se entender a procura deste tão nobre objectivo, nós estamos evidentemente a favor”, disse.

“Se, em contrapartida, se vir aí um caminho que não visa esta unidade fundamental, unidade que passa forçosamente por um olhar de verdade – aquele de que a Igreja Católica se considera ainda hoje a única detentora, em toda a sua integralidade – então aí nós protestamos. De facto, aquilo que actualmente se vê é que o ecumenismo permanece num nível muito superficial de entendimento e de vida em sociedade, mas sem ir ao fundo das coisas”, defendeu o Superior Geral da Fraternidade.

Entrevista na íntegra – em francês.

Fonte: Agência Ecclesia.

Para a Quaresma, um jejum especial

Eu não morro de amores pela CNBB, o site da conferência não está citado aqui nos favoritos do site. Mas essa iniciativa merece apoio. Dom Antônio de Sousa, bispo emérito de Assis, está convidando os fiéis a absterem-se da televisão durante o período da Quaresma. Veja o que saiu na Zenit (link para a fonte aqui):

Brasil: bispo indica jejum da TV

Uma forma de atualizar essa prática, segundo Dom Antônio de Souza

ASSIS, terça-feira, 3 de março de 2009 (ZENIT.org).- Ao destacar o valor do jejum nos tempos antigos e nos dias de hoje, um bispo brasileiro afirma que «o jejum dos olhos é uma forma atualizada de se praticar o jejum quaresmal».

Dom Antônio de Souza, bispo emérito de Assis, em artigo difundido pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) nesse final de semana, questiona: «diante do mundo das imagens, perigosas e fascinantes, qual deve ser o comportamento do bom cristão?»

«Acredito que o jejum dos olhos é uma forma atualizada de se praticar o jejum quaresmal», afirma.

Segundo o bispo, «todos nós estamos bem conscientes que o uso indiscriminado da TV, principalmente da parte dos adolescentes e das crianças, vem se tornando um germe destruidor de todo princípio moral e religioso».

«Essa praga destruidora está exigindo reação forte e corajosa da parte dos bons cristãos.» «Nesta quaresma, não seria bom um jejum da TV?», pergunta.

O convite está feito, e é mais que bem-vindo! No meu caso, eu raramente assisto televisão, então preciso procurar outro jejum para fazer, não é mesmo?… O artigo de Dom Antônio de Souza está publicado aqui.

Apoio a Dom Aldo Pagotto

O Arcebispo Metropolitano da Paraíba Dom Aldo Pagotto cumpriu sua obrigação como pastor e suspendeu o deputado-padre-petista Luiz Couto. A Arquidiocese da Paraíba soltou uma nota a respeito do acontecido:

Nota Oficial

João Pessoa (PB), 25 de fevereiro de 2009.

O Arcebispo da Paraíba, Dom Aldo di Cillo Pagotto, suspendeu do uso de Ordem o padre Luiz Couto. Ele está impedido de realizar atividades próprias de um sacerdote, como celebrar missas. Abaixo seguem as explicações de Dom Aldo:

“Na edição do dia 25 de fevereiro de 2009, A/4, Política, o Jornal O Norte divulga: ‘Padre, deputado e adversário do celibato. Favorável ao uso do preservativo, Luiz Couto combate a intolerância e a discriminação a homossexuais, contrariando o Vaticano’.

Preposto à Arquidiocese da Paraíba, vejo-me na grave obrigação de suspender o referido sacerdote do uso de Ordem em nossa circunscrição eclesiástica, porquanto, por suas afirmações sumárias, e enquanto perdurem sem retratação explícita, provoca confusão entre os fiéis cristãos, e contraria ‘in noce’ as orientações doutrinais, éticas e morais sustentadas pela Igreja Católica (Cf. Cânon 1317 CDC)”.

Ita, in fide muneribus,

+ Aldo di Cillo Pagotto, sss
Arcebispo Metropolitano da Paraíba

Deus seja louvado por Dom Aldo! Infelizmente, católicos vira-latas estão a ladrar contra o corajoso sucessor dos apóstolos: alguns indivíduos que se consideram católicos (como ser católico sem se submeter à autoridade da Igreja?) estão promovendo atos contra o bispo, pedindo até a CNBB que o retire do comando da arquidiocese. Para começo de conversa, nem que a CNBB pudesse, tomaria tal atitude; afinal de contas, somente o Papa pode remover e transferir bispos. Então, são tão analfabetos em matéria de Igreja Católica que nem isso compreendem.

Vejam quem está contra Dom Aldo: o presidente da Câmara Federal, Michel Temer; o presidente Nacional do PT, Ricardo Berzoini (que belo apoio, vindo de tão insigne político!!!), o bispo emérito de João Pessoa, Dom José Maria Pires, e o bispo emérito de Goiás, Dom Tomás Balduíno (que parece estar mais preocupado em justificar os crimes do MST a ser um pastor em legítima observância aos mandamentos da Igreja).

E tem mais! Uma figurinha representante da Marcha Mundial das Mulheres, organização feminista abortista gayzista, disse, segundo a citada reportagem, que “as pessoas pretendem fazer um protesto contra a intolerância e o preconceito, fatores que levaram o arcebispo a punir Luiz Couto”. Quer dizer: ser intolerante e preoconceituoso contra a Igreja Católica, os bispos fiéis à doutrina católica e a moral cristã, isso pode! Não só pode, como é necessário sê-lo!

Não, a senhorita está errada: o que moveu a punição contra o deputado travestido de padre Luiz Couto não foi “a intolerância e o preconceito”, foi sua desobediência explícita aos ensinamentos católicos! Não invente, não minta, não calunie, senhorita!

Vamos reagir! JORNADA CRISTÃ lança um manifesto de apoio a Dom Aldo Pagotto! Os católicos de verdade, aqueles verdadeiramente comprometidos com Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Igreja, estão convidados a enviar mensagens em favor do arcebispo da Paraíba, incentivando-o a prosseguir em seu bom combate contra o erro, o pecado, a mentira e a injustiça.

Que Deus abençõe a Dom Aldo, que o proteja de seus inimigos, especialmente dos lobos em pele de cordeiro – aqueles católicos vira-latas, inimigos infiltrados nas nossas próprias fileiras.

Envie email manifestando seu aplauso ao Arcebispo da Paraíba para cillopagotto@arquidiocesepb.org.br. Viva Dom Aldo Pagotto!

Apresentado ao Papa anuário pontifício 2009: católicos no mundo, aumentam em particular na África e Oceânia ; mas diminuem na América

(28/2/2009) Na manhã deste sábado foi apresentado ao Papa o Anuário pontifício 2009 do qual se podem deduzir algumas novidades relativas à vida da Igreja católica no mundo. O numero de católicos aumenta em particular na África e Oceânia ; mas diminui na América.

Os dados estatísticos referentes a 2007 fornecem uma analise sintética das principais dinâmicas que dizem respeito à Igreja católica nas 2.936 circunscrições eclesiásticas do planeta. Durante os últimos dois anos a presença dos fiéis baptizados no mundo permanece estável, á volta dos 17,3%, como resultado da expansão do numero de católicos ( 1,4%) a um ritmo que se pode assimilar substancialmente ao da população mundial no mesmo período.

O numero de bispos no mundo passou, de 2006 a 2007, de 4.898 para 4.946. O continente com o maior incremento é a Oceânia , com mais 4,7%.

O numero de sacerdotes aumentou nos últimos oito anos, passando de 405.178 em 2000 para 407.262 em 2006 e 408.024 em 2007.

O contributo das varias áreas geográficas para este dado geral é diversificado. Se a africa e a ásia mostram no período 2000-2007 uma dinâmica sustentada, com um aumento respectivamente de 27,6% e 21,2% a América mantém-se estacionaria , a Europa e Oceânia, pelo contrario têm uma taxa negativa de 6,8% e 5,5%.

Fonte: Rádio Vaticano.

Empresário católico contrário ao “casamento” gay estimula católicos a “ficarem de pé” apesar das críticas e perseguições

Sacramento, Califórnia, 26/02/2009 (CNA). – O dono de uma sorveteria familiar e restaurante na cidade de Sacramento, que tem sido alvo de ataques através de furiosos telefonemas, emails e correspondências obcenas de dia dos namorados (comemorado nos EUA em 14 de fevereiro) por causa do seu apoio à campanha em favor da Proposição 8 – que considera ilegítimas as uniões entre pessoas do mesmo sexo – diz que os católicos devem “ficar de pé” em defesa do casamento, apesar das conseqüências e das mentiras dos ativistas extremistas.

A aprovação em plebiscito da Proposição 8, que derrubou uma decisão da Suprema Corte da Califórnia que legalizava o “casamento” entre homossexuais, incitou maiores protestos de ativistas homossexuais e seus aliados.

Allan Leatherby, de 46 anos, contou à Catholic News Agency que ele e outros membros de sua família decidiram contribuir à campanha do Sim à Proposição 8 depois que o bispo de Sacramento, Jaime Soto, pessoalmente o convidou, pedindo seu apoio.

Membros da família Leatherby, proprietária da fábrica de laticínios Leatherby, doaram 20 mil dólares à campanha. “Foi uma resposta a um pedido pessoal. De outro modo, não teríamos doado tamanha quantia”, explicou à CNA.

“Obviamente, como católicos valorizamos o casamento”, ele disse, acrescentando que perceberam “sinais alarmantes” sobre os efeitos dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

Quando o apoio da família à Proposição 8 se tornou público, manifestantes passaram a perseguir o negócio dos Leatherby. Houve piquetes em frente à sorveteria, empregados vestidos com o uniforme da empresa foram assediados e furiosas ligações telefônicas recebidas. A empresa declarou ter recebido centenas de emails raivosos e foi perseguida por blogueiros na internet.

Leatherby também recebeu cartões obscenos de dia dos namorados em sua caixa de correio.

“Não tinha como estarmos preparados para o tipo de reação que houve”, ele disse. “Os negócios estão realmente em baixa, e isso me preocupa. Um negócio pode suportar esse tipo de adversidade a longo prazo? Só Deus sabe.”

Depois do plebiscito (que ocorreu junto à eleição para a presidência), os negócios melhoraram em virtude da freqüência intencional dos apoiadores da Proposição 8, mas o número de fregueses tem caído.

A fábrica de laticínios da família Leatherby e seus proprietários desfrutam de boa reputação nos arredores de Sacramento em virtude das doações de sorvete a instituições de caridade da região. O próprio Allan Leatherby é voluntário e ajudou a restaurar a Casa da Esperança, um antigo abrigo para doentes terminais com AIDS.

Falando à CNA na última quarta-feira, dia 25, Leatherby explicou seu apoio à Proposição 8, dizendo que ele não concorda com a caracterização do “casamento” entre pessoas do mesmo sexo como um assunto de direitos civis.

“Eu tenho banheiros masculinos e femininos em meu estabelecimento. Isso é discriminação? Não. Por que? Porque homens e mulheres são diferentes!”

“São iguais em dignidade, mas são diferentes. Um relacionamento entre um homem e uma mulher é diferente de um entre um homem e outro homem e uma mulher e outra mulher naquilo que transmite”, especialmente se levarmos filhos em consideração.

Leatherby explicou que a família não tinha idéia do que aconteceria no dia seguinte após a eleição assim que opositores enfurecidos começaram a organizar protestos.

Ele disse que um amigo ouviu por acaso um grupo de protesto dizendo que iriam começar a fazer manifestações em frente à sorveteria e entrou em contato. Alguns oponentes da Proposição 8 e alguns membros da comunidade gay e lésbica também avisaram que boicotariam a sorveteria.

Houve boatos de que promoveriam um protesto onde os manifestantes impediriam clientes de entrarem no estabelecimento.

“Recebemos uma ligação do departamento de polícia e o chefe do departamento disse ‘estamos preocupados com a segurança de vocês’.”

Emails e blogs violentos e irados aumentaram a preocupação a respeito dos protestos, o que levou as autoridades a considerarem o envio de um carro de patrulha para o local.

Leatherby então contactou membros de sua família, pedindo por apoio.

Outras pessoas souberam sobre os protestos, o que resultou em um movimento de apoio entre todos aqueles que queriam ter certeza de que eles não desistiriam do negócio.

Quando a loja abriu, manifestantes estavam do lado de fora, carregando “cartazes vulgares e dementes”.

Entretanto, havia também uma longa fila de pessoas esperando para entrar na loja para demonstrarem seu apoio.

“Foi simplesmente fantástico termos aquele apoio,” contou.

“Agora sei como George Bailey se sentiu ao final do filme A Felicidade não se Compra“, acrescentou. “É muito bom ter amigos.”

Ao ser solicitado para descrever o tipo de críticas que havia recebido, Leatherby disse que os oponentes da Proposição 8 passaram “de todos os limites”.

“A maior parte deles associavam a mim e a minha família a pessoas odiosas e rancorosas, que seriam capazes de jogar homossexuais nas ruas e espancá-los”.

“É surpreendente. Por causa das mentiras que são espalhadas, a respeito de como os apoiadores [da Proposição 8] seriam odiosos, quantas pessoas acreditaram nisso!”

“Uma maioria de habitantes da Califórnia não são pessoas odiosas. É uma mentira dizer isso”.

“Eles não odeiam gays, eles apoiam o casamento”.

“Você não pode mais abraçar essas crenças sem ser considerado odioso?” Leatherby questiona.

“Madre Teresa é uma pessoa odiosa? Ela tem as mesmas crenças que eu tenho”.

“Uma das primeiras casas que ela abriu em San Francisco foi um asilo para homossexuais com AIDS. Algumas das primeiras pessoas que ela acolheu foram gays”.

“Se não tivesse sido tão horrível, seria bobagem”, ele disse sobre as críticas.

Ele disse que as ligações telefônicas acusando sua família de ódio são “vulgares, obcenas, a maior parte apenas raivosas”, comentando que sua mãe atendeu uma dessas chamadas na terça-feira passada.

“Você me acusa de ódio, poderia por favor prestar atenção ao que está dizendo?” ela disse ao interlocutor, de acordo com Leatherby.

“São tão emocionais e furiosos que não têm tempo de se sentarem e pensarem a respeito disso”, ele disse.

Ele mencionou que ele e seu negócio foram mesmo ameaçados.

“Nossas empregadas, garotinhas de 16 anos, têm sido fisicamente ameaçadas por causa da postura de minha família”, ele disse.

Mas nem todas as interações com críticos têm sido negativas.

Leatherby voltou a contar seu encontro com um senhor de 70 anos que criticava seu apoio à Proposição 8.

“Depois de conversar com ele, eu disse que trabalhei num asilo para gays doentes terminais de AIDS.

Ele sucumbiu às lágrimas e disse ‘um de meus parceiros morreu lá’.”

Leatherby convidou-o para um almoço, quando o homem lhe disse que havia sido criado em um orfanato católico.

“O homem disse ‘a Igreja Católica fez por mim mais que qualquer outra pessoa ou instituição fez em minha vida’.”

“Ele disse que sofreu abuso antes de entrar para o orfanato, e disse que não teria se tornado homossexual se tivesse tido um homem forte presente em sua vida”.

Parentes de homossexuais manifestaram seu apoio a Leatherby, mas é “muito difícil” para eles.

“Alguns gays entram na loja e dizem ‘não fui a favor da Proposição 8, mas não concordamos com o boicote, e nem como eles estão te tratando, então gostaríamos que você soubesse que não somos a favor disso’.”

Ele comentou sobre um homem que comentou em uma estação de televisão que votou pela Proposição 8 depois de notar as diferenças entre os dois lados e os exemplos de seus respectivos defensores.

CNA perguntou a Leatherby o que ele diria aos católicos que são cautelosos em apoiar o casamento publicamente por temer conseqüências econômicas e sociais.

“Eu acho que temos que ficar de pé”, ele respondeu. “O maior medo é: se não reagir, logo você estará indo para a cadeia muito em breve, acusado de crimes de ódio”, advertindo que pessoas “podem ser jogadas na prisão”.

Ele previu que outras pessoas irão se “colocar de pé”, seguindo seu exemplo.

“Ficar sozinho é sempre difícil”, ele disse, acrescentando que muitas pessoas têm vindo e conversado com sua família, manifestando apoio.

Fonte: CNA. Tradução e adaptação de Matheus Cajaíba. Para ler a reportagem em inglês, clique aqui. Para visitar o site da sorveteria da família Leatherby, clique aqui.

Santa Sé considera declaração do bispo Williamson «insuficiente»

Declaração do Pe. Federico Lombardi, S.J., porta-voz vaticano

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- A Santa Sé considera que o pedido de perdão emitido pelo bispo Richard Williamson, por declarações em que negou o alcance do Holocausto, não responde às exigências estabelecidas.

O Pe. Federico Lombardi S.J., diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, pronunciou hoje uma declaração aos jornalistas na qual explica que «a ‘declaração’ do bispo não parece respeitar as condições estabelecidas pela nota da secretaria de Estado vaticana de 4 de fevereiro de 2009, na qual se dizia que ele teria ‘de tomar distância, de modo absolutamente inequívoco e público, de suas posturas sobre a Shoá’».

O Pe. Lombardi afirma, ao mesmo tempo, que a declaração «não se trata de uma carta dirigida ao Santo Padre ou à Comissão Ecclesia Dei».

A declaração do prelado, emitida em seu regresso a Londres, nessa quinta-feira, dizia que «o Santo Padre e o meu Superior, bispo Bernard Fellay, solicitaram que eu reconsidere as observações que fiz na televisão sueca quatro meses atrás, pois suas consequências têm sido muito pesadas».

«Observando essas consequências -acrescentava-, posso verdadeiramente dizer que lamento ter feito essas observações, e que se eu soubesse de antemão todo dano e dor que elas dariam origem, especialmente para a Igreja, mas também para os sobreviventes e parentes das vítimas da injustiça sob o Terceiro Reich, eu não as teria feito. (…) Na televisão sueca, eu manifestei apenas a opinião (…”eu penso”…”eu acho”…) de uma pessoa que não é um historiador, uma opinião formada há 20 anos com base nas provas disponíveis então, e raramente expressa em público desde então – seguia dizendo a nota. No entanto, os eventos das últimas semanas e os conselhos de membros da Fraternidade São Pio X persuadiram-me da minha responsabilidade por tanto sofrimento causado.»

«Para todas as almas que ficaram verdadeiramente escandalizadas com o que eu disse, diante de Deus, peço perdão», afirmava o bispo.

Associações judaicas da Itália e da Alemanha também declararam como não aceitável o pedido de perdão.

Fonte: Zenit.

Ninguém imagine que não necessita de conversão

Que ninguém imagine que não precisa de converter-se: seria a maneira mais simples e infeliz de tornar inútil a ação, bem como o mistério de Cristo, o qual não veio para os saudáveis, senão para quem sabe se reconhecer como doente e necessitado. “Não são os homens de boa saúde que necessitam de médico, mas sim os enfermos. Não vim chamar à conversão os justos, mas sim os pecadores”. (Lc. 5, 31-32).

Temos a Quaresma não para refletirmos se há ou não alguma coisa para ser mudada, senão para entendermos o que precisa ser mudado, porque alguma coisa para mudar, sempre há.

Este exame do próprio comportamento – mais ainda, essa resposta que, obviamente, é pessoal – em nosso comportamento quaresmal é um dever preliminar e irrenunciável.

Fonte: La Buhardilla de Jerónimo. Para ler o texto na íntegra, em espanhol, clique aqui.

O silêncio na liturgia

O site La Buhardilla de Jerónimo traduziu e publicou uma entrevista que o  monsenhor Guido Marini, Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, concedeu à revista Radici Cristiane. O texto, na íntegra em espanhol, está aqui.

Para quem não sabe, monsenhor Guido se encarrega de preparar as cerimônias das quais o Papa participa, assim como todos os atos nas viagens ao exterior do Pontífice.

Transcrevo adiante em português trecho da entrevista que mais me chamou a atenção:

Qual é, em sua opinião, a importância do silêncio na liturgia e na vitalidade da Igreja?

Tem uma importância fundamental. O silêncio é necessário na vida do homem porque o homem vive de palavras e de silêncios. O silêncio é ainda mais necessário na vida do crente, que ali encontra um momento insubstituível da própria experiência do mistério de Deus. A vitalidade da igreja e, na Igreja, a liturgia, não estão subtraídos dessa necessidade. Aqui, o silêncio quer dizer escuta e atenção ao Senhor, a sua presença e a sua Palavra; e, junto a isso, implica a atitude de adoração. A adoração, dimensão necessária do ato litúrgico, expressa a incapacidade humana de pronunciar palavras, permanecendo “sem palavras” ante a grandeza do mistério de Deus e a beleza de seu amor.

A celebração litúrgica é composta por palavras, cantos, músicas, gestos… Também o silêncio e momentos de silêncio fazem parte dela. Se esses momentos faltaram, ou não foram suficientemente enfatizados, a liturgia não seria plena, porque estaria privada de uma dimensão insubstituível de sua natureza.

Estudo norte-americano afirma que há relação entre ouvir música com letras de conteúdo sexual degradante e experiências sexuais precoces

Por Thaddeus M. Baklinski.

Pittsburgh, 25 de fevereiro de 2009 (LifeSiteNews.com) – Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh descobriram que adolescentes que ouvem música com letras de conteúdo sexual agressivo e explícito regularmente são duas vezes mais suscetíveis a se envolverem com atividades sexuais em comparação a adolescentes que evitam este tipo de música.

Escrevendo no American Journal of Preventive Medicine, o pesquisador-chefe Dr. Brian A. Primack afirmou: “o estudo demonstra que, nesta amostra de adolescentes, a maior exposição a músicas com conteúdo sexual de baixo nível na música popular foi associada a um comportamento sexual mais acentuado”.

“De fato, a exposição a letras descrevendo atividade sexual degradante foi uma das mais fortes associações percebidas com a atividade sexual. Estes resultados corroboram a necessidade de mais investigação e intervenção educativa neste assunto.”

O comunicado de imprensa do American Journal of Preventive Medicine anunciando os resultados do estudo assinala que a atividade sexual entre adolescentes nos Estados Unidos resulta em cerca de 750 mil adolescentes grávidas a cada ano. Com relatórios dando conta de que até 25 por cento de todas as meninas adolescentes norte-americanas têm infecções sexualmente transmissíveis, pesquisadores e oficiais de saúde pública buscam elementos que possam aumentar a atividade sexual em adolescentes.

O estudo foi baseado em levantamentos feitos com 711 estudantes do ensino médio em três grandes escolas, com um terço do grupo descrito como ouvintes regulares (mais de quatorze horas semanais de músicas com conteúdo sexual apelativo), um terço como ouvintes casuais (entre duas a treze horas) e um terço que ouvia essas músicas raramente ou nunca.

O estudo concluiu que, comparados àqueles que menos estiveram expostos a músicas de conteúdo sexual apelativo, os adolescentes com maior exposição a essas músicas estavam duas vezes mais propensos a praticarem relações sexuais.

Dr. Primack comentou que esses resultados reforçam estudos anteriores, que sugerem que a exposição do sexo na mídia pode ser um fator de risco para a precocidade da atividade sexual.

“Não estou dizendo que os pais devam tentar banir esse tipo de música; isso não iria ajudar”, Dr. Primack disse a um repórter da BBC. “Entretanto, acho que os pais deveriam ponderar sobre o assunto. É cômodo dizer que música seja apenas ‘coisa de adolescente’, mas os pais deveriam conversar com seus filhos sobre sexo, colocando esse tipo de música no contexto.”

O texto completo da pesquisa pode ser acessado através deste link.

Fonte: LifeSiteNews. Tradução e adaptação de Matheus Cajaíba. Para ler o texto em inglês, clique aqui.

Dom Williamson pede perdão a vítimas do Holocausto e à Igreja

Em uma declaração emitida nesta quinta-feira

LONDRES, quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Dom Richard Williamson, um dos quatro bispos da Fraternidade Sacerdotal São Pio X de quem o Papa retirou a excomunhão, pediu perdão nesta quinta-feira às vítimas do Holocausto e à Igreja pelas declarações em que havia negado a amplitude desse crime contra a humanidade.

Em uma declaração publicada ao regressar a Londres, após ter sido expulso pelo governo da Argentina, o prelado explica que «o Santo Padre e o meu Superior, bispo Bernard Fellay, solicitaram que eu reconsidere as observações que fiz na televisão sueca quatro meses atrás, pois suas consequências têm sido muito pesadas».

Segundo explica, «observando essas consequências, posso verdadeiramente dizer que lamento ter feito essas observações, e que se eu soubesse de antemão todo dano e dor que elas dariam origem, especialmente para a Igreja, mas também para os sobreviventes e parentes das vítimas da injustiça sob o Terceiro Reich, eu não as teria feito».

O prelado afirma que na televisão sueca limitou-se a dar uma «opinião de uma pessoa que não é um historiador, uma opinião formada há 20 anos com base nas provas disponíveis então, e raramente expressa em público desde então».

Segundo Dom Williamson reconhece, «os eventos das últimas semanas e os conselhos de membros da Fraternidade São Pio X persuadiram-me da minha responsabilidade por tanto sofrimento causado».

«Para todas as almas que ficaram verdadeiramente escandalizadas com o que eu disse, diante de Deus, peço perdão», afirma.

E conclui: «como o Santo Padre tem dito, todo ato de violência injusta contra um homem fere toda a humanidade».

Um porta-voz da Conferência Episcopal Católica da Inglaterra e Gales esclareceu nessa quarta-feira que Dom Williamson, assim como os outros bispos da Fraternidade São Pio X, não estão em comunhão com a Igreja, motivo pelo qual não podem celebrar os sacramentos na Igreja Católica.

No dia 12 de fevereiro passado, Bento XVI afirmou, falando da Shoá, que «está claro que toda negação ou minimização deste terrível crime é intolerável e ao mesmo tempo inaceitável».

Fonte: Zenit.

Update às 20:15 – a Zenit publicou a declaração do bispo Williamson na íntegra. Segue abaixo:

Pedido de perdão de Dom Williamson a vítimas do Holocausto e à Igreja

Declaração emitida nesta quinta-feira

LONDRES, quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Publicamos a declaração emitida nesta quinta-feira pelo bispo Richard Williamson, da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, com a qual pede perdão à Igreja e às vítimas do Holocausto pelo dano causado por suas declarações.

* * *

O Santo Padre e o meu Superior, bispo Bernard Fellay, solicitaram que eu reconsidere as observações que fiz na televisão sueca quatro meses atrás, pois suas consequências têm sido muito pesadas.

Observando essas consequências, posso verdadeiramente dizer que lamento ter feito essas observações, e que se eu soubesse de antemão todo dano e dor que elas dariam origem, especialmente para a Igreja, mas também para os sobreviventes e parentes das vítimas da injustiça sob o Terceiro Reich, eu não as teria feito.

Na televisão sueca, eu manifestei apenas a opinião (…”eu penso”…”eu acho”…) de uma pessoa que não é um historiador, uma opinião formada há 20 anos com base nas provas disponíveis então, e raramente expressa em público desde então. No entanto, os eventos das últimas semanas e os conselhos de membros da Fraternidade São Pio X persuadiram-me da minha responsabilidade por tanto sofrimento causado. Para todas as almas que ficaram verdadeiramente escandalizadas com o que eu disse, diante de Deus, peço perdão.

Como o Santo Padre tem dito, todo ato de violência injusta contra um homem fere toda a humanidade.

+ Richard Williamson,

Londres, 26 de fevereiro de 2009.

[Traduzido do inglês por Zenit]

Histórias de mística de seis anos contadas pela sua irmã

Antonietta Meo, conhecida como Nennolina, poderá ser beatificada

Por Carmen Elena Villa

ROMA, segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Em pleno centro de Roma, muito perto da basílica de São João de Latrão, encontra-se a casa onde nasceu e viveu Antonietta Meo, mais conhecida como Nennolina. Lá mora Margherita, sua irmã mais velha, que agora tem 87 anos.

Nennolina foi reconhecida como venerável pelo Papa Bento XVI em dezembro de 2007 e foi apresentada como modelo de inspiração para as crianças (cf. Zenit, 20 de dezembro de 2007). Poderá ser a beata não mártir mais jovem da história da Igreja. Nasceu em 1930 e morreu em 1937, aos seis anos, logo que foi detectado um osteossarcoma (câncer ósseo) no joelho; apesar de ter de amputar a perna, houve metástase em todo o corpo.

Antonietta, menina muito alegre e profundamente espiritual, ofereceu suas dores, como Jesus no Calvário, pela conversão dos pecadores, pelas almas do purgatório e para que não começasse a guerra.

Foram muitas as cartas que ela escreveu a Jesus. Antes de aprender a escrever, ela as ditava a Maria, sua mãe; depois as redigia sozinha. Nas últimas, assinava «Antonietta e Jesus». Por trás das frases simples há um surpreendente conteúdo místico e teológico.

«Jesus, dá-me a graça de morrer antes de cometer um pecado mortal», dizia a pequena em uma de suas cartas.

Na Basílica da Santa Cruz em Jerusalém, que foi sua paróquia, encontra-se seu túmulo, assim como algumas de suas relíquias: suas roupas, seus brinquedos e alguns manuscritos. Lá, Antonietta recebeu os sacramentos do Batismo, Confirmação e a Primeira Comunhão.

Zenit conversou com Margherita Meo, a irmã de Nennolina. Ela tinha 15 anos quando Nennolina morreu. Sua casa está cheia das fotos e retratos da irmãzinha venerável. Esta anciã conserva intactas as histórias de sua irmã, a quem sempre amou com particular afeto.

Uma infância cheia de amor

A infância de Antonietta foi tranquila e muito feliz. Tinha as ocorrências típicas das crianças de sua idade. No diário que sua mãe escreveu, publicado pela associação Apostolicam Actuositatem, ela conta como Nennolina, ao passar junto ao Coliseu Romano, disse-lhe: «Veja! Um copo quebrado!».

Por sua profunda fé e pela fé de seus pais, a pequena Antonietta foi inscrita aos 4 anos na Ação Católica.

Em outubro de 1934, começou a ir à escola materna das irmãs Zeladoras do Sagrado Coração. Gostava muito de ir à escola. Dizia que ao obedecer às suas professoras, obedecia também ao plano de Deus.

As aventuras com suas colegas eram diveritdas, e ao mesmo tempo falam de seu espírito. «Havia um menino que se chamava Michelino. Sempre o castigavam e ela pediu à professora que o perdoasse. ‘Và falar com a diretora’, disse-lhe um dia a professora. E ela foi. A diretora se comoveu e o perdoou», recorda Margherita.

Sofrimento com sentido

Por causa do Cãncer, tiveram de amputar a perna esquerda de Nennolina em 25 de abril de 1936. Recorda Margherita que seus pais sofreram ao pensar como seria a dor da pequena. Ao despertar da operação, sua mãe disse a Antonietta: «Filha: tu disseste que, se Jesus queria tua mão, tu lhe darias. Agora Ele te pediu que lhe dês tua perna» e ela respondeu: «dei minha perna para Jesus».

«A primeira noite após a amputação foi terrível – testemunha Margherita. Mas ela oferecia todas as suas dores. Até o ponto de que, quando se completou um ano desde operação, ela celebrou muito contente, porque era um ano de oferecimento a Jesus.»

Meses depois começou a ir à escola com uma prótese de madeira. Na noite do Natal seguinte, ela fez a Primeira Comunhão. «Ajoelhou-se para receber a Primeira Comunhão e inclusive na segunda e terceira missa de Natal ela se ajoelhou», conta Margherita.

Era muito doloroso caminhar, mas ela repetia com alegria: «Que cada passo que dou seja uma palavra de amor». «Os remédios provocaram muita dor e ela ficava pálida, tremia», testemunha Margherita.

Em 22 de maio de 1937, Antonieta teve de interromper a escola, devido a que o tumor havia sofrido metástase. Entrou no hospital São Stefano Rotondo, onde pouco tempo depois recebeu o sacramento da Unção dos Enfermos. Lá começou sua agonia, que durou um mês e meio.

Sua mãe conta no diário que muitos iam visitar a pequena e que uma das religiosas enfermeiras que cuidava dela perguntou: «Antonieta, como pudeste suportar em silêncio?», e ela respondeu: «Se eu tivesse gritado, teriam me escutado em São João de Latrão».

Em sua última carta antes de morrer, Nennolina escrevia a Jesus, dizendo: «Eu te agradeço porque Tu me mandaste esta doença, pois é um meio para chegar ao paraíso. (…) E te confio meus pais e a Margherita».

O que é a santidade

Margherita recorda que a morte de Antonieta comoveu profundamente todos os que a conheciam: «Seu funeral foi na paróquia. O pároco não queria a cor preta, porque dizia que ela era um anjo. Preferiram o branco para a liturgia».

A irmã de Antonietta assegura que esta pequena mística ainda continua convertendo muitos corações. Diz que, uma tarde, um sacerdote amigo seu lhe comentou que há algum tempo encontrou um fiel que se havia divorciado de sua esposa e morava agora com outra mulher.

«O sacerdote tinha em sua mão um livro de Antonietta e aconselhou ao paroquiano, que havia sido um oficial do exército, que o lesse. O homem lhe respondeu escandalizado que ele, um alto oficial do exército, não podia ler a história de uma criança. Ao final, pela insistência do sacerdote, aceitou e pegou o livro. Na manhã seguinte, o sehor oficial foi ver o pároco, havia lido o livro a noite toda e voltou arrependido à casa de sua família.»

A anciã assegura que a vida simples e bela de Antonietta é um exemplo de santidade nas coisas pequenas: «para mim, ser santa é aceitar dia a dia o que Deus quer e amar todos os demais, também as pessoas que parecem que não o amam. Com o amor se pode superar todos os obstáculos», confessa.

Fonte: Zenit. Site com informações sobre Antonietta Meo: www.nennolina.it/. Mais informações: www.acidigital.com/biografias/vidas/meo.htm.

Na festa da Cátedra de São Pedro, Papa pede que rezem por ele

Vejam o que disse hoje o Papa Bento XVI na oração do Ângelus hoje, dia em que se comemora a festa da Cátedra de São Pedro:

Neste domingo celebra-se também a festa da Cátedra de São Pedro, importante acontecimento litúrgico que coloca na luz o ministério do Sucessor do Príncipe dos Apóstolos. A Cátedra de Pedro simboliza a autoridade do Bispo de Roma, chamado a desenvolver um peculiar serviço para todo o Povo de Deus. Rapidamente depois do martírio dos santos Pedro e Paulo, à Igreja de Roma é, de fato, reconhecido o papel primordial em toda comunidade católica, papel atestado já no II século por Santo Inácio de Antioquia (Aos Romanos, Pref.: Funk, I, 252) e por Santo Irineu de Leão (Contra as heresias III, 3, 2-3). Este singular a específico ministério do Bispo de Roma foi reforçado pelo Concílio Vaticano II.

(…)

Caros irmãos e irmãs, esta festa me oferece a ocasião para pedir-vos que me acompanhem com vossas orações, para que possa cumprir fielmente a grande missão que a Providência Divina me confiou qual Sucessor do apóstolo Pedro. Invocamos por isso a Virgem Maria, que ontem aqui, em Roma, celebramos com o belo título de Nossa Senhora da Confiança. A Ela pedimos também que nos ajude a entrar com as devidas disposições de vontade no tempo da Quaresma, que iniciará quarta-feira próxima com o sugestivo Rito das Cinzas. Abra-nos, Maria, o coração à conversão e à escuta dócil da Palavra de Deus.

Rezemos pelo Papa! Peçamos a Virgem Maria que cubra Bento XVI com seu manto e o proteja das injúrias, das calúnias e das perseguições. Viva o Papa!

Fonte: Alocução de Bento XVI na festa da Cátedra de São Pedro e Bento XVI pede orações para cumprir sua missão (Zenit).

Novos links entre os favoritos

Todos muito interessantes, parece que são da mesma “família”… Não conheço o autor (ou autores), mas sempre trazem informações relevantes – algumas, até necessárias.

Absurdo: Travestis ganham direito de usar banheiro feminino em escolas do MS

A íntegra da notícia está aqui. Transcrevo o início:

Por meio de uma circular, a Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul recomendou ao corpo docente das escolas estaduais do ensino médio “destinar aos estudantes travestis e transgêneros banheiros reservados ao professores”. De acordo com a circular distribuída, “apesar de possuírem um órgão sexual masculino, elas se sentem femininas e, neste caso, o uso do banheiro masculino pode implicar em risco para estes estudantes”.

A medida teria validade a partir desta sexta-feira (20), segundo explicou a superintendente de Políticas para a Educação, Cheila Cristina Vendrami, mas um documento protestando contra o texto inicial causou o adiamento da medida para a próxima semana. O texto inicial dizia que o uso era também extensivo aos banheiros das alunas, o que obrigou a Secretaria a reescrever a circular. Segundo Guilherme Filho, sub secretário de Comunicação do governo estadual, a decisão vai atingir primordialmente as escolas de cursos noturnos, cujos alunos costumam sentir constrangimento no momento de ir ao banheiro. “A intenção é preservar a integridade e garantir o comportamento inclusivo das escolas do Estado”, afirma. Segundo ele, a medida abrange 260 escolas de ensino médio do Estado.

PROTESTO – O protesto havia partido do presidente da Federação dos Trabalhadores na Educação, Jaime Teixeira. “Não há como aceitar esse tipo de orientação do Estado. Acredito que nenhum pai de aluna gostaria de saber que a filha divide o sanitário com os meninos na escola, mesmo em se tratando de casos especiais. Dos quase 320 mil alunos do Estado, metade é menor de 12 anos”. Segundo Guilherme Filho, o protesto é infundado. “Nunca foi a intenção causar constrangimento a crianças, tanto que a medida limita-se às escolas de ensino médio”. Na prática, caso queira, o estudante poderá usar o banheiro feminino dos professores, nas escolas em que existam tais instalações. “Há muitas escolas antigas com banheiro comum,”, diz Guilherme Filho.

E ai de você se falar contra isso. Vai ser taxado das piores coisas. Homofóbico, intolerante, preconceituoso, até assassino.

A nova ordem mundial tem por objetivo legitimar comportamentos inaceitáveis, impondo sua pretensa naturalidade e obrigando a sociedade como um todo a aceitá-los e até mesmo a reverenciá-los. A família tradicional não deixa nunca de ser criticada, desprezada, ridicularizada, mas um rapaz vestido de mulher tem que ter o “direito” de freqüentar o banheiro feminino…

Atenção: respeitar a integridade de uma pessoa não significa aprovar suas atitudes e seu comportamento. Não significa dar a essa pessoa “direitos” que afrontam a maioria. Não significa legitimar sua conduta e não impede que essa pessoa seja alvo de críticas.

O homossexualismo é inaceitável para a moral cristã (não o homossexual!) e essa onda de conceder “direitos” para minorias tem como intenção velada confundir a sociedade tendo como objetivo principal o desmoronamento da moral católica. Os católicos não podem se sentir constrangidos pelo politicamente correto e devem reagir, expressando com veemência sua oposição a absurdos como esse. Antes que seja tarde demais e sejamos até mesmo presos por falarmos em alto e bom tom: homossexualismo é pecado. É uma afronta à família tradicional e à própria sociedade; uma prática sexual não pode ser motivo de obtenção de direitos. Todos devem ter sua intimidade e sua vida privada respeitadas sim, mas o poder público não deve legitimar e promover um modo de vida intrisicamente mau e promíscuo.

Respeitar o homossexual em sua integridade humana, que lhe é inalienável em qualquer circunstância, não significa aceitar e legitimar o homossexualismo. E o estado não deve fazer isso.

Leia mais: Esclarecimento do cardeal Antonelli sobre homossexualidade.

A verdade sobre Pio XII: novos documentos descobertos revelam esforços do Papa para salvar judeus

Zenit publica hoje um texto importantíssimo: mais provas sobre as ações do Papa Pio XII em favor dos judeus durante a Segunda Guerra mundial. Contra as calúnias, só existe uma arma: a verdade. Continuam mentindo contra esse abençoado Pontífice, e continuarão, na medida em que essas mentiras são divulgadas pela mídia com o intuito de desmoralizar o Papado e a própria Igreja Católica.

Por que Pio XII evitou mencionar diretamente a perseguição aos judeus em seus pronunciamentos? Ora, isso iria adiantar alguma coisa? O efeito seria certamente o oposto: a perseguição nazista aumentaria ainda mais, e se voltaria contra os católicos com mais intensidade.

Transcrevo o texto em sua íntegra. Leiam e repassem a seus amigos e conhecidos. A verdade haverá de se impor.

Novos documentos provam amizade do Papa Pio XII com judeus

Descobertas recentes da Pave The Way Foundation

NOVA YORK, sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Documentos descobertos recentemente provam que Pio XII teve gestos de amizade e proteção para com o povo judeu antes, durante e depois da 2ª Guerra Mundial. Assim divulgou ontem, através de um comunicado, a Fundação Pave The Way (PWTF), que se dedica a promover o diálogo entre as religiões.

As descobertas foram realizadas pelo historiador alemão Michael Hesemann, autor da obra The Pope Who Defied Hitler. The Truth About Pius XII («O Papa que desafiou Hitler. A verdade sobre Pio XII»). Hesemann, assessor da PWTF, revela ter encontrado uma série de documentos no Arquivo Secreto Vaticano que acreditam numerosas intervenções do Papa Pacelli a favor dos judeus.

Uma das descobertas é a de uma intervenção do arcebispo Pacelli, então núncio apostólico na Baviera, datada de 1917, através do governo alemão, para pedir que os judeus da Palestina fossem protegidos frente ao Império Otomano da Turquia.

O Dr. Hesemann mostra também que em 1917, o futuro Pio XII utilizou sua influência pessoal para que o então representante da Organização Sionista Mundial, Nachum Sokolov, fosse recebido pessoalmente por Bento XV para falar sobre uma pátria judaica na Palestina.

Em 1926, Dom Pacelli animou os católicos alemães a apoiarem o Comitê Pró Palestina, que apoiava os assentamentos judaicos na Terra Santa.

Estas descobertas se unem às provas oferecidas pelo próprio presidente da PTWF, Gary Krupp, das quais o congresso sobre Pio XII celebrado em setembro de 2008 em Roma apresentou mais de 300 páginas de documentos originais, que contêm detalhes de como se levou a cabo a ordem do Papa, durante a guerra, de esconder os judeus em Roma.

Estes documentos, que podem ser baixados no site da fundação, recolhem, entre outros, um manuscrito de uma freira, datado de 1943, que detalha as instruções recebidas do Papa, assim como uma lista de judeus protegidos.

Outro dos documentos é um informe do US Foreign Service, do cônsul americano em Colônia, que informa sobre o «novo Papa» em 1939. O diplomata se mostra surpreso pela «extrema aversão» de Pacelli a Hitler e ao regime nazista, e seu apoio aos bispos alemães em sua oposição ao nacional-socialismo, ainda à custa da supressão das Juventudes Católicas alemãs.

Também se oferece um documento de 1938, assinado pelo então Secretário de Estado Eugenio Pacelli, no qual ele se opõe ao projeto de lei polonesa de declarar ilegal o sacrifício kosher, ao entender que esta lei «suporia uma grave perseguição contra o povo judeu».

Já como Papa, durante a guerra, Pio XII escreveu um telegrama ao então regente da Hungria, almirante Miklós Horthy, para que evitasse a deportação dos judeus, e este acedeu, o que se estima que salvou cerca de 80 mil vidas. Ao governo brasileiro pediu que aceitasse a 3 mil «não arianos».

Outro dos documentos que PTWF oferece é uma entrevista com Dom Giovanni Ferrofino, secretário do núncio no Haiti, Dom Maurilio Silvani. O prelado afirma que duas vezes por ano recebia telegrama cifrado da parte de Pio XII que remetia ao general Trujillo, presidente da República Dominicana, para pedir-lhe em nome do Papa 800 vistos para os judeus, com o qual se estima que pelo menos 11 mil judeus foram salvos por esta via.

Também se ofereceram provas de que o Vaticano falsificou secretamente certidões de batismo para permitir que muitos judeus migrassem como «católicos».

Uma descoberta pessoal

O empenho da PWTF obedece à própria determinação de seu presidente, Gary Krupp, judeu americano, que reconhece que cresceu «desprezando Pio XII», até que leu o livro de Dan Kurzman, A Special Mission: Hitler’s Secret Plot to Seize the Vatican and Kidnap Pope Pius the XII. Nele se recolhe o testemunho do general Karl Wolff, que detalha o plano de Hitler de assaltar o Vaticano e raptar o Papa Pio XII. Sabe-se que havia espiões no Vaticano e franco atiradores alemães a menos de 200 jardas das janelas papais.

A mesma restrição das declarações públicas do Papa, que foi fonte de críticas contra ele, explica-se pelo aumento dos castigos nos campos de concentração, testificado por ex-prisioneiros, cada vez que altos cargos eclesiásticos falavam contra o regime nazista.

Outra descoberta que fez Krupp mudar de sentimentos, segundo suas próprias declarações, foi a prova de que «O Vigário», a famosa obra do comunista alemão Rolf Hochhuth, apoiou-se em documentos vaticanos manipulados, como parte de um complô secreto da KGB para desacreditar a Santa Sé. Esta informação foi revelada pelo Tenente General Ion Mihai Pacepa, o agente da KGB de mais alto escalão que desertou.

Gary Krupp assegurou estar «surpreso ao pesquisar pessoalmente artigos do New York Times e do Palestine Post entre 1939 e 1958. Não pude encontrar nem um só artigo negativo sobre Pio XII».

O esclarecimento sobre a figura de Pio XII foi assumido como objetivo pela PWTF para «eliminar um obstáculo que afeta 1 bilhão de pessoas» para o entendimento entre judeus e católicos. «Por justiça, nós, judeus, devemos ser conscientes dos esforços desse homem, em um período em que o resto do mundo havia nos abandonado».

«É o momento de reconhecer Pio XII pelo que fez, não pelo que não disse», acrescenta Krupp, que considera que a causa de que esta «lenda negra» permaneça é, por um lado, «a rejeição dos críticos de Pio XII de consultar e revisar a documentação recentemente desclassificada do Arquivo Secreto Vaticano», e por outro, «a negativa da maior parte dos meios de comunicação de dar cobertura às informações positivas sobre Pio XII».

Católicos abrem centros na Sibéria para ajudar mães e evitar que abortem

Reproduzo notícia da Zenit. Depois, meu comentário:

O aborto está provocando um inverno demográfico

MOSCOU, quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- A associação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) deu a conhecer seu apoio a uma iniciativa do sacerdote Michael Shields, que trabalha na cidade siberiana de Magadan, com o objetivo de abrir centros pró-vida para ajudar mulheres grávidas com dificuldades.

Em um comunicado divulgado nesta quinta-feira pela instituição, destaca-se a boa acolhida que a iniciativa teve entre os próprios médicos estatais, preocupados pela alarmante diminuição da população «provocada pela atual legislação russa a favor do aborto, que retorna aos tempos soviéticos».

A iniciativa será levada a cabo a partir de junho em Magadan e arredores, uma região de triste fama por ter sido sede dos gulags stalinistas. Precisamente, o sacerdote se deu a conhecer há pouco por seu livro Martys of Magadan (Mártires de Magadan), publicado pela AIS.

Em declarações à AIS, o Pe. Shields destaca que a idéia da iniciativa partiu de um dos médicos governamentais que trabalham no Centro de Informação a Mulheres. «Isso é maravilhoso, porque a Rússia realmente está mudando e quer mais nascimentos», afirmou.

«O governo russo sabe que a demografia do país não vai bem, e essa é a razão pela qual os médicos nos pediram que trabalhássemos a favor das mulheres grávidas», explica.

No ano passado, o Pe. Shields abriu uma casa para alojar pais e crianças recém-nascidas com problemas, especialmente mães em período de estudos, a quem as autoridades expulsam das residências escolares quando se constata a gravidez.

Este centro, «Casa da Natividade», teve bastante êxito «graças ao boca-a-boca» entre as próprias mulheres, sublinha o Pe. Shields, que também destaca «o forte apoio à causa pró-vida por parte da Igreja Ortodoxa Russa».

A notícia não deixa de ser auspiciosa, mas é como ascender uma vela na escuridão. Com uma das legislações abortistas mais permissivas do mundo, a Rússia é o exemplo de um desastre demográfico anunciado. Nesse país, a média de abortos atinge a assombosa marca de quatro por mulher. Para cada nascimento em que o bebê nasce vivo, há dois abortos – dois terços dos nascituros são assassinados.

Os abortos na Rússia são financiados pelo estado, o que explica a facilidade em que ocorrem. A taxa de natalidade do país é baixíssima. A população, atualmente na casa dos 142 milhões de habitantes, está diminuindo em 700 mil pessoas por ano. Se algo não for feito, em 2050 poderá estar reduzida a 100 milhões. A Rússia está morrendo e a prática disseminada do aborto está contribuindo de forma decisiva para que isso aconteça.

Católicos e judeus devem estar juntos diante do islamismo

Por Will Heaven.

Pela primeira vez desde a morte do Papa João Paulo II, as relações entre católicos e judeus se tornaram hostis. O Papa Bento XVI, em um esforço para remediar um cisma de vinte anos na Igreja Católica, permitiu o retorno de um negador do holocausto a seu rebanho. Mas as opiniões de um bispo lunático devem encerrar o diálogo interreligioso? Certamente, não. Agora, mais que em qualquer outra época de nossa turbulenta história, católicos e judeus devem estar juntos contra a ameaça do islamismo.

O negador do holocausto, bispo Williamson, é, de qualquer maneira, um homem desagradável e ignorante. Apesar de ter estudado na Universidade de Cambridge, ele rejeita a existência das câmaras de gás nos campos de concentração nazistas. Fazendo isso, ele nega o holocausto como evento histórico, alegando que “apenas” 300 mil judeus pereceram.

Para os católicos romanos, essas opiniões são intoleráveis. O Papa expressou sua desaprovação com palavras as mais duras, dizendo a uma delegação de judeus norte-americanos: “o ódio que foi manifestado durante o holocausto foi um crime contra Deus e a humanidade. Este capítulo terrível de nossa história jamais poderá ser esquecido”. Ele acrescentou: “a humanidade inteira deve continuar a lamentar a selvagem brutalidade que se abateu sobre o povo judeu”.

Suas palavras foram de extrema importância, e o rabino David Rosen elogiou as condenações do Papa à negação do holocausto como “absolutamente inequívocas”. Mas a lentidão do Vaticano em responder aos protestos não pode escapar às críticas.

A mídia internacional, que mal tinha acabado de atacar a guerra de Israel contra o Hamas, decidiu “reequilibrar a balança”, incitando sentimentos de anti-catolicismo. Mas os patéticos conselheiros do Papa, que estava “desinformado” sobre o antissemitismo público de Williamson (apesar de o fato ter sido relatado na página principal do jornal The Catholic Herald, ano passado) não deram importância ao assunto. Depois de colocarem perigosamente em risco vinte anos de progresso nas relações entre católicos e judeus, eles deveriam ser afastados.

Quando João Paulo II morreu em 2005, sua morte foi lamentada não somente por católicos romanos, mas por judeus em todo o mundo. Durante seu pontificado de 26 anos, o polonês Karol Wojtyla transformou a maneira da Igreja Católica se relacionar com o povo judeu.

Ele foi o primeiro Papa desde os dias da Igreja primitiva a entrar em uma sinagoga, e foi figura chave para o estabelecimento de relações diplomáticas entre o Vaticano e Israel, em 1994. Ele publicamente admitiu a falha de muitos católicos em agir contra os nazistas, e pediu perdão por seu comportamento. Em 2000, durante sua visita a Israel, aos 79 anos, ele pessoalmente prestou homenagens às vítimas do holocausto em Yad Vashem, inclusive se encontrando com sobreviventes.

Mas quando confrontado com problemas internos de sua Igreja, o Papa Wojtyla não foi tão bem sucedido. No fim dos anos 80, ele falhou em conter a ruptura de um movimento tradicionalista com Roma. E apesar da ligação com o fundador da Sociedade São Pio X, quatro bispos foram ordenados em desafio às leis da Igreja, o que lhes colocou em excomunhão automática.

O atual papa – na época, cardeal Ratzinger – foi mandado para restaurar a ordem. Apesar das numerosas dificuldades, ele iniciou o longo processo de reconciliação e esforçou-se para trazer os bispos rebeldes e seus seguidores de volta à Roma. Durante seu mandato como papa, e particularmente desde que restaurou a liturgia católica tradicional, este processo avançou firme rumo a seu objetivo.

O levantamento das excomunhões foi um assunto interno que resultou, para óbvio pesar do papa, em conseqüências externas catastróficas. Embora nenhum dos quatro esteja autorizado a ensinar na Igreja, a cicatrização de uma fratura quase levou ao surgimento de outra. O papa e seus conselheiros incompetentes estiveram perto de causar um desastre nas relações entre católicos e judeus. O resultado disso poderia ser desastroso para os dois lados.

Em 2009, boas relações entre a Igreja Católica e o povo judeu são mais importantes que nunca. A maior ameaça à estabilidade de Israel vem do Irã, na mais rancorosa expressão do Islamismo. O Hamas, em Gaza e na Cisjordânia, e o Hizbullah, no Líbano, estão sob a influência do regime iraniano que não reconhece o direito de existência a Israel. E agora este regime está próximo de ser capaz de fabricar armas nucleares. Para os judeus, a ameça se torna cada vez mais real.

Para os políticos seculares ocidentais, o fundamentalismo religioso é um fenômeno estranho a eles. Quando o presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad declarou em 2005 que Israel deveria deixar de existir, a descrença do então primeiro-ministro britânico Tony Blair era evidente: “nunca estive em uma situação de o presidente de um país dizer que quer eliminar outro”. Blair nunca esteve nem mesmo perto de entender as razões do ditador islâmico. Do mesmo modo, a União Européia propôs um manifesto que condenava o Irã por não ser “um membro da comunidade internacional maduro e responsável”.

A Igreja Católica entende muito bem que a ambição mórbida de Ahmadinejad não tem nada a ver com maturidade política. Antes da revolução islâmica de 1979, havia em torno de 250 mil católicos vivendo no Irã. Agora, há menos de 15 mil. A intolerância de um regime fanático provocou a debandada de vasto contingente de católicos do Irã. Trata-se da mesma intolerância que tentaria livrar o Oriente Médio do povo judeu.

Apesar das tentativas do regime iraniano, Bento XVI tem sabiamente se recusado a encontrar com Ahmadinejad. Sobre o desejo do Irã de obter armas nucleares, ele se pronunciou afirmando ser “um assunto de grande preocupação” e chamou insisten­temente o regime islâmico a alcançar uma “coexistência pacífica” com outros países do Oriente Médio.

Mais importante, contudo, Bento XVI – a despeito dos recentes acontecimentos – permanece sendo um dos líderes políticos mundiais mais favoráveis a Israel. Da mesma forma que seu conselheiro, o papa anterior, que chamou o povo judeu de “nossos irmãos mais velhos”, Bento XVI tem constantemente tentado demonstrar sua “total e inquestionável solidariedade” a Israel e ao povo judeu, tal como fez quando visitou Auschwitz três anos atrás. Quando visitar Israel em maio, receberá uma recepção provavelmente bem diferente de seu predecessor. Mas suas orações no Muro das Lamentações serão igualmente sinceras e seu gesto igualmente intenso. É este anseio por cooperação diante de novas e terríveis ameaças a Israel que deve permanecer como prioridade.

Fonte: The Jerusalem Post. Tradução e adaptação de Matheus Cajaíba. Para ler o texto original em inglês, clique aqui.

Venezuela: chavismo converteu-se em «religião»

Declarações de Xavier Legorreta, de Ajuda à Igreja que Sofre

ROMA, quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- O «chavismo», ideologia promovida pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, está se convertendo em uma espécie de religião: Xavier Legorreta, chefe da Seção da América Latina da associação de direito pontifício Ajuda à Igreja que Sofre, comenta com estas palavras o resultado do referendum de reforma da Constituição realizado neste domingo no país.

O referendum propunha a modificação de cinco artigos, todos eles relacionados ao poder político. Entre outros, propunha a supressão de toda limitação temporal ao mandato dos representantes eleitos, o que tornaria possível a reeleição do atual presidente, Hugo Chávez, inclusive uma vez finalizado seu mandato em 2012.

Já em dezembro de 2007, os venezuelanos haviam rejeitado essa mesma reforma constitucional em um referendum. Neste segundo intento, a proposta de Hugo Chávez obteve a maioria.

No período prévio ao referendum, houve manifestações violentas – organizadas tanto por simpatizantes como detratores – nas grandes cidades, sobretudo na capital, Caracas. Em 19 e 31 de janeiro, desconhecidos assaltaram a Nunciatura Apostólica de Caracas. No total, registraram-se sete ataques contra a representação do Papa no país nos últimos meses.

Legorreta, cujo trabalho consiste em oferecer apoio às comunidades católicas mais necessitadas no país, explica a promulgação de um segundo referendum sobre um mesmo tema com estas palavras: «O povo sabe que vai contra a lei, mas Chavez mascarou a votação com seu carisma, sua política e, sobretudo, sua ideologização».

«Cabe afirmar que, entretanto, o ‘chavismo’ se converteu em uma espécie de religião na Venezuela. A linguagem, a forma de apresentar-se, as conversas e discussões, tudo gira em torno da sua pessoa, sua ideologia e sua estratégia tática. Assim ele consegue o êxito, chamado também de ‘revolução bolivariana’», declara.

Esta «revolução», declara, busca «criar um modelo similar ao sistema político que esteve implantado na Europa do Leste, e que hoje ainda subsiste em Cuba: uma ditadura socialista encabeçada por uma forte personalidade, um líder. Em Cuba, esse líder é Fidel Castro, e na Venezuela, Hugo Chávez».

Ao fazer um balanço dos dez anos de Chávez como presidente, Legorreta explica sua chegada ao poder com estas palavras: «Eu diria que se procurou sair de um buraco para se cair em outro».

«Quando Chávez iniciou sua revolução, o povo sofria muito. Para as pessoas, a oferta de Chávez parecia algo atrativo e eficaz. Contudo, na realidade quase nem são visíveis os resultados esperados. Ainda que também haja coisas muito boas, como a possibilidade que os venezuelanos têm de ir a Cuba para receber tratamento médico – e de continuar indo aos médicos cubanos na Venezuela uma vez que regressam ao seu país.»

Diante do anúncio de Chávez de apresentar sua candidatura para um terceiro mandato, Legorreta recorda uma das máximas de Simón Bolívar, líder do movimento independente sul-americano que enfrentou o poder colonial espanhol, em quem o presidente venezuelano diz inspirar-se: «É doloso que alguém se perpetue no poder».

A relação da Igreja com o governo de Chávez nunca foi fácil. Já em 2001 houve uma onda de terror contra as instituições eclesiais: 28 bombas explodiram em uma só semana.

«Nestes tempos difíceis, os crentes são conscientes da necessidade de apoiar a Igreja e também seus pastores. O país atravessa uma grande crise e, sobretudo, sofre insegurança no âmbito social, econômico e político», explica Legorreta.

«Há pouco tempo, em uma carta pastoral, os bispos da Venezuela pediram ao governo que tome medidas para melhorar a segurança no país. Nota-se que as pessoas desejam aproximar-se da Igreja, por exemplo, pelo grande número de pessoas que vão à missa dominical e, em geral, a todas as celebrações litúrgicas.»

«Em 14 de janeiro, mais de 2,5 milhões de venezuelanos assistiram à celebração anual em honra da Virgem da Divina Pastora na Diocese de Barquisimeto. Nas paróquias que não foram objeto de ideologização, permanece uma fé profunda e devota», explica.

No começo, Hugo Chávez concebeu a idéia de fundar uma igreja venezuelana própria. Em várias ocasiões, atacou os bispos acusando-os de manipular as pessoas e intrometer-se na política.

Deste modo, indica o especialista, «Chávez tenta desunir a Igreja polarizando-a: elogia o trabalho de alguns sacerdotes, ao mesmo tempo em que critica ferozmente o trabalho e os esforços de outros. Seu objetivo é criar desunião para semear a confusão. Esta é uma boa estratégia para alguém que quer oprimir a Igreja».

Segundo Legorreta, «neste momento, o país precisa, antes de tudo, das nossas orações. Por outro lado, a Igreja precisa que a ajudem na catequese e na formação de futuros seminaristas».

«Em geral – conclui -, as religiosas e o clero em seu conjunto devem dispor de uma boa formação para estar à altura dos desafios dos anos vindouros. Muitas paróquias são pobres demais e estão muito necessitadas, pois têm de organizar-se com menos de 80 euros mensais.»

Fonte: Zenit. Para acompanhar a situação desastrosa da América Latina, recomenda-se a leitura dos blogs O que está acontecendo na América Latina? e, especialmente, o Notalatina, editado por Graça Salgueiro.