Esta notícia vem da China: na última terça-feira, 30 de dezembro, dez mil pessoas estiveram presentes nos funerais do padre José Jia Fuqian, morto na sexta, 26, aos 88 anos. Ele tinha problemas cardíacos e pulmonares. Padre Fuqian era tio do bispo de Zhengding, Júlio Jia Zhiguo. Para quem não sabe, na China a Igreja Católica é proscrita, proibida pela ditadura comunista; existe uma igreja católica “patriótica”, controlada pelo governo, que não reconhece a autoridade papal.
Quando estava no seminário, por se recusar a fazer parte da igreja submissa aos comunistas, mantendo-se fiel à autoridade do sucessor de São Pedro, Fuqian passou vinte anos preso. Foi libertado em 1978 e em 1981 foi ordenado sacerdote. O bispo que o ordenou, Pedro José Fan Xueyan, morreu na cadeia em 1992.
Apesar da idade longeva e da saúde precária, o trabalho pastoral do padre Fuqian foi admirável. Dada a carência de padres em sua diocese (afinal de contas comunistas adoram prender e matar religiosos em qualquer lugar, em especial na China), aos domingos ele chegava a celebrar missas em sete diferentes comunidades. E isso, com mais de 70 anos de idade.
Seu sobrinho, o bispo Zhiguo, que passou quinze anos na prisão e hoje vive sob estrita vigilância do governo comunista desde 1989 (nos últimos vinte anos foi preso e libertado ao menos doze vezes), presidiu a celebração das exéquias em sufrágio de sua alma. A cerimônia aconteceu na Catedral de Cristo Rei, em Wuqiu, condado de Jinxian, na província de Hebei (veja o mapa). Durante o velório do padre Fuqian, estima-se que vinte mil pessoas estiveram presentes para prestarem-lhe a última homenagem.
O padre Fuqian fundou em 1987 uma congregação religiosa masculina. A agência UCAN revela: um membro desta congregação, que pediu anonimato, recordou que o padre falava com alegria e coragem dos tempos duros passados na prisão, na distante região de Xinjiang. A bravura do padre recém-falecido serviu de exemplo e “encorajou as novas gerações a defenderem sua fé”. A íntegra da reportagem, em inglês, está aqui.
Rezemos todos pelos católicos chineses! Rezemos todos pela Igreja, pelos padres, bispos, para que enfrentem as provações com coragem. E que eles nos sirvam de exemplo, pois não fraquejam frente às maiores adversidades. E quantos de nós católicos hoje em dia temos vergonha de sermos católicos? Em debates públicos, parece que muitos de nós temos que pedir desculpas por expor nossa fé. E outros tantos católicos bajulam com palavras doces os comunistas, irmãos de idologia daqueles que prendem, oprimem, torturam e matam os cristãos em todos os países que governam!
Escândalo ainda maior: quantos “católicos” votam e pasmem, até militam em partidos comunistas!
É para se refletir: um católico que vote, apoie ou milite em partido comunista merece ser chamado de católico? Alguém que se nomeie “católico” e que colabora ou mesmo manifesta simpatia pela ideologia que mais oprimiu e assassinou seguidores de Jesus Cristo em toda a História da humanidade merece algum crédito por parte dos verdadeiros católicos?
Antes que eu me esqueça: já notaram como a mídia e a imprensa são complacentes com os regimes comunistas em geral e com as ditaduras cubana e chinesa, em particular? A arma de quem quer se manter bem informado é a internet. E como indicação de link, sugiro a todos o blog Pesadelo Chinês. Em outro texto, vou comentar uma notícia neste referido blog, provando a hipocrisia, a desonestidade e a falta de escrúpulos das organizações mundiais de “direitos humanos” (sic), notadamente da Anistia Internacional, que hesitam em condenar os massacres diários promovidos pelos comunistas chineses – sem falar no silêncio constrangedor dessas associações frente à matança indiscriminada de cristãos que acontece em vários lugares do mundo.
Veja neste link uma chocante cena de execução promovida pelo regime chinês.