Não, senhores: o assunto não está encerrado. Há que ser intransigente pela defesa da vida. Já vou avisando que alguns comentários desaforados foram pro lixo. Alguma argumentação contrariando os textos deste blog referentes ao aborto da menina de Alagoinha? Nenhuma! E não adianta vir dar faniquitos aqui neste blog. Quem quiser, que escreva felicitando a Folha de São Paulo e a grande imprensa, que fez um grande escarcéu em torno dessa lamentável história. Lá vocês, promotores do aborto, têm todo o espaço para sapatearem em cima da Igreja Católica. Mas aqui, não percam seu precioso tempo!
O que está difícil de enfiar na cabecinha oca dessa gente iluminada é que a vida não pode ser relativizada: desde a concepção até a morte natural, ela deve ser intransigentemente defendida. Alguma prova de que a menininha corria risco de vida? Não. As evidências são contrárias a isso.
Duas pessoas que estavam em seu ventre foram mortas. E isso não pode encerrar o assunto de forma alguma. Alguma coisa poderia ser feita para salvar essas pessoas? Sim! E por que isso não aconteceu?
Se fetos não são pessoas, são o quê? Repolhos? Ora, tenham senso do ridículo.
Tudo leva a crer que a mãe da menininha foi manipulada psicologicamente, forçada a concordar com a realização do aborto. Quem quiser ser manipulado, que o seja: mas, decididamente, a imprensa não mostrou todos os lados e não foi apenas parcial, mas cínica.
Quem acredita que o assunto está encerrado comporta-se como o avestruz que enfia a cabeça dentro do buraco para escapar do perigo iminente – mantendo o resto do corpo do lado de fora.
“Tudo leva a crer que a mãe da menininha foi manipulada psicologicamente”. Você se baseia em falácias e suposições. Não apresenta fatos concretos, só hipóteses. Isso é desonestidade intelectual. Quem foi manipulada foi a pobre criança, usada para promover dogmas ultrapassados. Só falta agora você supor que a menina não foi estuprada.
Esse caso foi explorado pela igreja como uma forma de recuperar poder. Está muito ressentida com a perda do poder temporal e espiritual nos últimos tempos. Gravidez e maternidade significam responsabilidade. Mas, como exigir isso de uma menina de 9 anos? Como amar filhos que a farão lembrar do autor de tamanho ato de violência? No caso de estupro, 99% das mulheres optam pela interrupção, até como uma forma de alívio psicológico. Ninguém quer carregar dentro de si as sementes do mal. Superestimar a vida intra-uterina de um ser concebido à força é que se mostra como a verdadeira relativização da vida: é colocar a saúde física e psicológica da vítima em segundo plano, em detrimento da superproteção ao fruto do crime. Todos os que clamam por um país democrático, republicano e laico é que devem ser intransigentes para manter qualquer religião fora das esferas de decisão de poder e de influência do Estado.
Desonestidade intelectual é a sua, há vários textos publicados e linkados aqui neste blog a respeito deste assunto. Convido-o a refutar os fatos apresentados nesses textos. Já os leu?
Desafio à senhora a provar essa estatística de que “No caso de estupro, 99% das mulheres optam pela interrupção, até como uma forma de alívio psicológico.” O aborto é uma violência contra a própria mulher, como já demonstrado em outros textos aqui deste blog. Uma violência compensa outra violência? As expressões da senhora definindo uma vida humana concebida através de um estupro como apenas “sementes do mal” e “fruto do crime” são apenas tergiversações: não mudam a essência dessas pessoas, que continuam sendo humanas, quer a senhora queira ou não. Também desafio a senhora a me mostrar algum religoso católico que tenha pedido a mudança da lei que permite o aborto em caso de estupro – como se isso não lhe fosse um direito garantido pela Constituição, que permite a todos a liberdade de expressão. Quero também que a senhora prove que alguma religião têm qualquer influência nas “esferadas de decisão de poder e de influência do Estado”. Toda e qualquer associação, religiosa ou não, tem o direito de se manifestar, conforme a lei lhe garante. E a separação entre estado e igreja garante a independência da Igreja Católica de se manifestar da forma que lhe aprouver. Isso sim é democracia, o resto é perseguição religiosa, que visa excluir o catolicismo e o cristianismo da vida pública.
Maria Analize dos Santos, Salve Maria.
Você descreve os bebês que estavam no útero daquela menina como sendo uma maldição: “Ninguém quer carregar dentro de si as sementes do mal…” “…em detrimento da superproteção ao fruto do crime….
As crianças nem nasceram e você as amaldiçoa.
Quem lhe deu o dirento de fazer isso?
A concepção de uma vida sempre é uma GRAÇA e não uma maldição, pois a VIDA é um DOM de Deus!
Você utiliza estatísticas forjadas para justificar seus argumentos.
Desde quando cometer um assasinato é uma forma de alívio?
Para alguns incruentos assassinos, “sangue-frio”, talvez sim. Mas até estes, talvez, pensem duas vezes antes de matar bebês indefesos.
Você não.
Você mataria sem dó nem piedade.
E ainda têm coragem de amaldiçoar as crianças.
Pois tenha em mente minha cara, a maldição de Deus é para as cobras “sangue-frio” e nunca para crianças indefesas.
“Da boca das crianças e dos pequeninos sai um louvor que confunde vossos adversários, e reduz ao silêncio vossos inimigos.” (Salmos 8,3)