Em poucas semanas, começa a quaresma, tempo de “jejum e abstinência” para os católicos. Este texto, instigante e belo, sobre a diferença entre a visão cristã sobre a prática do jejum e a visão existente em outras religiões sobre o mesmo, é de leitura obrigatória.
Aqui vai um trechinho:
Quando os cristãos jejuam, «não se fecham em si mesmos», mas «se unem ao seu Senhor, que jejua por quarenta dias e quarenta noites no deserto».
Assim manifestou o cardeal Paul Josef Cordes, presidente do Conselho Pontifício «Cor Unum», durante a coletiva de imprensa que concedeu nesta quarta-feira na Santa Sé, na qual foi apresentada a mensagem de Bento XVI para a Quaresma de 2009. (…)
O purpurado assinalou que o jejum em ambas as religiões [islamismo e budismo] tem algo em comum: «transcende a dimensão terrena e procura um objetivo muito além deste mundo: o ingresso no Nirvana ou a obediência a Alá, Senhor do céu e da terra».
Em ambas as religiões, «trata-se de libertar-nos do peso das coisas criadas», declarou.
Pelo contrário, para o cristão «o desejo místico não é nunca o descenso em si mesmo, mas sim o descenso na profundidade da fé, onde encontra Deus».
Bom dia!
A Paz seja com todos!
Muito bom este texto que trata da necessidade do jejum. Existem católicos que compreendem a necessidade de jejuar, porém muitos ainda não entendem a importância desta prática aliada a oração, talvez porque ainda falta nos cursos de catequese e nas celebrações liturgicas mais esclarecimentos a este respeito, inclusive esclarecendo com mais clareza os tipos de jejum que podem ser substituídos ao jejum de alimentos considerando aqueles que por motivo de doença (hipoglicemia, diabete e outros) não estariam em condições de praticá-lo.
Temos ótimos catequistas leigos na Igreja, mas ainda existem muitos que não estão totalmente preparados para ensinar e preparar nossas crianças, adolescentes e jovens. Sob o meu ponto de vista a Igreja precisa fazer uma reciclagem de catequistas leigos. Todo leigo engajado neste trabalho deveria ter a consciência da responsabilidade que pesa sobre os seus ombros. O futuro de nossos jovens e da Igreja depende destes abnegados leigos.
Não somente o tema jejum, mas temas como: sexo, aborto,compromisso com a Igreja e principalmente os princípios éticos, morais e religiosos pautados na palavra de Deus, deveriam ser tratados com mais transparência e mais profundidade por estes catequistas. Muitos, por não se sentirem preparados, passam por cima dos assuntos ou os dicutem superficiamente. O resultado é que muitas crianças e jovens saem dos catecismos e preparação para a crisma sem ter um entendimento perfeito de seus compromissos com a Igreja de Cristo, com a família e com a comunidade em que vivem. Na verdade muitos saem sem conhecer a própria Igreja e os principais ensinamentos contidos na Biblia sagrada.
Entendo que os catecistas não podem formar teólogos, mas podem e devem formar crianças e jovens conscientes, que sejam formadores de opinião no seio de suas famílias, escolas e comunidade onde vivem.
Precisamos de católicos capacitados, com competência e coragem para propagar e defender as verdades contidas na Bíblia sagrada, em qualquer lugar onde estejam representados, cabe portando a cada um de nós prepará-los e bem para isto.