As alegrias passageiras encobrem os males eternos que elas próprias causam.
Blaise Pascal.
Blaise Pascal
Mensagem do dia (13/10/2021)
A infelicidade de um homem começa com a incapacidade de estar a sós, consigo mesmo, num quarto.
Blaise Pascal.
Mensagem do dia (10/02/2020)
Há um vazio no formato de Deus no coração de todo homem.
Blaise Pascal.
Mensagem do dia (10/07/2018)
O homem supera infinitamente o homem.
Blaise Pascal.
Mensagem do dia (20/01/2017)
O último esforço da razão é reconhecer que existe uma infinidade de coisas que a ultrapassam.
Blaise Pascal.
Mensagem do dia (11/09/2015)
A consciência é o melhor livro de moral e o que menos se consulta.
Blaise Pascal.
Mensagem do dia (30/04/2014)
Pessoas comuns não vêem diferenças entre os homens.
Blaise Pascal.
Mensagem do dia (30/06/2013)
O silêncio é o maior dos martírios; nunca os santos se calaram.
Blaise Pascal.
Mensagem do dia (07/01/2013)
Incrédulos são os mais crédulos: acreditam nos milagres de Vespasiano para não acreditarem nos de Moisés.
Blaise Pascal.
Mensagem do dia (27/03/2012)
Há duas espécies de homens: uns, justos, que se consideram pecadores, e os pecadores que se consideram justos.
Blaise Pascal.
Mensagem do dia (11/06/2011)
A grandeza do homem está em ele se reconhecer como miserável. Uma árvore não se dá conta da sua miséria.
Blaise Pascal.
Mensagem do dia (10/09/2010)
Corremos alegres para o precipício, quando pomos pela frente algo que nos impeça de o ver.
Blaise Pascal.
Mensagem do dia (05/11/2009)
As alegrias passageiras encobrem os males eternos que elas próprias causam.
Blaise Pascal.
Mensagem do dia (24/09/2009)
O pensamento é a grandeza do homem.
Blaise Pascal.
Richard Dawkins ou da puerilidade científica
Por Tibiriçá Ramaglio.
Não tenho a menor simpatia por eventos literários como a Flip, a Feira Literária de Parati. Considero que eventos como esses são perfeitamente análogos ao Salão do Automóvel, embora não se possa estabelecer uma sólida analogia entre romances e automóveis, contos e motocicletas, mesmo que todos eles sejam meios de transporte.
Porém, se sou contrário à Flip em teoria, sou ainda mais contrário na prática, na medida em que um evento como esse, num país como o nosso, acaba fatalmente se transformando numa celebração da corriola. – Que corriola?, quer saber o leitor. Ora, aquela mesma que se celebra cotidianamente, ainda que para isso não seja necessário realizar nenhum evento especial.
Alguém tinha dúvida de que, depois de ter lançado seu medíocre romance no começo deste ano, Chico Buarque dominaria a cena da Flip realizada no meio desse mesmo ano? É o mesmo que duvidar que o casamento de Gisele Bundchen tenha se transformado na capa da revista Caras na semana subseqüente a sua celebração.
Enfim, no que me toca, um evento como a Flip está destinado a ser algo que só pode estar aquém do que se projetou que fosse, devido a um vício originário no próprio projeto de um evento desse tipo. O resultado, por conseguinte, será sempre uma celebração de celebridades midiáticas e uma efeméride voltada para os aspectos efêmeros e superficiais da literatura, se tanto.
Mas a Flip deste ano conta com um elemento que transforma a minha indiferença em clara antipatia pelo evento: a presença de Richard Dawkins, o arauto do ateísmo. Ao meu ver, Dawkins é, antes de mais nada, um traidor da teoria de Darwin, que ele proclama como tese, quando, para ter cientificidade, ela não pode deixar de ser hipótese, pois a certeza científica, por definição, não pode ser definitiva.
O grau de certeza com que Dawkins apregoa a inexistência de Deus é puramente midiático. Só nas manchetes dos jornais e nas chamadas da propaganda se têm certezas tão peremptórias. Mas se isso não bastasse para demonstrar a presença de espetacularidade e a falta de cientificidade do pensamento dawkinsiano, eis uma foto do demiurgo publicada da revista Veja desta semana, em que Dawkins se encontra na porta de um ônibus londrino, que ostenta o seguinte cartaz publicitário: “There’s probably no God. Now stop worrying and enjoy your life.” (Deus provavelmente não existe. Portanto, pare de se preocupar e aproveite a vida.)
Deixemos de lado o fato de Dawkins se comprazer em posar como garoto propaganda da causa ateísta e vamos pôr em foco somente a proposta feita pelo texto do cartazete, para não nos estendermos demais. Sinceramente, eu até acho bacaninha a tentativa de trazer uma discussão metafísica desse calibre para os meios de comunicação de massa, mas infelizmente a massa não tem se mostrado o fórum mais adequado para a solução de problemas dessa natureza.
Começo, então, pelo “probably”, lembrando que as probabilidades, tais quais a calculou Pascal ao formular sua aposta, são de 50%, o que já deveria invalidar a proposta como um todo. Supondo que não a invalide, por que eu deveria deixar de me preocupar? Lamento, mas me parece que minha preocupação, nesse caso, faz parte integrante da minha possibilidade de aproveitar realmente a vida como o que sou: um homem.
Se me tirarem o prazer de especular sobre a existência de um Criador, estão me tirando em sua totalidade a minha faculdade de refletir. Afinal, se não devo me preocupar com as minhas origens, também não devo me preocupar com o meu fim e já não importa, então, quem eu sou ou o que faço aqui, como também não contam a minha história pessoal e a história nacional e universal em que ela se insere.
A natureza do “aproveitar” que se encontra nessa proposta é completamente alienante, ou antes é a de um aproveitamento exclusivo do presente, do aqui e do agora, típico do discurso publicitário, que visa apenas a atiçar a impulsividade animal do consumidor: “este é o momento, que gostoso que é!” ou ainda “isto é que é, Coca-cola!”.
Trata-se de um aproveitar instintivo e animalesco, como o que todos os animais aproveitariam, mas que efetivamente não aproveitam, pois se trata de um aproveitar uma vida que, supostamente, seria feita só de prazeres, não fosse ela perturbada pela dor (entre as quais a proposta inclui a existência de Deus). Em resumo, trata-se de uma proposta cujo apelo não passa de pueril. De um apelo a aproveitar a vida na Terra do Nunca. Será que uma proposta assim pode mesmo ser feita por alguém que se pretende um cientista?
Fonte: Observatório de Piratininga.
Mensagem do dia (26/03/2009)
Aquele que duvida e não investiga torna-se não só infeliz mas também injusto.
Blaise Pascal.
Mensagem do dia (04/02/2009)
Há dois tipos de pessoas: as que têm medo de perder Deus e as que têm medo de O encontrar.
Blaise Pascal.