Igreja inicia ano dedicado aos sacerdotes

Celebração convocada por Bento XVI quer recordar importância do papel e da missão dos padres no mundo de hoje

Depois do Ano Paulino, Bento XVI coloca a Igreja em celebração com um Ano Sacerdotal, que se iniciou esta Sexta-feira, festa do Coração de Jesus e dia de oração pela santificação dos sacerdotes. A iniciativa encerra-se a 19 de Junho de 2010, após um Congresso Internacional, em Roma. O anúncio desta celebração teve lugar no passado dia 16 de Março, no Vaticano, quando o Papa recebeu em audiência os participantes da assembleia plenária da Congregação para o Clero, aos quais disse que o Ano Sacerdotal tinha em vista “favorecer a tensão dos sacerdotes para a perfeição espiritual”. Bento XVI convidou a Igreja a “promover e coordenar as várias iniciativas espirituais e pastorais que parecerem úteis para fazer compreender cada vez mais a importância do papel e da missão do sacerdote na Igreja e na sociedade contemporânea”.

Já esta semana, na carta de proclamação do Ano, o Papa quis “evocar com ternura e gratidão o dom imenso que são os sacerdotes não só para a Igreja mas também para a própria humanidade”. “Penso em todos os presbíteros que propõem, humilde e quotidianamente, aos fiéis cristãos e ao mundo inteiro as palavras e os gestos de Cristo, procurando aderir a Ele com os pensamentos, a vontade, os sentimentos e o estilo de toda a sua existência”, acrescentou.

A celebração acontece nos 150 anos da morte de João Maria Vianney, o Santo Cura d’Ars, patrono de todos os párocos do mundo.

Uma das prioridades deste Ano consiste na oração e no estabelecimento de condições para que mais pessoas escutem o apelo de Jesus Cristo e decidam ser sacerdotes. As comunidades são também convidadas a relembrar os exemplos, discretos e heróicos, de padres que seguiram a vontade de Deus, recolhendo motivos de esperança da sua memória.

(…)

O responsável pela Congregação para o Clero, do Vaticano, Cardeal Claúdio Hummes, assinala na mensagem que enviou aos padres de todo o mundo que “a Igreja quer dizer antes de tudo aos sacerdotes, mas também a todos os cristãos, à sociedade mundial, através dos meios de comunicação global, que ela se orgulha de seus sacerdotes, os ama, os venera, os admira e reconhece com gratidão seu trabalho pastoral e seu testemunho de vida”.

Este responsável não ignora que alguns destes sacerdotes “apareceram  envolvidos em problemas graves e situações delituosas”, considerando que “é preciso continuar a investigá-los, julgá-los devidamente e puni-los”.

“Estes casos, contudo, dizem respeito somente a uma percentagem muito pequena do clero. Na sua imensa maioria, os sacerdotes são pessoas muito dignas, dedicadas ao ministério, homens de oração e de caridade pastoral, que investem toda sua vida na realização de sua vocação e missão, muitas vezes com grandes sacrifícios pessoais, mas sempre com amor autêntico a Jesus Cristo, à Igreja e ao povo”, aponta.

Fonte: Agência Ecclesia.

Mensagem do dia (30/04/2009)

Nós fomos libertados de uma escravatura, não terrena, mas espiritual; fomos libertados, não só das tarefas desta terra, mas da mancha dos prazeres carnais. Escapamos, não aos contramestres egípcios ou ao tirano ímpio e impiedoso, homem como nós, mas aos demónios malignos e impuros que incitam a pecar, e ao chefe da sua raça, Satanás.

São Cirilo de Alexandria.

Igreja: lugar privilegiado para entender a Bíblia, assegura Papa

Audiência aos participantes da plenária da Pontifícia Comissão Bíblica

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 24 de abril de 2009 (ZENIT.org).- A Igreja de Cristo é o lugar privilegiado para a reta compreensão da Sagrada Escritura, assegurou Bento XVI ao receber nesta quinta-feira os participantes da assembléia plenária da Pontifícia Comissão Bíblica que tratou do tema «Inspiração e verdade da Bíblia».

Em seu discurso, o Papa sublinhou que «só o contexto eclesial permite à Sagrada Escritura ser entendida como autêntica Palavra de Deus, que se converte em guia, norma e regra para a vida da Igreja e em crescimento espiritual dos crentes».

Isso, declarou, «não impede de nenhuma maneira uma interpretação séria, científica, mas abre também o acesso às dimensões ulteriores de Cristo, inacessíveis a uma análise só literária, que é incapaz de acolher em si o sentido global que através dos séculos guiou a Tradição de todo o Povo de Deus».

Confirmando que «Deus é o autor da Sagrada Escritura», o Pontífice ofereceu um princípio de reta interpretação «sem o qual os escritos sagrados ficariam como letra morta, só do passado: a Sagrada Escritura deve ser lida e interpretada com a ajuda do próprio Espírito mediante o qual foi escrita».

Por este motivo, assegurou Bento XVI, «o estudo científico dos textos sagrados é importante, mas não é por si só suficiente, pois levaria em conta só a dimensão humana».

«Para respeitar a coerência da fé da Igreja, o exegeta católico tem que estar atento a perceber a Palavra de Deus nestes textos, dentro da mesma fé da Igreja.»

«Na ausência deste imprescindível ponto de referência, a pesquisa exegética ficaria incompleta, perdendo de vista sua finalidade principal, com o perigo de ficar reduzida a uma letra meramente literária, na qual o verdadeiro autor, Deus, deixa de aparecer.»

A interpretação das Sagradas Escrituras também «não pode ser só um esforço científico individual, mas deve confrontar-se sempre, ser integrada e autenticada pela tradição viva da Igreja. Esta norma é decisiva para precisar a relação correta e recíproca entre exegese e magistério da Igreja», declarou.

No início da audiência, o cardeal William Joseph Levada, presidente da Pontifícia Comissão Bíblica, dirigiu uma breve saudação ao Papa para sublinhar a importância do tema que os reunia, pois a interpretação dos textos bíblicos «tem consequências diretas sobre os crentes e sobre sua relação e pessoal e comunitária com Deus, e está também intimamente ligada à missão da Igreja».

Por este motivo, assegurou Bento XVI, «o exegeta católico não se sente só membro da comunidade científica, mas também e sobretudo membro da comunidade dos crentes de todos os tempos».

«Na realidade, estes textos não foram entregues só aos pesquisadores ou à comunidade científica para satisfazer sua curiosidade e ou para oferecer-lhes temas de estudo e de pesquisa. Os textos inspirados por Deus foram confiados em primeiro lugar à comunidade dos crentes, à Igreja de Cristo, para alimentar a vida de fé e para guiar a vida de caridade.»

«Uma hermenêutica da fé corresponde mais à realidade deste texto que uma hermenêutica racionalista, que não conhece Deus», declarou.

Fonte: Zenit.

Triste constatação

Não é bom ver que aqui na Europa existem pessoas que fazem de tudo para tirar o crucifixo das escolas e dos lugares públicos enquanto nós estamos combatendo e promovendo o ensinamento católico e religioso na sociedade.

Frase de Dom Pedro Zhao Jian Min, diretor do “Bei Jing Institute for the Study of Christianity and Culture” e Vigário da diocese de Pequim. Ele disse essa frase durante aulas proferidas na Bélgica, no fim do mês passado (fonte: Agência Fides).

A onda anti-religiosa que varre o ocidente não é apenas sintoma de sua decadência moral e cultural: é a própria causa. Mostre-me uma única civilização que não tenha sido erguida tendo como base sua espiritualidade codificada através de ensinamentos religiosos, que por sua vez tornam-se a fonte da qual o direito, a cultura, a política irão beber.

Ao combater o cristianismo, empurrando a fé para o âmbito “privado”, os defensores do “laicismo” estão dando um tiro no próprio pé. A Europa está agonizando, moral e culturalmente. Aliás, posso dizer com muita tranqüilidade que os anos situados desde a segunda metade do século XX até hoje já podem ser considerados como uma nova idade das trevas, um tempo onde a cultura se rebaixou a um nível sofrível e a moral perdeu todas as suas referências objetivas, sucubindo a diferentes interpretações que não se sustentam racionalmente.

Ao renunciar ao cristianismo, a Europa nega todo o seu passado e põe em risco sua própria existência num futuro não muito distante.

Já na China, a proposta dos católicos chineses não é outra senão recuperar e preservar o que resta da cultura chinesa que não tenha sido destruída pela terrível “revolução cultural” maoísta, que varreu o país nas décadas de 60 e 70.

Rezemos pelos católicos chineses, que Deus os ilumine na missão de reconstruir aquele imenso país, devastado e massacrado pelo comunismo.

Rezemos pelos católicos europeus, que não desanimem na fé e sejam fagulhas de luz em um continente cada vez mais mergulhado nas trevas.