Os mistérios da Transfiguração e da Paixão têm entre si íntima relação. É no meio dos resplendores da sua Transfiguração, que Jesus Cristo fala da sua morte, com dois dos seus ministros do Antigo Testamento, e na presença de três do Novo. Que havia de comum entre o Tabor e o Calvário? Para quê aproximar duas situações tão opostas? No primeiro destes mistérios, tudo é glória e delícias para Jesus Cristo; no segundo, tudo é opróbrio e sofrimento. No Tabor o seu rosto é refulgente como o sol, suas vestiduras se fazem brancas como a neve; no Calvário está nu, desfigurado, ensangüentado. Ali, o Pai Eterno reconhece-o por seu filho amado; aqui, o filho queixa-se de ser desamparado e desconhecido de seu Pai. Hoje seus apóstolos não podem separar-se dele; no dia da sua morte, todos o abandonarão. Todavia estes dois mistérios têm entre si íntima relação. Um mostra-nos a coroa que nos é destinada; o outro ensina-nos por que preço a alcançaremos. A sua união faz-nos conhecer que neste mundo a doçura e a amargura, a glória e a ignomínia não podem estar separadas muito tempo. Modera a nossa alegria na prosperidade, consola-nos na adversidade, e anima-nos com a esperança. Tem principalmente uma admirável força para abrasar nossos corações no amor divino. Sem a Transfiguração, comover-nos-ia menos a Paixão. Depois de contemplar as grandezas do filho de Deus, apreciamos melhor a caridade que o fez descer por nós ao último grau de humilhação.
Padre Pierre Chaignon.
esplendor
Mensagem do dia (27/11/2022)
Conhecemos uma tríplice vinda do Senhor. Entre a primeira e a última há uma vinda intermediária. Aquelas são visíveis, mas esta, não. Na primeira vinda o Senhor apareceu na terra e conviveu com os homens. Foi então, como ele próprio declara, que viram-no e não o quiseram receber. Na última, todo homem verá a salvação de Deus e olharão para aquele que transpassaram. A vinda intermediária é oculta e nela somente os eleitos o vêem em si mesmos e recebam a salvação. Na primeira, o Senhor veio na fraqueza da carne; na intermediária, vem espiritualmente, manifestando o poder de sua graça; na última, virá com todo o esplendor da sua glória. Esta vinda intermediária é, portanto, como um caminho que conduz da primeira à última: na primeira, Cristo foi nossa redenção; na última, aparecerá como nossa vida; na intermediária, é nosso repouso e consolação.
São Bernardo de Claraval.
Mensagem do dia (09/12/2021)
Nestas semanas, enquanto preparamos a grande festa do Nascimento do Redentor, podemos considerar o modo de atuar de Nosso Senhor. Embora desejasse ardentemente tomar a nossa carne, preparou a humanidade com pedagogia divina e veio à terra no momento prefixado pelo Pai desde a eternidade. Passaram muitos séculos antes que se verificasse o sublime acontecimento da Encarnação; depois, uma vez feito Homem, Jesus Cristo permaneceu trinta anos sem revelar a sua condição de Messias e Filho de Deus. Só mais tarde manifestou o seu poder e a sua divindade em todo o seu esplendor.
Beato Álvaro del Portillo.
Mensagem do dia (28/02/2021)
Manifesta-se hoje o que olhos de carne não podem ver: um corpo terrestre resplandecente de esplendor divino, um corpo mortal transbordante da glória da divindade.
São João Damasceno.
Mensagem do dia (25/06/2018)
Sim, Cristo é nosso hoje: esplendor vivo e sem declínio.
São Máximo de Turim.
Mensagem do dia (23/01/2018)
Ó, Senhor, dá-me o fogo que enviaste quando de tua vinda à terra. Permita-me arder com o fervor da caridade, brilhar com o esplendor da obediência, e crescer ardente com amor.
Santo Ildefonso de Toledo.
Mensagem do dia (03/05/2016)
Um dia, se formos fiéis, o Sol divino que empresta sua luz ao luar iluminará para sempre a nossa alma com esplendor de meio-dia.
Padre Francisco Faus.
Mensagem do dia (08/12/2015)
Convinha que o Unigênito, assim como teve nos céus um Pai exaltado pelos Serafins como três vezes santo, assim também tivesse na terra uma Mãe à qual nunca faltasse o esplendor da santidade.
Beato Pio IX (Papa).
Mensagem do dia (19/03/2015)
O Senhor conjugou em José, como num sol, tudo aquilo que os outros santos têm em conjunto de luz e de esplendor.
São Gregório de Nazianzo.