O homem é o homem e suas circunstâncias.
José Ortega y Gasset.
homem
Mensagem do dia (04/07/2010)
Os homens são como os vinhos: o tempo azeda os maus e melhora os bons.
Cícero.
Mensagem do dia (24/05/2010)
Quem é realmente cristão teme o julgamento de Deus mais do que os discursos dos homens.
São Gregório Magno (Papa).
Mensagem do dia (20/05/2010)
Eu bem sei que as coisas que tu tens, não são só tuas, mas Deus te deu-as para suprir as necessidades do homem: não são do homem, mas para as necessidades do homem.
São Bernardino de Sena.
Mensagem do dia (14/04/2010)
O homem é a maneira finita de ser Deus.
Xavier Zubiri.
Mensagem do dia (07/02/2010)
Nas coisas humanas é necessário contentar-se em fazer o melhor que se pode e no resto abandonar-se à Providência, que curará os defeitos e as insuficiências do homem.
Beato Pio IX (papa).
Mensagem do dia (25/12/2009)
Desperta, ó homem! Por ti, Deus Se fez homem.
Santo Agostinho.
Mensagem do dia (18/11/2009)
No homem virtuoso, coração e vontade apóiam-se mutuamente.
Padre Michel Esparza.
Mensagem do dia (29/10/2009)
A criação prossegue incessantemente por meio do homem, mas o homem não cria: descobre.
Antonio Gaudí.
Mensagem do dia (24/09/2009)
O pensamento é a grandeza do homem.
Blaise Pascal.
Mensagem do dia (14/09/2009)
A velhice pode ser o nosso tempo de ventura. O animal está morto, ou quase morto. Restam o homem e a alma.
Jorge Luis Borges.
Mensagem do dia (18/06/2009)
Deus não é transcendente ao Homem mas transcendente no Homem.
Xavier Zubiri.
Mensagem do dia (30/05/2009)
Em tempo de paz convém ao homem serenidade e humildade; mas quando estoura a guerra deve agir como um tigre!
William Shakespeare.
Papa recorda que criação e carne «não são desprezíveis» para Deus
Dedica a catequese de hoje a São João Damasceno
Por Inma Álvarez.
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 6 de maio de 2009 (ZENIT.org).- Segundo Bento XVI, o pensamento cristão, ao contrário de outras religiões ou filosofias, não considera que a criação e que a matéria – a carne – sejam desprezíveis, ainda que estejam feridas pelo pecado, mas que a Encarnação de Deus lhes conferiu um grande valor.
Assim explicou nesta quarta-feira, durante a audiência geral, aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, continuando seu ciclo de catequeses sobre pensadores cristãos do primeiro milênio, centrado hoje na figura de São João Damasceno.
Pela segunda vez consecutiva, o Papa tomou um teólogo da Igreja oriental (na semana passada foi o Patriarca Germano de Constantinopla) para falar sobre a transcendência que a veneração das imagens sagradas, que se apoia na doutrina da Encarnação, tem para a fé cristã.
Novamente, o pontífice se referiu à tensão iconoclasta que a Igreja do Oriente viveu, que afetou também a vida e o pensamento de São João Damasceno (século VIII), um dos maiores teólogos da Igreja bizantina e a quem Leão XIII proclamou doutor da Igreja em 1890.
No pensamento deste santo se encontram «os primeiros intentos teológicos importantes de legitimação da veneração das imagens sagradas, unindo a estas o mistério da Encarnação».
Ao permitir a veneração das imagens, o cristianismo respondeu não só ao judaísmo, mas também ao Islã, que proíbem o uso cultual da imagem.
Citando Damasceno, o bispo de Roma explicou que «dado que agora Deus foi visto na carne e viveu entre os homens, eu represento o que é visível em Deus. Eu não venero a matéria, mas o Criador da matéria, que se fez matéria por mim e se dignou habitar na matéria e realizar minha salvação através da matéria».
«Por causa da encarnação, a matéria aparece como divinizada, é vista como morada de Deus. Trata-se de uma nova visão do mundo e das realidades materiais. Deus se fez carne e a carne se converteu realmente em morada de Deus, cuja glória resplandece no rosto humano de Cristo», acrescentou.
Neste sentido, acrescentou o Papa, esta doutrina é «de extrema atualidade, considerando a grandíssima dignidade que a matéria recebeu na Encarnação, podendo chegar a ser, na fé, sinal e sacramento eficaz do encontro do homem com Deus».
Desta mesma base procede a veneração na Igreja das relíquias dos santos, algo também próprio do cristianismo, explicou o Papa, pois «os santos cristãos, tendo sido partícipes da ressurreição de Cristo, não podem ser considerados simplesmente como ‘mortos’».
«O otimismo da contemplação natural (physike theoria), desse ver na criação visível o bom, o belo e o verdadeiro, este otimismo cristão, não é um otimismo ingênuo», acrescentou, mas «leva em conta a ferida infligida à natureza humana por uma liberdade de escolha querida por Deus e utilizada inapropriadamente pelo homem».
«Vemos, por uma parte, a beleza da criação e, por outra, a destruição causada pela culpa humana», acrescentou o Papa.
O Papa concluiu pedindo aos presentes que acolham esta doutrina «com os mesmos sentimentos dos cristãos de então».
«Deus quer descansar em nós, quer renovar a natureza também através de nossa conversão, quer tornar-nos partícipes de sua divindade. Que o Senhor nos ajude a fazer destas palavras substância de nossa vida.»
Fonte: Zenit.
Mensagem do dia (07/05/2009)
Não é a ciência que redime o homem. O homem é redimido pelo amor.
Papa Bento XVI.
Mensagem do dia (13/03/2009)
Que coisa é a conversão da alma, senão um homem dentro em si e ver-se a si mesmo?
Padre Antônio Vieira.
Mensagem do dia (01/03/2009)
O homem compreende tudo com a ajuda daquilo que não compreende.
Anônimo.
Mensagem do dia (25/02/2009)
Tire a culpa do homem e tirar-lhe-á a dignidade.
Viktor Frankl.
Mensagem do dia (18/02/2009)
Se quereis formar juízo acerca de um homem, observai quem são os seus amigos.
François Fénelon.
Mensagem do dia (28/01/2009)
Três coisas são necessárias para a salvação do homem: saber o que deve crer, saber o que deve desejar, saber o que deve fazer.
São Tomás de Aquino.
Mensagem do dia (17/01/2009)
Toda a vida do homem é muito breve comparada ao tempo vindouro, de modo que todo o nosso tempo é nada comparado com a vida eterna.
Santo Antão.
Bento XVI: Cristo “é o verdadeiro Senhor do mundo”. E as implicações disso na cultura ocidental
Transcrevo aqui um texto inspiradíssimo de Sua Santidade, pronunciado hoje na tradicional audiência geral das quartas-feiras. A partir dele, proponho uma reflexão. Vamos lá:
Para o mundo pagão, que acreditava em um mundo cheio de espíritos, em grande parte perigosos e contra os quais era preciso defender-se, aparecia como uma verdadeira libertação o anúncio de que Cristo era o único vencedor e de que quem estava com Cristo não tinha que temer ninguém. O mesmo vale para o paganismo de hoje, porque também os atuais seguidores destas ideologias vêem o mundo cheio de poderes perigosos. A estes é necessário anunciar que Cristo é vencedor, de modo que quem está com Cristo, quem permanece unido a Ele, não deve temer nada nem ninguém. Parece-me que isso é importante também para nós, que devemos aprender a enfrentar todos os medos, porque Ele está acima de toda dominação, é o verdadeiro Senhor do mundo.
Para ler todo o texto, que faz parte de uma série de reflexões sobre São Paulo, dentro do Ano Paulino (estamos comemorando dois mil anos de seu nascimento), clique aqui.
O que me chamou a atenção nesta passagem foi o seguinte ponto: para quem acompanha este blog, apenas alguns dias atrás citei uma fala de Olavo de Carvalho, que relaciona o desenvolvimento da razão com a idéia de um Deus transcendente, que está além da natureza. Transcrevo novamente a referida explicação:
Henrique Garcia me pergunta: “Qual sua opinião sobre certas correntes de idéias, presentes sobretudo no meio liberal, que trabalham incessantemente por achincalhar a fé face à razão, atribuindo-a ao obscurantismo, quando não à irracionalidade pura e simples?” Olha aqui, Henrique: o pessoal que faz isso só mostra que é um bando de ignorantes, eles não sabem nem o sentido da palavra razão. A idéia da razão surge na Grécia exatamente como, vamos dizer, a tendência da alma para a contemplação do transcendente. É só a idéia do transcendente que permite o surgimento da razão. A idéia de um Deus transcendente é a idéia fundamental da razão, idéia que na verdade era impossível numa fase anterior da civilização, onde tinha aquela idéia dos “deuses espalhados” aí pela natureza, deuses mais ou menos fundidos na natureza. Na hora em que a idéia da divindade se destaca da natureza cósmica e se abre para a mente humana a idéia do Deus transcendente, do Deus que está para lá do universo, um Deus absolutamente invisível, infinito, aí é que começa a razão, isso é a base da razão. Agora, esses idiotas nem sabem o que é razão!
Esta idéia, de um Deus que transcende a natureza, surge na Grécia pagã, mas se concretiza com o advento do Cristianismo, já que a natureza foi completamente dismistificada pela nova religião – as antigas divindades gregas estavam diretamente associadas a forças da natureza. Para os cristãos, só existe um único Deus, personificado em Jesus Cristo, e a natureza é Sua criação – ou seja: a natureza é obra de Deus, e sua manifestação não tem, em si, nada de divina ou sobrenatural. Essa separação entre “criador” (Deus) e “criatura” (natureza) vai ser de fundamental importância no desenvolvimento do pensamento ocidental. Lembrei-me de outra explicação, bastante didática, do brilhante jornalista português João Pereira Coutinho. Publico aqui um fragmento do texto publicado na Folha Online (íntegra, aqui), que trata sobre a polêmica do Papa com o Islam, ao citar em discurso proferido em uma universidade alemã uma frase que teria ofendido os “sentimentos religiosos muçulmanos”. Este é outro assunto, eu quero é chamar a atenção para o primeiro parágrafo do texto:
O Papa Bento 16 visitou uma antiga universidade alemã e resolveu falar sobre as relações difíceis entre a fé e a razão. Digo “relações difíceis”, mas Ratzinger discorda: para Bento, não existe nenhuma incompatibilidade entre a “fé” e a “razão” porque a razão é uma dádiva de Deus. A tese não constitui uma originalidade do atual Papa. É tese ortodoxa da Igreja Católica e, mais, foi precisamente um tal entendimento que permitiu a emergência da (expressão perigosa) “civilização ocidental”: do renascimento carolíngeo à cultura monaquista da Idade Média (que salvou os textos clássicos que era possível salvar), o convívio entre as coisas do espírito e os trabalhos da mente contribuiu para a fundação das primeiras universidades (de Bologna a Paris) e até para lançar as bases do pensamento científico. Como? Pela “despersonalização” da natureza. Ao contrário do que sustentavam as antigas culturas animistas, a idéia de um universo criado por Deus implica a idéia de um criador que dotou o mundo de leis que só a razão humana pode descobrir.
Parece-me que os três fragmentos acima têm uma relação entre si. Ao proclamar Cristo, Deus Encarnado, o Senhor do mundo, submetendo todas as coisas a Si, o Cristianismo anuncia um Deus transcendente à natureza, infinito, situado muito além da matéria e da própria racionalidade humana; mas ao mesmo tempo indica ao homem a sua própria superioridade sobre a natureza, partindo do que está escrito no Gênesis, logo no comecinho da Bíblia (1, 26-28):
26. Então Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra.”
27. Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher.
28. Deus os abençoou: “Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra.”
Esses versículos são alguns dos mais importantes trechos da história do pensamento humano. Através da leitura atenta deles, podemos concluir:
- Deus criou o ser humano, e somente ele, à sua semelhança (notem o verbo na primeira pessoa do plural, Façamos, vejam a Trindade em ação!). Ou seja: o homem é a criatura mais importante da Criação.
- Que ele reine: o homem é o rei dos animais. Ele é soberano, tem vontade e expressa suas vontades. Ele subjuga, domina a tudo. Ao dominar a natureza, torna-se capaz de transformá-la.
- Essa ação humana de transformar a natureza tem as bênçãos do próprio Deus. Mas, não nos esqueçamos: esse domínio sobre a Criação é uma dádiva do Criador; não é um mérito do próprio homem.
- E Deus não somente abençoa ao homem, mas também à mulher, e a mulher também foi criada à sua imagem e semelhança. É coincidência a questão da igualdade de direitos entre homens e mulheres ter sido levantada justamente no ocidente? Qual era o tratamento dispensado às mulheres nas culturas anteriores ao advento do Cristianismo?
Um mundo sem espíritos, sem superstições, sem divindades traiçoeiras, mas com um único Deus, Criador de tudo, que coloca homem e mulher juntos como ponto alto de sua Criação e os instiga a submeterem a Sua própria Criação, a fim de dominarem tudo. A partir da elevação da razão ao transcendente, vislumbra-se a possibilidade de um método de investigação da natureza, visando sua transformação; a partir da noção de homem e mulher criados à imagem de Deus, amadurece a idéia da igualdade entre os sexos perante Deus e perante a justiça dos homens; e, entre aqueles que ouviram a mensagem bíblica “enchei a terra e submetei-a”, ergue-se a sociedade ocidental, a mais dinâmica, avançada e criativa de todas as culturas que já existiram sobre a face da terra.
Mensagem do dia (05/01/2009)
Pela sua encarnação, Ele, o Filho de Deus, uniu-se de certo modo a cada homem.
Constituição pastoral Gaudium et Spes do Concílio Vaticano II.