Se a felicidade consistisse nos prazeres do corpo, chamaríamos de felizes aos bois quando encontram forragem para comer.
Heráclito.
matéria
Mensagem do dia (21/01/2022)
Santa Inês, cuja festa hoje celebramos, não teria podido morrer corporalmente por Deus sem antes estar espiritualmente morta para os desejos da terra. Elevada aos píncaros da virtude, sua alma desprezou os tormentos e calcou aos pés as recompensas. Foi conduzida à presença de reis e de governadores rodeados de soldados, porém, permaneceu firme, mais resistente que os verdugos, superior mesmo a quem a julgava. E nós, adultos cheios de fraqueza, que vemos mocinhas caminharem para o Reino dos Céus por meio da espada, que diremos, face a tais exemplos, nós que nos deixamos dominar pela cólera, inflar de orgulho, perturbar pela ambição e enxovalhar pela luxúria?
São Gregório Magno (Papa).
Mensagem do dia (22/08/2021)
Sabemos que enquanto a matéria do pão não for consumida pelo calor natural do corpo, Jesus está em nós; consequentemente, aproximemo-nos d’Ele. Quando Ele estava neste mundo, o simples contato das suas vestes curava os doentes; se temos fé, não podemos duvidar de que Ele continua a fazer milagres quando está tão intimamente unido a nós. Porque não há de dar-nos aquilo que Lhe pedimos, se está em nossa casa?
Santa Teresa d’Ávila.
Mensagem do dia (05/05/2018)
Com dinheiro podemos comprar muitas coisas, porém não o que nelas há de essencial. Ele nos dá comida, e não apetite; dá-nos remédios, e não saúde; dá-nos conhecidos, e não amigos; dá-nos criados, e não servidores leais; dá-nos dias alegres, e não felicidade ou paz.
Henrik Ibsen.
Mensagem do dia (03/04/2018)
A Ressurreição é mais que um oásis. É a Terra Prometida. O oásis é um sítio de passagem. Para nós, que estamos neste mundo de espaço e de tempo, a Páscoa que ensaiamos é a imagem da Terra Prometida, do fim do deserto.
Padre Vasco Pinto de Magalhães.
Mensagem do dia (28/10/2017)
No reino do espírito, busque clareza; no mundo material, busque utilidade.
Leibniz.
Mensagem do dia (13/12/2012)
Para manter este estado de vigília, é necessário lutar, porque a tendência de todo homem é viver de olhos cravados nas coisas da terra.
Monsenhor José Maria Pereira.
Mensagem do dia (12/09/2011)
O nosso mundo anda a busca da liberdade, mas procura-a na acumulação de posses e de poder. Esquece-se dessa verdade essencial: só é verdadeiramente livre quem não tem nada a perder, porque já se desprendeu de tudo, despojou-se de tudo.
Padre Jacques Philippe.
Mensagem do dia (30/01/2011)
Aquele que purificou o seu coração de todas as criaturas e de todas as ligações desordenadas vê a imagem da natureza divina na sua própria beleza.
São Gregório de Nissa.
Mensagem do dia (18/09/2010)
O mérito da pobreza não está precisamente em não possuir nada, senão em não ter afeto às coisas da Terra.
São José de Cupertino.
Mensagem do dia (13/09/2010)
Tu que demonstras tanto ardor pelos bens materiais, não fiques frio perante as riquezas do espírito.
São João Crisóstomo.
Mensagem do dia (14/09/2009)
A velhice pode ser o nosso tempo de ventura. O animal está morto, ou quase morto. Restam o homem e a alma.
Jorge Luis Borges.
Papa recorda que criação e carne «não são desprezíveis» para Deus
Dedica a catequese de hoje a São João Damasceno
Por Inma Álvarez.
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 6 de maio de 2009 (ZENIT.org).- Segundo Bento XVI, o pensamento cristão, ao contrário de outras religiões ou filosofias, não considera que a criação e que a matéria – a carne – sejam desprezíveis, ainda que estejam feridas pelo pecado, mas que a Encarnação de Deus lhes conferiu um grande valor.
Assim explicou nesta quarta-feira, durante a audiência geral, aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, continuando seu ciclo de catequeses sobre pensadores cristãos do primeiro milênio, centrado hoje na figura de São João Damasceno.
Pela segunda vez consecutiva, o Papa tomou um teólogo da Igreja oriental (na semana passada foi o Patriarca Germano de Constantinopla) para falar sobre a transcendência que a veneração das imagens sagradas, que se apoia na doutrina da Encarnação, tem para a fé cristã.
Novamente, o pontífice se referiu à tensão iconoclasta que a Igreja do Oriente viveu, que afetou também a vida e o pensamento de São João Damasceno (século VIII), um dos maiores teólogos da Igreja bizantina e a quem Leão XIII proclamou doutor da Igreja em 1890.
No pensamento deste santo se encontram «os primeiros intentos teológicos importantes de legitimação da veneração das imagens sagradas, unindo a estas o mistério da Encarnação».
Ao permitir a veneração das imagens, o cristianismo respondeu não só ao judaísmo, mas também ao Islã, que proíbem o uso cultual da imagem.
Citando Damasceno, o bispo de Roma explicou que «dado que agora Deus foi visto na carne e viveu entre os homens, eu represento o que é visível em Deus. Eu não venero a matéria, mas o Criador da matéria, que se fez matéria por mim e se dignou habitar na matéria e realizar minha salvação através da matéria».
«Por causa da encarnação, a matéria aparece como divinizada, é vista como morada de Deus. Trata-se de uma nova visão do mundo e das realidades materiais. Deus se fez carne e a carne se converteu realmente em morada de Deus, cuja glória resplandece no rosto humano de Cristo», acrescentou.
Neste sentido, acrescentou o Papa, esta doutrina é «de extrema atualidade, considerando a grandíssima dignidade que a matéria recebeu na Encarnação, podendo chegar a ser, na fé, sinal e sacramento eficaz do encontro do homem com Deus».
Desta mesma base procede a veneração na Igreja das relíquias dos santos, algo também próprio do cristianismo, explicou o Papa, pois «os santos cristãos, tendo sido partícipes da ressurreição de Cristo, não podem ser considerados simplesmente como ‘mortos’».
«O otimismo da contemplação natural (physike theoria), desse ver na criação visível o bom, o belo e o verdadeiro, este otimismo cristão, não é um otimismo ingênuo», acrescentou, mas «leva em conta a ferida infligida à natureza humana por uma liberdade de escolha querida por Deus e utilizada inapropriadamente pelo homem».
«Vemos, por uma parte, a beleza da criação e, por outra, a destruição causada pela culpa humana», acrescentou o Papa.
O Papa concluiu pedindo aos presentes que acolham esta doutrina «com os mesmos sentimentos dos cristãos de então».
«Deus quer descansar em nós, quer renovar a natureza também através de nossa conversão, quer tornar-nos partícipes de sua divindade. Que o Senhor nos ajude a fazer destas palavras substância de nossa vida.»
Fonte: Zenit.