O desejo do Papa é uma ordem para mim.
São João Bosco.
Papa
Mensagem do dia (14/03/2013)
Ninguém pode ser católico se não estiver unido ao Papa.
São João Bosco.
«A religião cristã é a mais perseguida no mundo», segundo bispo de Basileia
Dom Koch lamenta a pouca atenção dos cristãos do Ocidente diante disso
ROMA, quarta-feira, 25 de março de 2009 (ZENIT.org).- O bispo da Basileia (Suíça), Dom Kurt Koch, em um artigo publicado na Itália pelo Giornale del Popolo, afirma que «80% das pessoas perseguidas hoje por sua fé no mundo são cristãs».
«A religião cristã é hoje a mais perseguida no mundo. Só em 2008, dos cerca de 2,2 bilhões de cristãos, 230 milhões sofreram discriminações, marginalizações, hostilidade permanente e inclusive perseguições por causa de sua fé», acrescenta.
Como documenta o informe deste ano, «Liberdade religiosa no mundo», de Ajuda à Igreja que Sofre, as perseguições aos cristãos acontecem sobretudo nas ex Repúblicas Soviéticas, na República Popular Chinesa e nos países vizinhos, assim como em vários países árabes e norte-africanos.
Ao menos em 25 países, os cristãos são maltratados, presos ou mortos por sua fé.
Para Dom Koch, é «particularmente triste que em nossos países ocidentais esta tragédia nem sequer seja conhecida pelos próprios cristãos. Uma razão deste desinteresse pode ser o fato de que, enquanto os irmãos perseguidos proclamam publicamente sua fé, nós a tenhamos reduzido a um assunto privado».
«Nós nos fechamos em nossos problemas internos e não tomamos seriamente em consideração nossa missão pública na sociedade, na política, no Estado, quando não a esquecemos totalmente», acrescenta o prelado.
Recordando as palavras de Bento XVI, segundo as quais «se os cristãos se resignam a considerar fé e Igreja como assunto privado individual, então a própria fé perde força», Dom Koch afirma que «quanto mais a religião se converte em um assunto privado, mais perde sua alma».
Recentemente aconteceu um curso sobre religiões, promovido pela Associação Movimento Donna (A.M.D.), com a colaboração da Universidade de Roma Tor Vergata e a sala de imprensa do Conselho Nacional de Investigação italiano (CNR), no qual se tratou sobre as perseguições religiosas, em particular contra os cristãos.
Segundo Marco Ferrazzoli, chefe da sala de imprensa do CNR, inclusive na Itália, onde o cristianismo é sólido, está surgindo uma certa intolerância para com o Papa e a hierarquia eclesiástica.
A propósito disso, Ferrazzoli recordou a falida conferência do Papa na Universidade «La Sapienza» de Roma e as ameaças, não só verbais, dirigidas contra o cardeal Angelo Bagnasco.
Fonte: Zenit.
Bento XVI esclarece razões que o levaram a suspender excomunhão
A unidade na Igreja, o ecumenismo e o diálogo inter-religioso «são a prioridade suprema»
Por Inma Álvarez
CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 12 de março de 2009 (ZENIT.org).- A unidade na Igreja, o diálogo ecumênico e as relações com outras religiões fazem parte da mesma prioridade deste pontificado, e são a chave que explica a decisão do Papa de suspender a excomunhão aos lefebvristas.
Assim explica o próprio Papa em sua carta aos bispos de todo o mundo, divulgada hoje pela Santa Sé. Nela, após explicar os fatos do caso e os erros cometidos, assim como o futuro do diálogo com os seguidores de Dom Lefebvre, Bento XVI explica as motivações profundas que o levaram a tomar esta decisão.
Na carta, Bento XVI se questiona se a reconciliação com os lefebvristas era «uma prioridade» e se não teria coisas «mais importantes e urgentes». Para responder isso, repassa quais foram e são as prioridades de seu pontificado.
A prioridade para o Papa é «conduzir os homens de Deus», do que «se deriva, como consequência lógica, que devemos ter muito presente a unidade dos crentes».
«Com efeito, sua discórdia, sua contraposição interna, põe em dúvida a credibilidade de seu falar de Deus», explica, e daí a razão de que «o esforço com vistas ao testemunho comum de fé dos cristãos – ao ecumenismo – está incluído na prioridade suprema».
Neste objetivo se inclui o diálogo inter-religioso, ou seja, «a necessidade de que todos aqueles que crêem em Deus procurem juntos a paz, tentem aproximar-se uns dos outros a fim de caminharem juntos – embora na diversidade das suas imagens de Deus – para a fonte da Luz».
«Em conclusão, se o árduo empenho em prol da fé, da esperança e do amor no mundo constitui neste momento (e, de formas diversas, sempre) a verdadeira prioridade para a Igreja, então fazem parte dele também as pequenas e médias reconciliações», explica.
Apesar do alvoroço causado, do qual o Papa afirma que «deve-se tomar nota», ele se pergunta não obstante se o gesto foi em si um «equívoco».
«Verdadeiramente era e é errado ir, mesmo neste caso, ao encontro do irmão que ‘tem alguma coisa contra ti’ (cf. Mt 5, 23s) e procurar a reconciliação? Não deve porventura a própria sociedade civil tentar prevenir as radicalizações e reintegrar os seus eventuais aderentes – na medida do possível – nas grandes forças que plasmam a vida social, para evitar a segregação deles com todas as suas consequências?», pergunta.
O Papa explica como, quando decidiu escrever a presente carta, teve que comentar o texto de São Paulo aos Gálatas, no qual o Apóstolo advertia contra o uso equivocado da liberdade separada do amor.
«Infelizmente, este ‘morder e devorar’ existe também hoje na Igreja como expressão duma liberdade mal interpretada – afirma. Uma e outra vez devamos aprender a prioridade suprema: o amor.»
Neste sentido, agradece «aos numerosos bispos e fiéis que neste tempo me deram provas comoventes de confiança e de afeto e, sobretudo, me asseguraram suas orações».
Não podem ser excluídos
O Papa afirma que os seguidores de Dom Lefebvre não podiam ser excluídos do diálogo, mas era necessário «comprometer-se na dissolução das rigidezes e restrições, para dar espaço ao que houver de positivo e recuperável para o conjunto».
«Às vezes fica-se com a impressão de que a nossa sociedade tenha necessidade pelo menos de um grupo ao qual não conceda qualquer tolerância, contra o qual seja possível tranquilamente arremeter-se com aversão. E se alguém ousa aproximar-se do mesmo – do Papa, neste caso – perde também o direito à tolerância e pode de igual modo ser tratado com aversão sem temor nem decência.»
«Eu mesmo constatei, nos anos posteriores a 1988, como, graças ao seu regresso, se modificara o clima interno de comunidades antes separadas de Roma; como o regresso na grande e ampla Igreja comum fizera de tal modo superar posições unilaterais e abrandar inflexibilidades que depois resultaram forças positivas para o conjunto.»
Afirma também que não se pode ser indiferente diante de «uma comunidade onde se encontram 491 sacerdotes, 215 seminaristas, 6 seminários, 88 escolas, 2 institutos universitários, 117 irmãos, 164 irmãs e milhares de fiéis».
Sobre a atitude de alguns de seus membros, o Papa admite que «há muito tempo e novamente nesta ocasião concreta, ouvimos da boca de representantes daquela comunidade muitas coisas dissonantes: soberba e presunção, fixação em pontos unilaterais, etc.».
Contudo, afirma, «em abono da verdade, devo acrescentar que também recebi uma série de comoventes testemunhos de gratidão, nos quais se vislumbrava uma abertura dos corações. Mas não deveria a grande Igreja permitir-se também de ser generosa, ciente da concepção ampla e fecunda que possui, ciente da promessa que lhe foi feita?»
«E não deveremos porventura admitir que, em ambientes da Igreja, também surgiu qualquer dissonância?», acrescenta.
Em referência aos sacerdotes da Fraternidade, o Papa supõe que «não se teriam decidido pelo sacerdócio, se, a par de diversos elementos vesgos e combalidos, não tivesse havido o amor por Cristo e a vontade de anunciá-lo e, com Ele, o Deus vivo».
«Poderemos nós simplesmente excluí-los, enquanto representantes de um grupo marginal radical, da busca da reconciliação e da unidade? E depois que será deles?», pergunta finalmente o Papa.
Fonte: Zenit. Para ler a Carta do Papa sobre remissão da excomunhão aos bispos ordenados por Dom Lefebvre, clique aqui.
A quem a Igreja deve satisfações? À “comunidade de cristãos” ou a Jesus Cristo?
Eu achava que a frase da jornalista de O Globo (ver o post seguinte) já era eminentemente representativa para o fenômeno da burrice que se espalha como vírus de computador entre todos os boçais que se proclamam “católicos”. Mas li uma coisa de autoria da dotôra Ivone Gebara (quem?) que é de doer o fígado. Trata-se de um texto publicado no blog A Igreja Católica é a Igreja Una e Santa, de Danilo Augusto. É uma temeridade de horrendo o que está escrito, e o blogueiro comenta as bobagens de dona Ivone com muita competência. Chamou-me mais a atenção determinado trecho, o qual comentarei logo abaixo.
Babando sobre o caso da meninha de nove anos violentada pelo padrasto em Alagoinha (cidade que tristemente vai ficando conhecida como cenário desse horrendo episódio), ela rascunhou a seguinte pérola:
Os bispos tanto a nível nacional quanto internacional, e aqui incluo também o Papa, como bispo de Roma, tornaram-se cismáticos em relação à comunidade de cristãos católicos, isto é, romperam com grande parte dela em várias situações.
Vejam bem o que esse gênio da teologia disse aqui: que o Papa, e os bispos (quais dentre eles? Todos?) são cismáticos, ou seja, estão separados da “verdadeira” “igreja”. E por que? Porque esses membros da hierarquia se negam a seguir o que a sociedade (“a comunidade de cristãos católicos”) determina como correto. Vejam bem a gravidade do que foi escrito: não é a Igreja quem deve inspirar e sustentar a moralidade de uma sociedade, através dos seus valores e da sua espiritualidade; ao contrário, é a sociedade quem deve definir as posturas da Igreja, e em última instância determinar o que ela ensina e mesmo acredita!
Ou essa mulher é mau caráter mesmo ou tem algum problema grave de percepção, de ser incapaz de perceber a realidade como tal. Vejam o que está nas entrelinhas da frase: não é a hierarquia da Igreja (bispos e padres) que deve ensinar e corrigir os pecados dos fiéis; é a “comunidade dos cristãos” que deve passar o pito justamente naqueles que deveriam ser a autoridade moral deles – e isso quando bispos e padres ensinarem algo desagradável, que não for aceito pela “comunidade”! Vocês já conseguiram imaginar os seguidores de Jesus discutindo com ele, exigindo que ele mudasse algum ensinamento? Em João 6, 59-61, está escrito:
Tal foi o ensinamento de Jesus na sinagoga de Cafarnaum. Muitos dos seus discípulos, ouvindo-o, disseram: “Isto é muito duro! Quem o pode admitir?” Sabendo Jesus que os discípulos murmuravam por isso, perguntou-lhes: “Isso vos escandaliza?”
Ou seja: muitos discípulos ouviram o que Jesus ensinava e reclamaram. O que esse homem diz é muito duro! Jesus mudou seus ensinamentos?
Não! Não modificou em nada sua doutrina.
O que aconteceu? Os versículos seguintes o dizem:
“Que será, quando virdes subir o Filho do Homem para onde ele estava antes?… O espírito é que vivifica, a carne de nada serve. As palavras que vos tenho dito são espírito e vida. Mas há alguns entre vós que não crêem…” Pois desde o princípio Jesus sabia quais eram os que não criam e quem o havia de trair. Ele prosseguiu: “Por isso vos disse: Ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não lho for concedido”. Desde então, muitos dos seus discípulos se retiraram e já não andavam com ele.
Ou seja: muitos o abandonaram.
Da mesma forma: a Igreja tem que permanecer inflexível em seus ensinamentos. Aqueles que não concordarem… O que farão? Abandonarão a Igreja, tal como abandonariam o próprio Cristo em pessoa.
Pelo menos aqueles que abandonaram a Jesus naquela ocasião não parecem ter depois espalhado para outras pessoas comentários do tipo “Esse Jesus rompeu com sua comunidade!” Ao menos tiveram a vergonha na cara de se mandarem, reconhecendo-se incapazes de seguirem a mensagem de Jesus – não permaneceram no grupo dos discípulos para dividir, confundir, desafiar a autoridade do Mestre ou mesmo tentar corrigi-lo.
O que essa dona diz está me parecendo nada menos que um sintoma de parafrenia, ou seja, um delírio crônico. O absurdo da frase é tão galopante que todo o resto do texto se torna uma baita encheção de lingüiça, um distúrbio esquizofrênico que não quer dizer coisa com coisa. Se for analisado com um pingo de coerência e senso da realidade, não faz sentido algum.
Para refutar todo esse excremento teológico expelido pela dona Ivone, basta uma única citação do Catecismo da Igreja Católica:
869 A Igreja é apostólica: está construída sobre fundamentos duradouros: “Os doze Apóstolos do Cordeiro”; ela é indestrutível; é infalivelmente mantida na verdade: Cristo a governa por meio de Pedro e dos demais apóstolos, presentes em seus sucessores, o Papa e o colégio dos Bispos.
Uma igrejola “servidora da comunidade dos fiéis” tal como sonham a dona Ivone e muitos outros cabeças de vento é insustentável! É um verdadeiro descalabro tanta insanidade, falta de reflexão, conhecimento, inteligência mesmo. Repito o que postei aqui ontem: a igreja anglicana será extinta nas próximas décadas porque primeiramente permitiu a ordenação de mulheres e agora sagrou um bispo homossexual! Sob qual alegação? Ora, a alegação de que os tempos são outros, a sociedade mudou e a igreja tem que se adaptar a uma nova realidade. Segundo esse “raciossímio“, o cristianismo deve mudar e adaptar sua doutrina para se adequar às mudanças que ocorrem na sociedade. Isso é exatamente o contrário daquilo que ensinou Nosso Senhor Jesus Cristo:
Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição. Pois em verdade vos digo: passará o céu e a terra, antes que desapareça um jota, um traço da lei. Aquele que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar assim aos homens, será declarado o menor no Reino dos céus. Mas aquele que os guardar e os ensinar será declarado grande no Reino dos céus (Mateus 5,17-19).
Nem Jesus Cristo ousou mudar o que diziam “a lei e os profetas”. Com qual justificativa então aqueles que se dizem seus servos têm a cara de pau, o atrevimento, a falta de vergonha na cara, de ensinarem algo diferente daquilo que é ensinado há 20 séculos?
Desde sempre a Igreja Católica condenou o aborto e ela não pode mudar seu ensino a respeito, pois estaria traindo a missão que lhe foi confiada. Será que isso não é claro?
Toda essa conversa fiada e ridícula da dona Ivone não tem a menor sustentação. É senso comum grosseiro e dos mais vagabundos. Esse discurso visa destruir a Igreja Católica por dentro, solapando a sua autoridade moral, minando sua hierarquia – que é o que de fato sustenta a Igreja. Não sei se dona Ivone tem a menor noção disso, mas muita gente dentro da Igreja tem plena consciência de que está lá com o intuito de destruí-la e apoia esses discursos justamente tendo esse objetivo.
Bombardeio contra o Papa: Bento XVI sofre críticas da imprensa e de clérigos
A pressão sobre o Papa Bento XVI é enorme. Nos últimos dias, ele vem sendo criticado pelos meios de comunicação em geral, pelos Hans Küng da vida e até mesmo por bispos de tendências “pogreçistas”. Os movimentos do Papa para a reconciliação com a Sociedade São Pio X pipocaram uma reação violenta por parte das alas modernistas da Igreja – justamente, aquelas que estão repletas de traidores interessados na sua destruição. Para saber se Bento XVI está correto em seus atos, basta saber o que o Leonardo Boff acha de suas ações; se o teólogo dos holofotes estiver insatisfeito, pode saber que o Papa está no caminho certo.
Este carnaval todo em torno das declarações (infelizes) do bispo Williamson, minimizando o holocausto, é ampliado e aumentado, tomando proporções imensas pela campanha de desmoralização promovida pela imprensa em geral contra Bento XVI. Este assunto já estaria pra lá de encerrado se a razão fosse usada em detrimento do patrulhamento ideológico. Isso porquê:
- Williamson e os outros três bispos da SSPX foram aceitos na Igreja como seus membros; isso quer dizer que eles agora podem receber sacramentos licitamente. Ainda que Williamson negue o holocausto, isso não é um delito canônico passível de excomunhão. Ser idiota não é motivo para ser expulso da Igreja;
- Os quatro bispos que tiveram sua excomunhão levantada não foram imediatamente aceitos na hierarquia da Igreja Católica. Ao contrário: é sabido que eles não estão exercendo nenhuma função reconhecida pela Igreja, inclusive estando impedidos de celebrar sacramentos.
- Williamson já pediu desculpas ao Papa pelo estrago que causou e já foi até mesmo demitido de sua função como reitor de um seminário da SSPX na Argentina.
- D. Bernard Fellay, Superior Geral da Sociedade São Pio X”, afirmou: “um bispo católico não pode falar com autoridade eclesiástica se não se tratar de uma questão de fé ou moral”. Ou seja: até mesmo a SSPX desautorizou as declarações de Williamson, salientando que ele não fala em nome da Sociedade, muito menos da Igreja.
- E por fim: a SSPX ainda não goza, neste momento, de nenhum reconhecimento canônico por parte da Igreja Católica.
Esses pontos já seriam por si só suficientes para encerrar qualquer conversa. Os quatro bispos foram aceitos novamente como católicos, mas não como clérigos. E negar o holocausto não é um pecado passível de excomunhão, portanto o levantamento da excomunhão do bispo Williamson nem remotamente tem relação com suas declarações revisionistas.
Mas, qual o quê! As declarações de Williamson deram munição para os inimigos do Papa e os anti-católicos do mundo inteiro. E eles estão disparando seu veneno. Pior: muitos dos críticos pertencem à hierarquia da própria Igreja Católica…
Padre influente de Chicago diz que a teologia de Bento XVI contribui para a controvérsia do holocausto
(CWNews.com) – O padre John Pawlikoski, diretor do Programa de Estudos Judaico-Católicos da União Teológica Católica, disse que a “eclesiologia ahistórica” do Papa Bento XVI contribuiu para a controvérsia que se seguiu ao levantamento da excomunhão do bispo Williamson.
O texto publicado no site Catholic Culture (original em inglês aqui) prossegue com as falácias do padre Pawlikoski, que culpa a Igreja por omissão diante do holocausto, fazendo coro aos farsantes que repetem as baboseiras de sempre contra Pio XII. A matéria lembra as afirmações públicas contundentes do Papa Bento XVI condenando o antissemitismo.
Na verdade, hoje foi o dia da malhação do Papa. O jornal Los Angeles Times se pergunta em editorial (resumido aqui, em inglês, com link para o original): “como o Papa pôde reabilitar um sujeito como Williamson sem realizar uma investigação completa?” Provavelmente, se o Papa soubesse das declarações de Williamson, não teria levantado as excomunhões – não antes de se certificar sobre o estrago que tais afirmativas do bispo poderiam provocar. O texto afirma que o Papa deveria ser mais prudente em suas ações. E os inimigos da Igreja, eles devem ser prudentes ao criticá-la?
Ainda assim, insisto: esse assunto deveria ser irrelevante. As opiniões de Williamson sobre o holocausto podem ser estúpidas e fantasiosas – e o são, mas não o impedem de ser católico. E Bento XVI, ao levantar sua excomunhão, quis dizer apenas que ele e seus três colegas estavam reintegrados na Igreja Católica. Seu gesto não quis dizer que eles se tornaram parte integrante da hierarquia sacerdotal da Igreja Católica. O assunto já deveria estar devidamente esquecido, mas a verdadeira campanha da mídia não é em favor da verdade, e sim da desmoralização do Sumo Pontífice e o enfraquecimento da sua autoridade moral – o que comprometeria gravemente a própria solidez da Igreja Católica.
O maior de todos os pecados: negar o pecado
Um dos pontos mais contestados da catequese tradicional da Igreja pela sociedade e pelos próprios católicos é o ensino católico referente à sexualidade. A Igreja proibe tudo: sexo fora do casamento, homossexualismo, pornografia… Em contrapartida, a modernidade oferece uma “libertação” para isso, soprando nos ouvidos de todos uma proposta sedutora: você pode ser católico, bom cristão, basta seguir alguns mandamentos podendo descartar outros.
Infelizmente, a maioria dos que se dizem católicos “escolhe” quais os mandamentos da Igreja quer seguir – e essa atitude é muito mais grave que o pecado em si: é o desprezo pelo próprio conceito de pecado. Esse “self-service” espiritual tem conseqüências muito sérias, tornando o fiel cada vez mais desligado da Igreja e dos preceitos cristãos. O Papa torna-se um cara legal, mas com umas idéias meio ultrapassadas, e eu com meu senso crítico apuradíssimo é que devo decidir o que é melhor para mim. Portanto, se a Igreja diz que isso ou aquilo é pecado, primeiro eu tenho que consultar a minha sabedoria imensa para discernir e comprovar, de acordo com o meu julgamento, se tal coisa é ou não pecado.
Vamos refletir um pouco.
O ataque à moral sexual cristã é uma das frentes de batalha dos militantes anti-cristãos – ou vocês acham que a revolução sexual veio do nada, foi algo espontâneo, que chegou como um vendaval para “acabar com séculos de repressão (sic) da cultura ocidental católica” logo que um bando de malucos resolveu tirar a roupa na França e em Woodstock pra transar adoidado? A revolução sexual prega a absoluta desmoralização do magistério da Igreja no que diz respeito a castidade, casamento, sexo. A cultura ocidental a partir dos anos 60 abraçou o hedonismo sem contestação alguma, tornando-se a principal divulgadora de uma cultura libertária, negacionista, visando a construção de uma “nova sociedade”.
Ora, para construir uma “nova sociedade”, você tem que destruir a velha, certo? E qual o principal fundamento da “velha” e “antiquada” sociedade? O cristianismo, ora bolas, e a Igreja Católica, que tem um Papa para encher o saco de todo mundo, lembrando o que é certo e o que é errado. Uma nova sociedade “libertária” não pode ter “certo” e “errado”, tem que ter cidadãos “conscientes” que vão fazer as próprias escolhas morais, sem parâmetros pré-definidos.
A destruição da Igreja Católica e do Cristianismo tem que acontecer por dentro, como previa o pensador comunista italiano Antonio Gramsci. Você descaracteriza a doutrina católica, cria dúvidas e confusões entre os fiéis, a partir do que dizem leigos e eclesiásticos engajados não com a Igreja, mas com este projeto de “nova sociedade”. E, para a concretização deste admirável mundo novo, a Igreja Católica e o Cristianismo são obstáculos sérios, que devem ser removidos. Para isso, devem ser descaracterizados. As Igrejas devem se tornar um clubinho onde as pessoas vão para não se sentirem entediadas, cantam, lêem alguma coisa para se sentirem edificadas e voltam pra casa. Muito simples. “Mas, na minha moral individual, mando eu!” Manda nada, idiota: você já está sendo manipulado pela revolução pregada por Gramsci e seus sequazes.
O que os iluminados promotores da “nova sociedade” não percebem (ou talvez, ao contrário, percebam muito bem) é que uma escolha moral só pode ser feita de maneira consciente a partir de valores morais, que não são escolhidos por si mesmos! Ou então, a moral torna-se relativa… cada indivíduo tem sua própria moral, daí tudo se torna permitido, como adivinhou Dostoiévski.
O estrago provocado pela relativização do pecado entre os fiéis foi tão grande que, para a maioria dos cristãos hoje (e mesmo entre os que se dizem “praticantes”), o sexto mandamento foi praticamente abolido – ou “modificado” para “não farás sexo sem amor” ou “não colocarás um baita chifre na cabeça do seu namorado”. Ou quem sabe, “não farás sexo com mais de uma pessoa – ao mesmo tempo, pelo menos”. Ou o mais popular de todos, “não farás sexo sem usar a camisinha”. A mentalidade de que a Igreja só aconselha em matéria sexual e seus conselhos não precisam ser seguidos disseminou-se, e o que temos hoje são pais católicos permitindo que o filho leve a namoradinha pra dormir com ele em casa, no sábado à noite, e domingo de manhã todo mundo vai à missa e comunga numa boa.
Não existe escolha: ou você é um católico por inteiro ou não é nada, ou você se reconhece pecador e fica de joelhos todas as noites pedindo perdão a Nosso Senhor Jesus Cristo por todas as besteiras que você fez ao longo do dia, ou você é um farsante. E pecado não é aquilo que você quer que seja, não é uma definição pessoal – já cansei de ouvir católicos vira-latas estufando o peito pra dizer “pecado é aquilo que minha consciência julga como tal”. Não foi a Igreja que inventou que sexo fora do casamento é pecado, não foi o Papa que disse que homossexualismo é pecado, não foi o bispo Dom José das Couve que afirmou que métodos anti-concepcionais artificiais são moralmente inaceitáveis.
Se você realmente é católico, sabe que a Igreja tem a assistência divina do Espírito Santo, o Espírito da Verdade. E o que a Igreja define como pecado é aquilo que o Espírito Santo lhe inspirou – não somente através da Bíblia, mas da Tradição Oral e do Magistério da Igreja (leia sobre o assunto no Curso de Bíblia do Padre Tonico).
O ponto é esse: a mudança de costumes tem como objetivo a desmoralização da autoridade moral do cristianismo, particularmente da Igreja Católica. As pessoas vêem os “avanços” da modernidade e comentam: “o mundo mudou, mas a Igreja é muito atrasada…” Caramba, a Verdade não muda. E quando você começa a duvidar de um ensinamento da Igreja, do Cristianismo, da Bíblia, abre uma caixa de Pandora na sua cabeça. Se um mandamento da Igreja é furado, por que os outros também não estariam sujeitos à falibilidade?
O católico tem que obedecer à Igreja e ser submisso ao Papa. Sem isso, no way: não é católico, é simplesmente um imbecil que acha que é católico e permanece indiferente ao pecado.
Vejam um exemplo maravilhoso, bastante elucidativo. Você vai ao padre para se confessar – essas confissões moderninhas, de frente para o padre, cara a cara, fora do confessionário, parece mais um bate papo, só falta a cervejinha. Você começa falando: “Padre, eu pequei… Transei com minha namorada…” O padre olha pra você com uma cara de benevolência e lhe pergunta: “Você ama sua namorada?” E você responde “Amo, padre… Sou apaixonado por ela, mas foi um momento de fraqueza…” Daí o padre lhe interrompe: “Mas isso não é pecado! É algo maravilhoso, você está expressando seu amor por ela”, e tome blá-blá-blá digno de programa da Ana Maria Braga. “O que não pode é sexo sem amor, mas você não está pecando”. E você, ainda meio confuso, pergunta: “Mas padre, sexo antes do casamento não é pecado?” O padre, com sua sabedoria pai d’égua, responde: “Meu querido, a Igreja aconselha… Mas hoje em dia, as coisas estão muito mudadas…”
Daí você sai aliviado com os conselhos maravilhosos do padre (“Não esqueça a camisinha, hein… Vocês não estão preparados para terem um bebê…) e já planeja a próxima ida ao motel com a queridinha para comemorar – dessa vez, sem neuras, sem culpa, sem nenhum impedimento “divino”.
Vou contar outra, mas peço que não espalhem… Uma vez, um padre (que inclusive tempos depois abandonou a batina para se juntar com uma mulher divorciada, que morava perto da igreja, para escândalo de toda a comunidade…) me contou que um colega de sacerdócio absolveu em uma confissão e permitiu que recebesse a eucaristia um travesti que vivia com outro homem, tendo como justificativa a fidelidade que havia entre o “casal”. O padre não aconselhou que o travesti vivesse a castidade e que evitasse a relação homossexual: ele fez vistas grossas a esse pecado gravíssimo, que afasta a pessoa da Graça de Deus, e orientou o fiel como se essa prática fosse lícita, permitindo-o que comungasse. Provoca escândalo muito maior que essa união, pecado condenado reiteradamente por Deus na Bíblia e pelo Magistério da Igreja, a atitude do padre. Ninguém tem o “poder” de estabelecer pecados ou revogá-los.
Vejam o que diz o Catecismo da Igreja Católica, que está acima da autoridade de qualquer padre moderninho, sobre sexo fora do casamento e homossexualismo:
2353 A fornicação é a união carnal fora do casamento entre um homem e uma mulher livres. É gravemente contrária à dignidade das pessoas e da sexualidade humana, naturalmente ordenada para o bem dos esposos, bem como para a geração e a educação dos filhos. Além disso, é um escândalo grave quando há corrupção de jovens.
2357 A homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominante, por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. Sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que “os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados”. São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados.
Portanto, sinto muito, mas tenho uma péssima novidade para todos: pecado não é aquilo que você quer que seja pecado, não é aquilo que você acha que seja pecado, não é aquilo definido pela sua consciência, pela sua cabecinha oca. Pecado é um dado objetivo, revelado por Deus à Igreja Católica, através da assistência divina do Espírito Santo a ela. Jesus veio ao mundo para ensinar o que é certo e o que é errado, não para fazer turismo ou distribuir vinho para a galera encher a cara.
E o pecado maior de todos, aquele que Deus não perdoa e nem perdoará nunca, o pecado contra o Espírito Santo é… negar o próprio pecado!!! Colocar-se como Deus, juiz supremo, e negar um pecado é uma ofensa gravíssima a Deus, não somente à Igreja. Repetindo: a desmoralização do Cristianismo em geral e da Igreja Católica, em particular, passa pela relativização do conceito do que seja o pecado, pela disseminação da idéia de que o certo e o errado partem do julgamento de um indivíduo, não de uma ordem superior a que esse indivíduo, conscientemente, deve seguir.
“Ah, mas e agora??? Eu sou pecador!!!” Não brinca!!! Eu também sou. Eu, Raimundo e todo mundo… A misericórdia de Deus é infinita para todos aqueles que pedem perdão. Mas como pedir perdão sem ter a consciência do pecado? Como pedir perdão se o orgulho não permite o reconhecimento da própria infração?
Quem não aceita a existência do pecado, não é capaz de pedir perdão. E por isso, não o receberá. Este é o pecado contra o Espírito Santo: pecar contra a Graça santificadora do Pai e recusar-se a aceitar o seu perdão.
Papa afirma que horizonte da unidade plena dos cristãos segue aberto
Hoje na conclusão da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos
Por Inma Álvarez.
CIDADE DO VATICANO, domingo, 25 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- O Papa assegurou hoje que o «horizonte da unidade plena» permanece «aberto diante de nós», e que se trata de uma tarefa «árdua, mas entusiasmante para os cristãos que querem viver em sintonia» com a unidade querida por Cristo.
O Papa lançou esta mensagem positiva na homilia da celebração ecumênica que teve lugar esta tarde na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, para concluir a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, ainda que advertiu que alcançar a unidade plena «não é possível com as forças humanas».
Esta tradicional celebração, que reuniu na basílica paulina membros da Cúria romana e representantes de outras confissões cristãs presentes em Roma para a oração das Vésperas, coincide este ano com a Festa da Conversão de São Paulo, assim como com o 50 aniversário do anúncio, por parte do Papa João XXIII, da convocatória do Concílio Vaticano II.
O Papa referiu-se ao Concílio precisamente como «uma contribuição fundamental ao ecumenismo, condensada no Decreto Unitatis redintegratio».
«A atitude de conversão interior em Cristo, de renovação espiritual, de caridade acrescentada perante os demais cristãos deu lugar a uma nova situação nas relações ecumênicas», explicou.
O Papa, nesse sentido, agradeceu o Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos pelo «serviço que faz à causa da unidade de todos os discípulos do Senhor» e indicou duas linhas de trabalho: «valorizar o que se alcançou» e «encontrar novos caminhos para continuar as relações no contexto atual».
«Este Deus, que é Criador e é capaz de ressuscitar os mortos, é também capaz de reconduzir à unidade o povo dividido em dois», explicou.
Leia mais aqui.
Papa Bento iniciando ano movimentado e histórico
Por Edward Pentin.
Este ano reserva muitas surpresas para o Papa Bento XVI. O líder espiritual dos 1,2 bilhões de católicos do mundo deve embarcar em duas viagens papais históricas, fazer mudanças significativas nas lideranças do Vaticano, e encontrar-se com Barack Obama, no que pode vir a ser um encontro complicado.
O Pontífice, que completará 82 anos de idade no próximo dia 16 de abril, viajará pela primeira vez como Papa à África no mês de março, rumo a Camarões para fazer parte das preparações para um encontro de bispos africanos. Em seguida, partirá para Angola para celebrar os 500 anos da evangelização do país.
O Papa pode esperar uma recepção calorosa num continente onde o catolicismo está crescendo rapidamente e muitos estão a aderir ao sacerdócio católico. Mas a África, continuamente afetada pela pobreza e pelos conflitos, é de grande preocupação para a Igreja, levando o Vaticano a informalmente declarar 2009 como o Ano para a África. Como fez no Natal, o Papa deverá chamar a atenção especificamente para os conflitos e sofrimentos no Zimbabwe, no Congo e na Somália.
Sua visita também deverá reacender a controvérsia sobre a proibição da Igreja do uso de preservativos como método para se evitar o vírus HIV. O Papa não mudará o ensinamento da Igreja nesse assunto, mas ao invés disso provavelmente deverá salientar a razão pela qual a Igreja mantém seus ensinamentos e que organizações católicas assistem aproximadamente um quarto de todas as vítimas da AIDS no mundo.
As atenções então se voltarão para a viagem histórica seguinte de Bento XVI, à Terra Santa. O Vaticano não confirmou oficialmente a visita e, se os conflitos continuarem em Gaza, provavelmente será adiada. De qualquer maneira, o Vaticano diz que o planejamento para a viagem continua, e fontes dizem que está agendada para acontecer entre os dias 8 e 15 de maio. Incluirá paradas em Aman, Tel Aviv, Jerusalém, Nazaré e Belém. O biógrafo papal George Weigel diz que provavelmente será o ponto alto do ano para o Papa.
Sem dúvida, a visita será uma das mais delicadas para Bento XVI. Fontes dizem que o pontífice alemão tem um encontro marcado com membros da Autoridade Palestina (que não inclui o Hamas) em Belém, e visitará o memorial do Holocausto em Jerusalém. Ele fará muitos apelos pela paz na região e em solidariedade com os cristãos da Terra Santa, que enfrentam muitas provações e emigram em número elevado. O Vaticano espera que a viagem do Papa também alivie recentes tensões com israelenses e líderes judeus. A ação do Papa Pio XII para salvar judeus durante a Segunda Guerra Mundial mantém-se como uma questão ardentemente controvertida entre alguns líderes do judaísmo.
Além das viagens do Papa, novos escritos papais são aguardados para este ano. A primeira e muito aguardada encíclica social de Bento, “Caritas in Veritate” (“Amor na Verdade”), provavelmente será lançada na primeira metade do ano (pré-vendas já estão sendo feitas online em sites como o Amazon.com). O documento, endereçado a todos os católicos, oferecerá uma crítica moral para a atual crise financeira. É esperada para ser convenientemente “ecológica”, enfatizando a administração responsável da criação, mas sempre com uma visão antropocêntrica que coloca a dignidade humana e o bem-estar, não a natureza, no cerne da questão.
O Papa, um leitor voraz e autor talentoso, deve também publicar o segundo volume de seu livro “Jesus de Nazaré”. O livro, cujo primeiro volume foi publicado em 2007, oferecerá suas próprias análises e compreensões teológicas sobre a Paixão e Ressurreição de Jesus.
Este ano também verá mudanças significativas em muitos altos cargos no Vaticano. Pelo menos três cardeais devem se demitir, já que chegaram ou excederam a idade limite de 75 anos. Em decorrência disso, e da aposentadoria de outros cardeais ao redor do mundo, a necessidade de um consistório (quando o Papa formalmente indica novos cardeais) se tornará premente. Comentaristas acreditam que isso deverá acontecer na primavera (entre setembro e dezembro).
O Papa também estará empenhado em assegurar que continuem os até agora significativos progressos nas relações entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa. Um novo patriarca ortodoxo russo será escolhido em junho, em seguida à morte inesperada do patriarca Alexis II, no final do ano passado. O escolhido poderá renascer as esperanças de que aconteça o primeiro e histórico encontro entre um Papa e um patriarca, desde que as duas igrejas quase mil anos atrás se dividiram.
Quanto aos ilustres visitantes que o Papa deverá receber, a visita de Barack Obama em julho é a mais aguardada. O presidente eleito comparecerá ao encontro do G8 na ilha italiana de Maddalena e espera-se que ele inclua em seu trajeto uma passagem pelo Vaticano. Tendo em vista sua conhecida posição sobre aborto e outras questões pró-vida, o encontro de Obama com o Pontífice poderá se tornar embaraçoso.
Mas mesmo que os dois não se encontrem, comentaristas dizem que a nova administração e a Igreja provavelmente se enfrentarão. “Se a administração Obama tentar remover as cláusulas de consciência que protegem instituições e profissionais de saúde católicos nos Estados Unidos [da obrigação de realizarem abortos], podemos muito bem ver um desafio papal à nova administração”, Weigel diz. Ele acredita que tal confronto é provável “de qualquer jeito”, tendo em vista o quanto a administração Obama irá se esforçar no campo dos assim chamados “direitos reprodutivos” junto às Nações Unidas e em outros países.
Ainda assim, isso não impedirá Bento XVI de reunir-se com Obama se a oportunidade surgir. Um dos pontos fortes deste Papa é sua disposição em ouvir todas as opiniões, mesmo aquelas com as quais discorde. Para o Papa Bento, uma discussão intelectual honesta supera qualquer medo de controvérsia. Por isso, não se surpreenda se, como em anos anteriores, este Pontífice voltar a ser manchete em virtude de debates pragmáticos e provocativos.
Fonte: Newsmax.com. Tradução e adaptação de Matheus Cajaíba. Para ler o texto original em inglês, clique aqui.
O nascimento de Cristo foi uma “revolução cósmica”, diz o Papa na Missa da Epifania
Cidade do Vaticano, 06/01/2009 (CWNews.com) – Jesus é “o centro do universo e da História”, disse o Papa Benedito XVI em sua homilia ao celebrar a Missa pela festa da Epifania, que é comemorada em Roma em sua data tradicional, 6 de janeiro.
Relembrando a viagem dos Magos para ver o Menino Jesus, o Papa disse que a estrela que guiou os sábios a Belém foi o sinal de uma “revolução cósmica” que aconteceu com o nascimento do Filho de Deus. Os pagãos olhavam para o céu para predições, acreditando que seus destinos eram influenciados pelos movimentos cegos das divindades, observou o Papa. Mas, com a encarnação do Cristo, os fiéis compreenderam que o universo é controlado não por forças anônimas, mas por um Deus pessoal e amoroso.
“A lei fundamental e universal da criação é o amor divino, tornado carne em Cristo”, o Santo Padre disse. Os fiéis devem se apegar a essa compreensão, não importa que problemas eles enfrentem, afirmou: “Não importa o quão sombrias as coisas estejam, não há escuridão que possa obscurecer a luz de Cristo.”
Com essa convicção, continuou o Papa, os cristãos devem estar preparados para enfrentar os desafios dos dias atuais. Ele falou sobre a necessidade de livrar o mundo do “veneno e poluição” que nos ameaçam hoje e põem em perigo o futuro da humanidade, e a “violência odiosa e destrutiva que não cessa de provocar derramamentos de sangue”.
Fonte: Catholic Culture (em inglês). Traduzido por Matheus Cajaíba.
Bento XVI: “Deus é a verdadeira origem da paz no mundo”
Durante sua homilia de Natal, o Papa Bento XVI explicou que, em qualquer lugar onde Deus esteja, “existe paz”. “Ao nascer como uma criança”, o Pontífice continuou, “Cristo trouxe amor ao mundo, para que aqueles que se aproximarem dele possam ser portadores de sua paz”.
O Santo Padre prosseguiu sua homilia pedindo aos presentes que rezassem pelas crianças do mundo, especialmente aquelas que são vítimas da violência, de abusos ou pornografia.
A Criança de Belém nos convoca novamente a fazermos tudo o que estiver em nosso alcance para colocar um fim no sofrimento dessas crianças; para fazer todo o possível para que a luz de Belém toque o coração de cada homem e mulher. Somente através da conversão de corações, somente através de uma mudança nas profundezas de nossos corações, a causa de todos esses males será superada, só assim o poder do mal será derrotado. Somente se as pessoas mudarem, o mundo irá mudar; e para mudar, as pessoas precisam da luz que vem de Deus, a luz que tão inesperadamente entrou em nossa noite.
A íntegra do texto da homilia (em inglês) está aqui, no site da CNA, a versão em inglês do site da ACI Digital.