Mensagem do dia (27/03/2024)

A paz é um dom da ressurreição de Cristo. No limiar da morte, Ele não hesitou em dar essa paz ao discípulo que O entregou: beijou o traidor como se beija um amigo fiel. Não penseis que o beijo que o Senhor deu a Judas Iscariotes foi inspirado por qualquer sentimento que não fosse a ternura. Cristo já sabia que Judas O trairia. Sabia o que significava esse beijo, que era normalmente um sinal de amor, e não Se furtou a ele. A amizade é assim mesmo: não recusa um último beijo àquele que vai morrer; não retira essa última prova de ternura aos entes queridos. Mas Jesus esperava também que esse gesto sobressaltasse Judas e que, espantado pela sua bondade, ele não traísse Aquele que o amava, ele não entregasse Aquele que o beijava. Assim, esse beijo foi dado como um teste: se o reabilitasse, seria um laço de paz entre Jesus e o seu discípulo; mas, se Judas O traísse, esse beijo criminoso tornar-se-ia a sua própria acusação.

São Máximo de Turim.

Mensagem do dia (23/02/2023)

Deus está em toda a parte. Esta verdade é tão simples e nós esquecemo-la tantas vezes. E, no entanto, se nos debruçássemos mais sobre ela, teria a virtude de dar uma orientação nova à nossa vida. Cansamos muitas vezes a imaginação para representar um Deus longínquo e a nossa oração sofre com isso. Deus é Espírito, Espírito que não está limitado num lugar, mas que penetra todas as coisas. Por isso, os verdadeiros adoradores de Deus o adoram em espírito e em verdade. Recordemos as palavras do Apóstolo: «É d’Ele que nos vem a vida, o movimento e o ser». No princípio da nossa vida espiritual, começaremos por abrir os olhos para esta grande verdade. O resultado será maravilhoso, se pudermos chegar a fazer viver em nós o pensamento da presença imediata e universal de Deus.

Um cartuxo.

Mensagem do dia (02/09/2022)

Quem sou eu? Para que a vida tenha sentido e para que a morte mesma tenha alguma decência, eu preciso saber quem sou, por que vivo, por que morro, por que choro. De que me vale aprender o milhar das relações do mundo exterior, se não consigo aprender a substancial realidade que me diz respeito? Que me adianta medir a distância do sol e analisar a configuração do átomo do urânio se desconheço a largura, a altura e a profundidade do meu próprio ser? De que me serve ganhar o universo se ando perdido de minha própria alma?

Gustavo Corção.

Mensagem do dia (21/01/2022)

Santa Inês, cuja festa hoje celebramos, não teria podido morrer corporalmente por Deus sem antes estar espiritualmente morta para os desejos da terra. Elevada aos píncaros da virtude, sua alma desprezou os tormentos e calcou aos pés as recompensas. Foi conduzida à presença de reis e de governadores rodeados de soldados, porém, permaneceu firme, mais resistente que os verdugos, superior mesmo a quem a julgava. E nós, adultos cheios de fraqueza, que vemos mocinhas caminharem para o Reino dos Céus por meio da espada, que diremos, face a tais exemplos, nós que nos deixamos dominar pela cólera, inflar de orgulho, perturbar pela ambição e enxovalhar pela luxúria?

São Gregório Magno (Papa).

Mensagem do dia (26/02/2020)

Esta é a melhor devoção e mais útil penitência, e mais agradável a Deus, que podeis fazer nesta quaresma. Tomar uma hora cada dia, em que só por só com Deus e conosco cuidemos na nossa morte e na nossa vida. E porque espero da vossa piedade e do vosso juízo que aceitareis este bom conselho, quero acabar deixando-vos quatro pontos de consideração para os quatro quartos desta hora. Primeiro: quanto tenho vivi­do? Segundo: como vivi? Terceiro: quanto posso viver? Quarto: como é bem que viva? Torno a dizer para que vos fique na memória: Quanto tenho vivido? Como vivi? Quan­to posso viver? Como é bem que viva? Memento homo!

Padre Antônio Vieira.

Mensagem do dia (01/02/2019)

Ninguém adentra os portões do céu por ser famoso, milionário ou forte. Na verdade, a sabedoria mundana é pura tolice. Em contraste com o sobrenatural, a futilidade do elogio humano torna-se evidente. Deveríamos sempre nos perguntar: O que é isso à luz da eternidade? Constataríamos, na verdade, que quase tudo são apenas pó e cinzas.

Alice Von Hildebrand.

Quadro do pintor norte-americano Luke Steadman, intitulado
“Soul Searching II”, site www.lukesteadman.com