Estudo norte-americano afirma que há relação entre ouvir música com letras de conteúdo sexual degradante e experiências sexuais precoces

Por Thaddeus M. Baklinski.

Pittsburgh, 25 de fevereiro de 2009 (LifeSiteNews.com) – Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh descobriram que adolescentes que ouvem música com letras de conteúdo sexual agressivo e explícito regularmente são duas vezes mais suscetíveis a se envolverem com atividades sexuais em comparação a adolescentes que evitam este tipo de música.

Escrevendo no American Journal of Preventive Medicine, o pesquisador-chefe Dr. Brian A. Primack afirmou: “o estudo demonstra que, nesta amostra de adolescentes, a maior exposição a músicas com conteúdo sexual de baixo nível na música popular foi associada a um comportamento sexual mais acentuado”.

“De fato, a exposição a letras descrevendo atividade sexual degradante foi uma das mais fortes associações percebidas com a atividade sexual. Estes resultados corroboram a necessidade de mais investigação e intervenção educativa neste assunto.”

O comunicado de imprensa do American Journal of Preventive Medicine anunciando os resultados do estudo assinala que a atividade sexual entre adolescentes nos Estados Unidos resulta em cerca de 750 mil adolescentes grávidas a cada ano. Com relatórios dando conta de que até 25 por cento de todas as meninas adolescentes norte-americanas têm infecções sexualmente transmissíveis, pesquisadores e oficiais de saúde pública buscam elementos que possam aumentar a atividade sexual em adolescentes.

O estudo foi baseado em levantamentos feitos com 711 estudantes do ensino médio em três grandes escolas, com um terço do grupo descrito como ouvintes regulares (mais de quatorze horas semanais de músicas com conteúdo sexual apelativo), um terço como ouvintes casuais (entre duas a treze horas) e um terço que ouvia essas músicas raramente ou nunca.

O estudo concluiu que, comparados àqueles que menos estiveram expostos a músicas de conteúdo sexual apelativo, os adolescentes com maior exposição a essas músicas estavam duas vezes mais propensos a praticarem relações sexuais.

Dr. Primack comentou que esses resultados reforçam estudos anteriores, que sugerem que a exposição do sexo na mídia pode ser um fator de risco para a precocidade da atividade sexual.

“Não estou dizendo que os pais devam tentar banir esse tipo de música; isso não iria ajudar”, Dr. Primack disse a um repórter da BBC. “Entretanto, acho que os pais deveriam ponderar sobre o assunto. É cômodo dizer que música seja apenas ‘coisa de adolescente’, mas os pais deveriam conversar com seus filhos sobre sexo, colocando esse tipo de música no contexto.”

O texto completo da pesquisa pode ser acessado através deste link.

Fonte: LifeSiteNews. Tradução e adaptação de Matheus Cajaíba. Para ler o texto em inglês, clique aqui.