Mensagem do dia (04/03/2024)

Se aspiras a tanta perfeição, deves fazer contínua violência a ti mesma, para combateres generosamente e aniquilar todas as tuas vontades, grandes e pequenas. Para isso é necessário que, com grande prontidão de ânimo, te aparelhes para esta batalha, pois só é coroado o soldado valoroso. Este combate é difícil, mais que nenhum outro, pois combatemos contra nós mesmos. Por maior, porém, que seja a batalha, mais gloriosa, e mais cara a Deus, será a vitória.

Padre Lorenzo Scupoli.

Mensagem do dia (20/11/2022)

Se queres um exemplo de desprezo pelas honras da Terra, segue Aquele que é Rei dos reis e Senhor dos senhores, no qual se encontram todos os tesouros de sabedoria e de ciência e que na cruz está despojado dos seus vestidos, escarnecido, cuspido, espancado, coroado de espinhos e dessedentado com fel e vinagre.

São Tomás de Aquino.

Mensagem do dia (27/06/2021)

O amor que Jesus sente pelos homens, por nós, leva-o à casa daquele chefe da sinagoga. Todos os gestos e palavras do Senhor expressam esse amor. Gostaria de deter-me particularmente naquelas palavras literalmente coletadas dos lábios de Jesus: “A menina não está morta, ela está dormindo.” Estas palavras profundamente reveladoras levam-me a pensar na presença misteriosa do Senhor da vida num mundo que parece sucumbir ao impulso doloroso do ódio, da violência e da injustiça, mas não. Este mundo, que é vosso, não está morto, mas adormecido. Em vossos corações, queridos jovens, está a batida forte da vida, do amor de Deus. O jovem não morre quando está perto do Mestre. Sim, quando está perto de Jesus: vós todos estais perto de Jesus. Ouvi todas as Suas palavras, todas as palavras, todas. Jovem, ama Jesus, busca Jesus. Encontra Jesus.

São João Paulo II (Papa).

Mensagem do dia (30/06/2014)

O mártir é a testemunha mais genuína da verdade da existência. Ele sabe que, no seu encontro com Jesus Cristo, alcançou a verdade a respeito da sua vida, e nada nem ninguém poderá jamais arrancar-lhe esta certeza. Nem o sofrimento, nem a morte violenta poderão fazê-lo retroceder da adesão à verdade que descobriu no encontro com Cristo.

São João Paulo II (Papa).

Protestar contra a exploração das mulheres tirando a roupa: tudo a ver

Dada a repercussão do artigo do professor Carlos Ramalhete sobre a infeliz “Marcha das Vadias”, publicado no jornal Gazeta do Povo e disponível aqui, resolvi dar minha contribuição ao tema.

Ninguém merece ser xingado ou agredido. Da mesma forma, um cara não “merece” ser furtado ao usar um rolex na Praça Sete, às cinco e meia, seis horas da tarde. Da mesma forma que não é CONVENIENTE um sujeito não usar um rolex a essa hora nesse lugar específico, também não é CONVENIENTE uma mulher usar determinadas roupas em determinados locais ou em determinadas horas. Da mesma forma que existe gente que acha certo bater em prostitutas (“ah, é só uma puta”), xingar mulher de minissaia ou que mulher “provoca” o estupro, existem pessoas que furtam e roubam, e não vêem nenhum problema nisso – às vezes, até arranjam ótimas justificativas para o ato: embolsou o troco errado a mais que o caixa do supermercado lhe passou? “Ah, todo mundo faz isso, é pouquinho esse dinheiro mesmo”.

Claro que o estupro e o abuso sexual são muito mais graves que o furto e o roubo. O que estou dizendo é que ambos são crimes, e protestos inúteis como o da “marcha das vadias” só têm como efeito criar a ilusão de que a “sociedade” é a culpada dos mesmos, quando “sociedade” é um ente abstrato, e não tem nada a ver com isso, porque quem comete um crime é um INDIVÍDUO, uma PESSOA, alguém que deve ser responsabilizado por seus atos. Se essa “marcha das vadias” tivesse realmente alguma intenção prática, deveria, ao invés dessa conversa fiada idiota e frívola, exigir sim da polícia proteção às mulheres – e digo mais: deveria exigir que as mulheres tivessem o direito de portarem armas, para enfiar um tiro na cabeça do bandido que viesse a tentar estuprá-las.

Mas o que essa marcha se propõe é: vamos conscientizar os coitadinhos dos estupradores. Acho que uma boa iniciativa da “marcha das vadias” deveria ser então a de distribuir bonecas infláveis para os ditos cujos. Iria funcionar beleza. Ao menos, na teoria, que é tudo o que esse pessoal sabe – recusam-se a ver a realidade como ela é, idealizando o sonho de um mundo perfeito e impossível, sem crimes, sem vícios, sem mazelas.

De novo: assim como não é conveniente alguém balançar o rolex na Praça Sete, às 5:30 da tarde, não é conveniente andar em determinados horários com determinadas roupas. Isso é fato. Se a sociedade realmente culpasse a vítima, como esses idiotas supõem (“a sociedade diz para você não ser estuprada”, diz um dos cartazes promovendo a tal marcha), eu queria entender, na minha cabecinha pequena, porquê os estupradores são tão bem recebidos na cadeia pelos outros presos.

E aí, novamente o papo: vamos convencer a sociedade que a mulher tem o direito de usar minissaia – mas isso, por tabela, vai convencer aos estupradores? Não. E daí??? Aonde essa marcha vai levar? Protesto contra qual mentalidade? Protesto para “conscientizar a sociedade”? Ora bolas, quem é a “sociedade”? Onde é que a tal “sociedade” diz isso, que mulher não deve se deixar ser estuprada? Dizem que eu faço parte dessa maldita sociedade; agora, se alguém disser que mulher que veste como vadia merece ser estuprada, a minha vontade é de socar o olho do sujeito.

Se o policial lá no Canadá foi infeliz ao utilizar determinado termo, ele poderia falar de outra forma: ajudaria as mulheres se vestirem de determinado jeito, em determinados locais, em determinados ambientes. Mas ajudaria que não saíssem sozinhas em determinado horário. Por que? Porque não temos condições de botar um policial em cada esquina, junto de cada poste de iluminação pública, pra garantir a segurança das moças. E me digam uma coisa: e se realmente “roupas ousadas” atraírem um estuprador, ou provocarem um estupro, um único que seja? A culpa vai ser da “sociedade” ou do monstro responsável pelo crime?

E a lei, se esses idiotas não sabem, prevê o direito à legítima defesa. Em países civilizados, o porte de arma existe, e a lei é utilizada para disciplinar o uso das armas de fogo para esse fim. Não estou falando de ir para a selva com fuzil; estou enfatizando a importância da legítima defesa. E isso não significa todo mundo “começar a se matar”, a não ser que você admita que o sistema de leis onde você vive no Brasil é simplesmente M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O, funciona, e esses 45 mil homicídios anuais são catástrofes naturais, acontecem espontaneamente (briga de trânsito, vizinho nervoso, etc). Legítima defesa significa: mulheres se defendendo dos marginais que as atacam, se necessário MATANDO-OS (tadinho do estuprador). Selva é justamente o contrário: você admitir que uma mulher não pode usar armas porque é muito feio, vai virar “selva”, ainda que uma arma possa significar a integridade física, ou até mesmo a vida dela. Se é negado a uma pessoa o direito fundamental à legítima defesa da própria vida, aí sim estamos na selva, sob o controle de um estado autoritário, que apenas finge se responsabilizar por nossa segurança. E se 45 mil homicídios anuais não forem sintoma claro e veemente da falência de nossa sociedade, eu não sei é mais nada.

Essa “marcha das vadias” é a mesma coisa que protestar contra o fato de o céu ser azul, ao invés de ser rosa ou verde-limão, é a mesma coisa que protestar contra um terremoto ou a força das ondas do mar. É coisa de gente que beira à psicose, ou à estupidez, de gente que possui a maturidade de uma criança revoltada de doze anos de idade. Histeria coletiva, sintoma de psicose. Apenas isso.

Mensagem do dia (03/09/2011)

Irmãos bem amados, reflitamos pois, também nós, em todo o mal que temos feito e choremos. Aprendamos da herança dos justos pela penitência. O Todo-Poderoso quer aceitar esta violência da nossa parte; Ele quer que, pelas nossas lágrimas, nos deleitemos no Reino que não nos era devido de acordo com os nossos méritos.

São Gregório Magno (Papa).

Toffoli, STF, família e aborto

Por Francesco Scavolini.

O PRESIDENTE Lula, há poucos dias, convidou o ex-advogado-geral da União José Antonio Dias Toffoli para ocupar uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal, a máxima instância do Poder Judiciário no Brasil. Sabatinado pelo Senado, Toffoli foi aprovado.

A escolha do presidente causou perplexidade em alguns setores da sociedade, tanto no meio jurídico quanto no meio político, principalmente por questões ligadas ao currículo “escolar” e “profissional” de Toffoli. Tais questões já foram exaustivamente discutidas. Assim, as considerações que seguem, e que desejo compartilhar com os leitores, têm o objetivo de suscitar uma reflexão a respeito dos fundamentais valores éticos e morais que, como alicerces, sustentam a sociedade em geral e, de maneira especial, as instituições que governam os cidadãos.

Tais valores são o respeito ao direito à vida de todo ser humano e a preservação e a promoção do catalisador vital da sociedade, que é a família. É justamente com relação a esses valores que a escolha de Toffoli deveria deixar a sociedade extremamente preocupada.

Numa recente entrevista (revista “Veja”, 6/5), o então advogado-geral da União defendeu a descriminalização do aborto e a união civil entre pessoas do mesmo sexo.

Estamos vivendo numa época em que a sociedade está muito preocupada com a violência que atormenta a convivência social e atinge especialmente as crianças e os adolescentes. Como poderemos resolver esse gravíssimo problema se formos institucionalizar comportamentos que aumentarão a violência e a fragmentação social?

Médicos e psiquiatras são quase unânimes ao afirmar que os traumas e as consequências do aborto são terríveis para a saúde da mulher, pois, afinal de contas, trata-se do assassinato de um ser humano inocente e indefeso.

Assim também educadores, psicólogos e sociólogos mostram, com dados concretos e estatísticas, que crianças, adolescentes e jovens que vivem com o pai e a mãe em uma família unida e estável têm muito menos chances de protagonizar ou de serem atingidos por episódios de violência, deixando mais segura a sociedade toda.

Critério básico de toda reta ordem jurídica deveria sempre ser a relação com a pessoa humana como depositária de uma dignidade inalienável, tanto em sua dimensão individual quanto em sua dimensão comunitária.

Torna-se, portanto, importante fazer todo esforço para que seja realizada uma efetiva tutela dos direitos humanos fundamentais, sem, contudo, construir ao redor deles teorias e comportamentos que acabam por privilegiar somente alguns aspectos desses direitos ou aqueles que correspondem a particulares interesses e sensibilidades de um determinado momento histórico (por exemplo, o “direito” da mulher – defendido por Toffoli – de interromper a gestação, matando um ser humano inocente e indefeso, ou, ainda, o “direito” de institucionalizar uma união antinatural, como a homossexual).

Dessa forma, ficaria esquecido aquele essencial princípio que é o da indivisibilidade dos direitos humanos, princípio que está fundamentado na unidade da pessoa humana e em sua intrínseca dignidade.

Sem dúvida, a unidade do direito e da ciência jurídica encontra seu fundamento numa justiça dinâmica, expressão não somente da estreita ordem legal, mas principalmente daquela razão natural (“recta ratio”) que deve governar os comportamentos dos cidadãos e das autoridades.

É isso o que afirma são Tomás de Aquino quando nos lembra que “omnis lex humanitus posita in tantum habet de ratione legis, inquantum a lege naturae derivatur” (“toda lei humana só possui valor de lei se provem da lei natural”, cf. “Suma Teológica”, I-II, q. 95, a2).

O relativismo ético que parece permear a hodierna sociedade consumista constitui um grave perigo também para o nosso querido Brasil.

Enquanto um recente “spot” publicitário do nosso governo federal enaltece alguns países estrangeiros (entre os quais a Holanda) pelo suposto alto nível educacional atingido, eis que a Justiça holandesa reconheceu recentemente o “direito” de participação democrática nas eleições daquele país ao partido dos pedófilos.

Que Nossa Senhora Aparecida nunca permita que nossa amada nação siga os passos perversos daqueles que querem destruir os grandes valores da terra de Santa Cruz.

Francesco Scavolini, doutor em jurisprudência pela Universidade de Urbino (Itália), é especialista em direito canônico.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo de 06/10/2009.

O sapateiro voltou! Pra levar mais chineladas!

Rapaz. Como tem gente que tem orgulho da própria falta de discernimento. O aprendiz de sapateiro voltou. Não satisfeito em apanhar feito menino mimadinho, fez beicinho, fingiu aquela superioridade típica dessa elite “intelequitual” brasileira e saiu batendo o pezinho. Ai, ai, ai.

É isso mesmo que eu esperava! Demonstrar toda a fúria religiosa estúpida a qual vocês podem chegar quando confrontados ou contestados. Para mim o teste está consumado, e minhas teorias comprovadas. É simplesmente mais um grupinho de alienados da religião que não suporta saber que no mundo existem pessoas que não concordam com as idéias de vocês. Já vi centenas de gangues assim espalhadas por aí.

Aqui, a única coisa que não se vê é religiosidade. Se vê apenas mediocridade, vaidade e desespero, em nome de tentar fazer valer uma opinião específica.

Creio que foi na bíblia que li que um cristão verdadeira nunca revida, só oferece a outra face. Claro que não esperava que isso fosse cumprido por vocês, cristãozinhos de meia tijela, afinal de contas, se tivessem ficado calados, eu não teria agora comprovada minha teoria. Graças a Deus que pelo contrário, o que este post me mostra, e que vai pro meu caderninho, é um ataque afetado e revoltado de histeria e vaidade. Claro que isso não me surpreende.

Portanto, dispensados, meninos! vocês já me serviram. Agora já podem voltar a se arrastar e se espojar aos pés de algum padre pedófilo ou algum pastor ladrão na esquina mais próxima!

Vejam o nível do vigarista intelectual. Vem cá, por que dessa vez você não esbanjou seus títulos universitários?

Demonstre qualquer confrontação ou contestação sua ao que escrevi, seu moleque. Você não tem argumento nenhum, o que você diz não passa de pitaco de botequim. Você veio aqui posar de expert em psicologia e demonstrei o quanto você foi imprudente e irresponsável ao fazer aquela afirmação gratuita sobre Freud e as suas teorias. E tanto calei sua boca mal-criada que você ficou revoltadinho, nem tocou mais no assunto.

Apanhou, tadinho! Ficou com o ego dolorido e veio aqui reclamar “ai, como você é grosseiro!!! Olha como você me maltratou!!! Buáááááááá!!!!!”

E então, vou pro seu caderninho? Você tem caderninho de quem te bate? Vai mostrar o caderninho pra mamãe?

Por acaso você tem idéia do que seja religiosidade?

Onde você está vendo desespero? Eu, desesperado, por causa de um excremento de barata como você?

Você primeiramente enviou um comentário usando como desculpa estar “pasmo” com minhas respostas para sujeitos bobos tais como você apenas para destilar seu veneno, seu preconceito contra os cristãos, os religiosos em geral, e você deixou isso bastante claro. Para você, “egocentrismo”, “grosseria”, “estupidez” e “falta de tolerância” é “marca registrada dos católicos, dos evangélicos e de todos os demais religiosos”. Você é preconceituoso e mal-intencionado! Como acha que devo tratá-lo? Só porque você é um almofadinha folgado, metido, arrogante, eu devo passar a mão na sua cabecinha? Vai pedir colinho pra mamãe, sua besta quadrada!

Você não veio aqui pra dialogar coisa nenhuma, você veio pra tentar desmerecer e humilhar os cristãos!

Você insultou os cristãos, os religiosos em geral, e ainda implora para ser respeitado! Ficou ofendidinho e saiu emburrado! Tá fingindo ser bom mocinho e tá indignado, jurando ter boa educação porque não fala nome feio, não xinga ninguém. Ora, você não tem vergonha de ser assim tão boçal? Você não tá vendo o papelão que está fazendo?

Deu vexame ao demonstrar seu preconceito explícito contra os cristãos, porque joguei na sua cara os fatos irrefutáveis de que foi a Igreja Católica quem inventou o que chamamos hoje de “assistência social”, minimizando o sofrimento de milhões e milhões de pessoas no mundo inteiro. O que tem a dizer sobre isso? Nada.

Deu vexame porque deve ter lido em alguma revistinha de salão de beleza que “as teorias de Freud já foram todas por água abaixo” e se meteu a besta de vir aqui arrotar conhecimento sobre um assunto pra lá de complicado, do qual você conseguiu demonstrar apenas sua incomensurável ignorância. Aprendeu alguma coisinha sobre psicanálise e as teorias freudianas pra vir discutir comigo? Nada.

E olha só, “grupinho de alienados da religião que não suporta saber que no mundo existem pessoas que não concordam com as idéias de vocês.” Você ensaiou isso diante do espelho? Você é um poço de incultura e, desmascarado, vem com essa justificativa esfarrapada?

O festival de bobagens não tem fim. “Creio que foi na bíblia que li que um cristão verdadeira nunca revida, só oferece a outra face. Claro que não esperava que isso fosse cumprido por vocês, cristãozinhos de meia tijela (sic), afinal de contas, se tivessem ficado calados, eu não teria agora comprovada minha teoria.”

Vejam: o cara veio aqui só pra insultar o cristianismo e a Igreja Católica. Se eu fico quietinho, se eu respondo educadinho, é porque respeito a ele, mas ele não precisa respeitar nem os cristãos nem a Igreja Católica. Eu tenho que respeitá-lo, mas ele não precisa respeitar a mim ou a ninguém. E com essa pose de bom mocinho ofendido quer simular indignação? Você não passa de um maricas!

Quer dizer, se eu agradá-lo, será que ele vai mudar de opinião sobre as pessoas religiosas? Hum, deixa eu pensar aqui… Será que vale a pena? Agora, se eu me defender e for agressivo, ele então “confirma sua teoria”. Ah…

Quem te falou que o que quer que saia da sua cabecinha vale alguma coisa? Você realmente acha que suas teorias têm alguma utilidade só porque fez especialização de antropologia nos USA?

E ainda despeja a sua monumental ignorância, incultura, falta de cabedal (hum…), ao dizer que o cristão não pode reagir às agressões de outrem! Segundo ele, está na doutrina cristã! Ele leu na Bíblia!

Você já ouviu falar no direito à legítima defesa, que é ensinado pelo Magistério da Igreja?

O Catecismo da Igreja Católica assim se pronuncia a esse respeito:

2263 A defesa legítima das pessoas e das sociedades não é uma excepção à proibição de matar o inocente que constitui o homicídio voluntário. “Do acto de defesa pode seguir-se um duplo efeito: um, a conservação da própria vida; outro, a morte do agressor”. “Nada impede que um acto possa ter dois efeitos, dos quais só um esteja na intenção, estando o outro para além da intenção”.

Traduzindo para energúmenos: se alguém me ataca com violência, tenho o direito de me defender com igual violência.

Preciso lembrar da passagem bíblica onde Jesus invade o templo e expulsa os vendilhões de forma nada pacífica? Em João 2, 13-16, está escrito:

Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Encontrou no templo os negociantes de bois, ovelhas e pombas, e mesas dos trocadores de moedas. Fez ele um chicote de cordas, expulsou todos do templo, como também as ovelhas e os bois, espalhou pelo chão o dinheiro dos trocadores e derrubou as mesas. Disse aos que vendiam as pombas: Tirai isto daqui e não façais da casa de meu Pai uma casa de negociantes.

Ó, mas como Jesus é violento! Que falta de caridade! Que modos mais feios!

Ele podia ter chegado mansamente, como desejaria o sr. Gabriel. Pedir com educação: gente não façam isso, vocês estão negociando aqui… Não é de bom tom… Olha, não me levem a mal, trata-se de uma crítica construtiva, sabem? Me perdoem, posso estar equivocado, mas aqui não é um lugar tão propício para essas suas práticas… Por favor, vejam bem, não é uma ofensa pessoal, porque não quero magoar os sentimentos de ninguém… Afinal, todos somos irmãos, amigos fraternos, o mundo é lindo, somos filhos do mesmo universo…

Pois é, mas Jesus chegou lá distribuindo bordoadas. Que coisa mais anticristã, não é mesmo sr. Gabriel? Que absurdo!

Agora, relato outro episódio da vida de Jesus, narrado em Lucas 11, 37-48ss. Ele foi convidado para jantar na casa de um fariseu. E vejam o que aprontou:

Enquanto Jesus falava, pediu-lhe um fariseu que fosse jantar em sua companhia. Ele entrou e pôs-se à mesa. Admirou-se o fariseu de que ele não se tivesse lavado antes de comer. Disse-lhe o Senhor: Vós, fariseus, limpais o que está por fora do vaso e do prato, mas o vosso interior está cheio de roubo e maldade! Insensatos! Quem fez o exterior não fez também o conteúdo? Dai antes em esmola o que possuís, e todas as coisas vos serão limpas. Ai de vós, fariseus, que pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de diversas ervas e desprezais a justiça e o amor de Deus. No entanto, era necessário praticar estas coisas, sem contudo deixar de fazer aquelas outras coisas. Ai de vós, fariseus, que gostais das primeiras cadeiras nas sinagogas e das saudações nas praças públicas! Ai de vós, que sois como os sepulcros que não aparecem, e sobre os quais os homens caminham sem o saber. Um dos doutores da lei lhe disse: Mestre, falando assim também a nós outros nos afrontas. Ele respondeu: Ai também de vós, doutores da lei, que carregais os homens com pesos que não podem levar, mas vós mesmos nem sequer com um dedo vosso tocais os fardos. Ai de vós, que edificais sepulcros para os profetas que vossos pais mataram. Vós servis assim de testemunhas das obras de vossos pais e as aprovais, porque em verdade eles os mataram, mas vós lhes edificais os sepulcros.

Mas que falta de educação! Que descortesia! Então chamam Jesus para um jantar e ele fala mal de todo mundo lá, do dono da casa e dos outros convidados… Que absurdo! Esse sujeito não tinha mesmo modos, devia ser um desclassificado!

O que o sr. Gabriel diria sobre tais atitudes? Será que a expulsão dos vendilhões do templo, para o historiadorzinho com especializaçãozinha em antropologia, seria “Uma demonstração pura e direta da falta de educação, do egocentrismo, da grosseria, da estupidez e da falta de tolerância que é marca registrada dos católicos, dos evangélicos e de todos os demais religiosos”?

Como o senhor classificaria essas atitudes de Nosso Senhor Jesus Cristo, sr. Gabriel?

O resto é aquele blá blá blá de universitariozinho boboca, inculto, palhaço, que se finge a última bolacha do pacote mas só tem pose. O pior é que é tão burro, mas tão burro, que volta aqui pra tentar salvar alguma coisa – mas o vexame só aumenta, é colossal. E termina sua fala assim: “dispensados, vocês já me serviram!” Ah, ó céus! Eu servi pra quê, pra te humilhar? Pra te dar uma surra? Já apanhou o bastante? Ah, não foi o suficiente e você veio aqui novamente para dar mais um tremendo vexame? Que você não tenha um pingo de inteligência, disso eu já sabia, mas nem mesmo um pinguinho de amor próprio?

Pensam que ficou só nisso? Não, ainda veio com mais comentários… Como se tivesse alguma relevância o que sai dessa cabecinha abençoada!

No post Perseguição aos cristãos: FIFA quer proibir manifestações religiosas no Mundial de 2010, vem com o papo de sempre de militante idiota anticristão: “vivemos em estados laicos no mundo ocidental!” Vejam só o cume da asneira: desde quando estado laico é estado antirreligioso? Então, o estado ser laico é impedimento para a expressão da fé de determinado grupo de pessoas? Você não sabe que os Estados Unidos são um estado laico que se instituíram tendo como base a doutrina cristã? Quase todos os Founding Fathers eram bastante religiosos – John Adams (sabe quem foi?) considerava como os fundamentos, os sustentáculos, de uma república livre a virtude, a moralidade e a religião. E os Estados Unidos são o exemplo inspirador de todas as democracias do mundo! O que é estado laico, então? É o estado não interferir na liberdade religiosa. Assim os Founding Fathers definiram o “estado laico”, e essa definição não tem a menor relação com o estado antirreligioso que você, que é mal-intencionado, picareta e ignorante, concebe. O estado deve garantir a liberdade de os indivíduos manifestarem sua religião; entretanto, ao reprimir a religião, proibindo sua manifestação pública, o que é seu desejo, o estado não está se comportando como laico, mas como antirreligioso e autoritário, impedindo a própria liberdade de expressão! O mané se diz historiador e não tem a menor idéia do que seja estado laico! Já existe separação entre religião e estado, ô sapateiro. Se não sabe, foi em grande parte por insistência da Igreja Católica – é só estudar história (coisa que você nem sabe o que é, apenas imagina, e imagina errado) e conhecer os esforços do grande Papa Gregório VII em livrar a Igreja do controle do imperador do Sacro Império, Henrique IV.

Atenção todos os seguidores de Jesus Cristo – é claro que o mané aí não tem a menor idéia do que esteja acontecendo no mundo -, nunca é demais repetir o aviso: há uma discreta, porém contundente, perseguição orquestrada contra os cristãos, tendo como desculpa esfarrapada slogans repetidos por patetas como esse daí. “O estado é laico, portanto vão rezar em casa”! É isso o que dizem como pretexto, mas o propósito é o de eliminar a influência do cristianismo na esfera pública, silenciando os cristãos, seja através do constrangimento, da difamação e mesmo da lei, quando isso for possível. Desde quando rezar em público é impor alguma coisa “no meio da sociedade”? Desde quando promover a prática religiosa é forçar alguém a seguir determinado culto?

Ora, ora, ora… Liberdade de expressão só para os ateus e os anticlericais? Para os religiosos, o silêncio? Que democracia é essa? A sua democracia?

E agora, segue o pior de tudo, o mais vexaminoso, o mais triste, o mais patético, o mais vergonhoso, o mais baixo… Leiam com seus próprios olhos o comentário que ele acrescentou pouco depois:

Ah, esqueci de comentar sobre a questão do cabedal. rsrssrsr! acho que “Jornada Cristã” confundiu cabedal com cabide. rsrsrrss. Que engraçado! Tem um dicionário chamado PRIBERAM. É só procurar no google. É fácil: vc entra no google assim:

Digita: http://www.google.com.br onde? na sua barra de enderaços do seu navegador (procure tmbm os diversos significados da palavra navegador quando conseguir entrar no priberam, ok!?).

Depois de acessar o Google, vc digita DICIONÁRIO no lugar onde a gente escreve os termos da pesquisa. é fácil de encontrar, é num lugar bem óbvio!

Tá, agora vc vai clicar em dicionario Priberam. Creio que vc não terá muito dificuldade em encontrar o link para o site por que ele é o primeiro que aparece. RSrrssr!

Depois de entrar (vc vai perceber que entrou quando vc olhar pra tela e ver o nome PRIBERAM na sua frente.) vc digita a palavra CABEDAL no espaço da pesquisa. Pronto, vc vai ver alguns signifidos aparecendo por lá. Nenhum, aliás, faz menção a alguma confusão que possa haver entre o termo e a palavra cabide, rsrsrsrssr!

E antes que vc faça alguma piadinha do tipo :Ah, foi de lá que vc tirou esta palavra? RSrsrssr! Já te digo que foi não, filhinho, não foi mesmo. RSrssrrs!

Boa sorte!

Vejam a situação catastrófica do ensino superior brasileiro, vejam o esgoto em que se transformaram os cursos de história no Brasil, de onde saem tantos cérebros de ratos e baratas, vejam o descalabro da situação dos nossos (de)formados em algum curso superior desses circos de horrores em que se transformaram as ciências humanas em nosso pobre país.

Em primeiríssimo lugar, inteligência não é sinônimo de “acúmulo de informações”, isso é óbvio. Uma pessoa inteligente é aquela que é capaz de aprender e perceber a realidade em sua complexidade. Isso significa um antecedente fundamental: uma pessoa honesta, que queira conhecer a verdade, que esteja interessada em descobrir coisas, precisa reconhecer a sua própria ignorância em várias e várias coisas. Para atingir uma maturidade intelectual e ser capaz de defender idéias, demora tempo e estudo. Para elaborar idéias próprias, demora mais tempo ainda. E sempre o pesquisador, o estudante, aquele que almeja o conhecimento, deve estar ciente de suas limitações, procurando opinar apenas naquele assunto que estudou e que pode contribuir para o esclarecimento geral.

Conhecer ou não conhecer o significado de determinada palavra não quer dizer inteligência ou burrice. Quer dizer, simplesmente, que você não é um dicionário ambulante ou o Rain Man – o autista personificado pelo ator Dustin Hoffman capaz de fazer contas matemáticas complicadíssimas ou decorar partes inteiras da lista telefônica.

Ou seja: somos todos limitados, não existem pessoas perfeitas, que não cometam erros, que saibam tudo, etc. Isso deveria ser uma coisa óbvia. Mas, hoje em dia, parece que os indivíduos estão ficando cada vez mais lelés da cuca, então é melhor explicar direitinho, devagarzinho… E mesmo assim ainda vai ter gente sem entender.

Ok, vamos lá. Tarefa hercúlea… Liguem o botão “ironia”, por favor.

acho que “Jornada Cristã” confundiu cabedal com cabide. rsrsrrss. Que engraçado!

Você tem todo o direito de achar que confundi “cabedal” com “cabide”. É claro, as palavras são semelhantes. Não poderia eu ter cometido um lapso? Poderia. Acontece, não é mesmo? Todo mundo erra. E tem todo o direito de achar engraçado também, não é?

Mas vejam a gentileza do sr. Gabriel Heinrich. Ele se propõe a me ensinar a mexer no Google! Ah, sr. Gabriel! E eu pensando mal do senhor! O sr. tão cavelheiro, elegante, vai ajudar a alguém estúpido e grosseiro (tal como o sr. próprio diz) como eu? E desinteressadamente? Ah! Que gesto magnânimo! Estou até emocionado. Acho que vou chorar. Muito obrigado, sr. Gabriel! Sei que o sr., honesto como é, está me ensinando para o meu próprio bem, para que eu cresça intelectualmente, afinal de contas o que é uma pessoa hoje em dia se ela não souber mexer no Google, não é mesmo? Ora, que perigo, ela pode se tornar um cristão fundamentalista como eu! Alguém ignorante, envolto em trevas! Oh! Mas eis que surge o sr. Gabriel para me libertar! Não tenho nem palavras.

Bem, sr. Gabriel, vou então repetir os passos que o sr. está aqui me indicando. Vou já entrar no Google. Certamente, este site vai mudar a minha vida. Mal posso esperar… Pronto, entrei, já estou no Google. E agora, o que faço? Hum, vou ao dicionário indicado… Uai, não tinha ainda ouvido falar desse dicionário, “Priberam”. O sr. é monumental, sr. Gabriel. Veja, o sr. já me ensinou a usar o Google e agora estou conhecendo um novo dicionário, para ampliar meus conhecimentos. Que bacana, não é mesmo?

Priberam… Vamos lá… Ah, claro sr. Gabriel, vou procurar saber também qual o significado da palavra “navegador”! Certamente, tal termo neste contexto não se refere à profissão exercida pelo ilustre Pedro Álvares Cabral, não é mesmo? Tá vendo sr. Gabriel, não faltei à escola no dia dessa lição, hein! Re, re, re…

Ei sr. Gabriel, o que acontece se ao invés de eu digitar “DICIONÁRIO” neste referido espaço (tem um botão aqui ao lado, “pesquisar”, deve ser aqui, né?), eu digitar “PRIBERAM”, o nome do dicionário que o sr. já me indicou? Vou experimentar, o sr. me perdõe, não estou fazendo do jeitinho que você ensinou… Nossa, como o Google é fantástico! Encontrei! Priberam: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Que chique. Esse sr. Gabriel é demais! E agora, o que faço? Bem, vamos perguntar ao sr. Gabriel. Olha sr. Gabriel, o sr. realmente merece meus parabéns. Que didático! Perfeita sua explicação. Muito bom, dá pra ver que o sr. realmente aprendeu direitinho a usar o Google. O sr. deve ser um desses adolescentes bastante criativos, que ficam o dia inteiro na internet, não é verdade?

E vamos agora finalmente conferir o que diz o verbete cabedal no dicionário Priberam:

cabedal
s. m.
1. Nome genérico das peles empregadas no calçado e arreios. Dinheiro (ou bens representativos dele).
2. O saber (considerado como riqueza).
3. Recurso.
4. Poder.
5. Estimação.

Hum. Esses são os significados da palavra “cabedal”. E o sr. Gabriel tem toda a razão: nenhum faz menção a qualquer coisa que possa referir-se à palavra “cabide”.

Mas… De onde o sr. Gabriel tirou a impressão de que eu tivesse confundido “cabedal” com “cabide”?

Porque está claro no meu texto. Por favor, releiam. Usei a palavra cabedal no sentido de “Nome genérico das peles empregadas no calçado e arreios.”

Vamos lá, explicando a piada para os idiotas. O sr. Gabriel terminou seu primeiro comentário escrevendo o que se segue:

Mas se por outro lado alguém quiser entrar num imbróglio comigo, o que seria bem típico de gente como vocês, peço por gentileza que venha com cabedal. Pois eu detesto gente ignorante, não falo a toa, e tenho preparo pra isso.

O sr. Gabriel Heinrich, historiador formado pela Unifor/CE com especialização em antropologia na Columbus university, EUA, 2006, prestador de serviços de consultoria para empresas privadas no setor de recursos humanos e pesquisa social, julga-se um sujeito de elevada cultura (vejam como eu sofro, hein!), portanto pediu “por gentileza” que o sujeito que fosse discutir com ele lhe apresentasse cabedal.

Qual o sentido da palavra cabedal no contexto do que foi dito pelo sr. Gabriel? Obviamente “saber”, “vasta cultura”.

Tendo como objetivo ridicularizar tamanha arrogância, eu devolvi, em tom de sátira:

Ah, você tá precisando consertar sapato, bolsa, casaco, por isso tá pedindo cabedal? Olha, pelo conteúdo de sua argumentação, é melhor mesmo você mudar de ramo de atividade. Consertar sapatos é algo que tem muito mais a ver com o nível intelectual que você demonstrou aqui (com todo o respeito aos sapateiros, é claro). (…)

Atenção vendedores de cabedais, entrem em contato com o digníssimo sr. Gabriel e preparem um estoque reforçado para atendê-lo; como podem ver, ele está precisando urgentemente de boa quantidade de cabedal.

Usei a palavra em outro sentido: “peles curtidas usadas em calçados e vestimentas”. Obviamente, trata-se de uma ironia, um deboche. O que o sr. Gabriel precisava, segundo meu julgamento, é de boa quantidade de “couro curtido” (cabedal) para mudar de profissão, porque “vasta cultura”, “saber” (cabedal) é coisa que ele não tem – quanto a isso, não há muito o que discutir, estamos comprovando neste exato instante.

Agora, por gentileza, alguém me explica: como uma pessoa que se diz alfabetizada pode confundir “couro curtido para sapatos” com… “cabide”?

O que é um cabide? Vamos usar o mesmo dicionário Priberam, tão apreciado pelo missivista:

cabide
s. m.
Móvel para pendurar chapéus, roupa, arreios, etc.

Aprendi com o sr. Gabriel a usar o Google (claro, claro…) e trago algumas coisinhas a vocês sobre cabedais – especialmente para pessoas que não tenham cabedal:

O que é o cabedal?

O cabedal é um material que resulta da curtimenta da pele de mamíferos, répteis, aves ou peixes. O processo de curtimenta envolve operações diversas cujo principal objectivo é transformar a pele, um material facilmente putrescível, em algo resistente e com aplicação em diversas áreas da actividade humana.

Veja mais aqui.

Existe cabide feito de couro? Que eu saiba, cabide é feito de madeira, de plástico, de acrílico…

Qual então seria a relação entre as palavras “cabide” e “cabedal”, além da grafia ser próxima? No cabide, você pode colocar casacos feitos de… cabedal. Será isso?

De onde esse sujeito tirou que eu confundi as duas palavras?

Vamos refletir: o cara tem pós-graduação lá na casa do caixa prego, se gaba de possuir “cabedal”, anuncia aos quatro ventos “detesto gente ignorante, não falo a toa, e tenho preparo”… Mas não sabe interpretar um texto! Não concebe que uma mesma palavra pode ter diferentes significados! Pior ainda: não consegue relacionar os diferentes significados que uma mesma palavra possa ter, mesmo que estejam escritos em sua frente!!! Está lá, no dicionário online que ele consultou, “cabedal s. m., 1. Nome genérico das peles empregadas no calçado e arreios”, e ele mesmo não percebeu! O sujeitinho não sabe nem usar um dicionário e vem aqui botar banca de que fez especialização nos Estados Unidos!

Se eu chamar esse tipinho aí de jumento, corro o risco de ser processado por injúria… pela Sociedade Protetora dos Animais, porque os jumentos ficarão indignados! Mas para tudo há uma explicação. Teria o sr. Gabriel confundido o exemplar do Aurélio lá da casa dele com alfafa, e o teria devorado, perdendo assim a intimidade com o uso do pai dos burros?

O senhor tem preparo, sr. Gabriel? Que preparo? O que o senhor chama de “preparo”? A sua graduação ou a sua pós-graduação? Onde é que o sr. cismou que tem preparo para alguma coisa, sr. Gabriel? O sr. não tem capacidade pra ensinar crianças do pré-primário a desenharem uma casinha e se mete a vir discutir comigo? Apanha uma vez e agora apanha de novo! O senhor não tem senso do ridículo?

Gabriel Heinrich, eu só tenho a lhe agradecer pelo fato de você ser anticatólico. Sabe por quê? Porque você é burro demais. Você tem é que ser ateu ou atoa mesmo, ficar aí praguejando contra a Igreja Católica, contra o cristianismo, os religiosos, todos eles (como você generaliza), porque isso é pra gente do seu nível “intelequitual” que faz questão de sair por aí em público mostrando a nudez de sua própria moral, sua vaidade e incultura, o baixo nível do caráter que possuem. Pelo menos, eu tenho que dar a mão à palmatória, você não tem medo de mostrar toda a sua estupidez, apenas sua empáfia consegue superar sua burrice. Por um lado, é um prazer ler comentários como os seus, que atestam muito bem a impostura dos detratores do cristianismo em geral, e da Igreja Católica em particular. Antigamente, alguns inimigos da Igreja eram bem mais capazes, cultos, sagazes. Hoje, tudo o que apresentam se resume a essa frivolidade estúpida que você bem demonstra.

Eu só me arrependo de ter lhe comparado a um sapateiro, porque isso é uma desonra, um ultraje a tantos trabalhadores desse país! Quero aqui de público pedir meu sincero perdão a todos os sapateiros por ter comparado uma barata intelectual como você a eles, você não tem inteligência suficiente para amarrar um cadarço, quanto mais fazer ou consertar um sapato!

No mais, acho que o cursinho que você fez lá nos USA não valeu para muita coisa não. Quem sabe, pra impressionar garotinhas ingênuas. Tô até imaginando você na balada: “Aê gata, sabia que eu fiz pós graduação em antropologia na Columbus university?” Isso aí, faça valer seu investimento. Só um conselho, eu sei, deve ser difícil, mas contenha-se: cuidado para não zurrar, senão a moça se assusta.

Perseguição aos cristãos: atentado contra Igreja na Espanha quase causa tragédia

No teto da nova Igreja de Santa Genoveva, na cidade espanhola de Majadahonda, situada na área metropolitana da capital Madri, no domingo próximo passado, desconhecidos colocaram sete artefatos incendiários, que não causaram uma tragédia por terem sido percebidos a tempo pelo pároco.

Um forte odor de gasolina percebido pelo padre David Benítez Alonso após a celebração da missa das 11:30 da manhã evitou uma tragédia. Abaixo, parte de seu relato:

Graças a Deus, nada aconteceu. Mas o fato é que foram colocados na Igreja sete artefatos incendiários de fabricação caseira com o propósito de queimar o templo, ou parte dele, pelo menos. O Senhor, a Virgem e Santa Genoveva não o consentiram, mas o fato é que esses artefatos estavam ali. É triste ver e perceber tal fato em nossos dias.

Na missa seguinte, às 13 horas, celebrou-se uma missa “emocionante”, segundo o relato do pároco, “pedindo também a todos os que não nos querem bem quando tivemos que deixar a casa do Senhor por motivos de segurança”. E acrescentou:

Quero dar graças a todos pelo apoio, aqui é onde uma pessoa comprova que a Igreja de Santa Genoveva é de todos e somos todos. E quero encorajá-los a continuarem fazendo parte da mesma, sem nenhum tipo de medo. Que ninguém se sinta intimidado, porque o triunfo deve ser de Cristo e não dos violentos. Nunca em Majadahonda havia acontecido isso, alguma coisa boa estamos fazendo quando outras pessoas não sabem expressar seu mal-estar a não ser intimidando.

Trata-se de uma aventura mais a contar, porque graças a Deus e a Santa Genoveva nada aconteceu, não poderia acontecer e não vai acontecer com essa proteção. Embora o mal não descanse, nós seguimos adiante, fiéis a Jesus Cristo. Ladram, visto que cavalgamos.

Fonte: HazteOir.org. Tradução e adaptação de Matheus Cajaíba. Para ler o texto completo em espanhol, clique aqui.

Notícias que não saem no jornal: situação crítica dos cristãos no Paquistão

As famílias cristãs de Karachi “fechadas em casa” pelo terror dos talibãs; pena de morte para quem blasfema

Karachi (Agência Fides) – Temendo a escalada da violência talibã, constatada a fraqueza do governo, da polícia e das instituições civis, as famílias cristãs da cidade de Karachi, agredidas na semana passada pelos grupos talibãs armados, estão aterrorizadas e fechadas em suas casas. É o que comunica à Agência Fides, Pe. Mario Rodriguez, Diretor das Pontificas Obras Missionárias (POM) no Paquistão, expressando preocupação e alarme pela expansão da violência dos grupos militares islâmicos no país, não somente na província da Fronteira do noroeste, mas também nas principais cidades paquistanesas.

Pe. Rodriguez afirma: “os talibãs giram ameaçando nos bairros os cristãos da cidade aterrorizando as mulheres e convidando as pessoas a se converterem ao Islã. Acontecem episódios de violência, perseguições e maus-tratos improvisos. São militares armados com arma de fogo e kalashnikov. Estamos chocados por esta situação e por esta onda de violência insensata, que as autoridades não deveriam permitir: a polícia tem o dever de defender todos os cidadãos das agressões”.

O Diretor das POM pede atenção e apoio a todos os cristãos do mundo e convida a rezar porque as minorias cristãs no Paquistão estão passando por um dos momentos mais obscuros e difíceis da sua história.

“Esperamos a ajuda do Senhor e pedimos ao governo que recupere o controle da situação, em todo o país. Enquanto isso, as famílias cristãs estão aterrorizadas e não saem das suas casas. São obrigadas a se isolar”.

A Igreja vive esta situação buscando envolver a sociedade civil (inclusive grupos muçulmanos moderados) no combate ao extremismo religioso.

Dom Lawrence Saldanha, Arcebispos de Lahore e presidente da Conferência Episcopal do Paquistão, nas últimas semanas enviou uma carta a todos os líderes políticos e institucionais do Paquistão, assinalando a situação de terror e violência à qual são submetidas as minorias religiosas, sob a pressão dos grupos integralistas islâmicos, falando da presença de uma “máquina homicida de terror em nome da religião”. Hoje, o Arcebispo assinala: “Existe o temor fundamentado de que os episódios de violência ocorridos em Karachi possam se repetir em outras partes do país. Os cristãos já sofrem injustiças e violências por causa da iníqua lei sobre a blasfêmia, aplicada contra eles. Agora é a sua própria sobrevivência que está em perigo”. O Arcebispo se pergunta preocupado: “O governo estará apto a salvar os cristãos? O governo e o exército saberão salvar o estado democrático do Paquistão?”

Enquanto isso, outra péssima notícia para as minorias religiosas veio do sistema jurídico nacional: pelo crime de “blasfêmia” (profanar o nome do Profeta Maomé) previsto no art. 295.C do Código Penal do Paquistão, agora está prevista a pena de morte, e foi cancelada a opção da prisão. A Corte Suprema, com efeito, numa recente sentença, tornou a pena de morte obrigatória. A Igreja há tempos denuncia o abuso da lei sobre a blasfêmia e a sua aplicação para penalizar ou eliminar cidadãos de fé não- islâmica. (PA)

Fonte: Agência Fides.

Ah, esses libertários…

Você também está passando da hora de levar uma coça bem dada, seu desocupado. Aí quero ver seu lado cristão a oferecer a outra face!

Não é lindo?

Agradeço o comentário. Dá pra ilustrar muito bem a diferença entre os dois lados: um quer demonstrar, debater, chamar à razão. Estou deste lado. O outro, quer resolver as coisas na base da porrada. Você está nele.

A violência gratuita é a arma das pessoas que não têm o quê argumentar. Tenho medo sim, de encontrar com você na rua. Não, não é receio de apanhar de você: os ferimentos que realmente doem são os da alma. Tenho medo é que, se burrice realmente for uma moléstia contagiosa, o mero contato com você possa me deixar tão estúpido quanto você é. Para mim, isso seria pior que a morte.

O abortista

Por Percival Puggina.

Quando tomei conhecimento do ocorrido em Sapucaia do Sul, fiquei pensando sobre qual seria a reação do meu amigo abortista ao saber daquilo. O sujeito defende o aborto em quaisquer circunstâncias. É militante pela copa franca, ou seja, para ele, não engravidar, engravidar e abortar “são direitos da mulher e deveres do Estado”. Seu ídolo é o ministro Ayres Britto, do STF, segundo quem, um ser gerado por pai e mãe pertencentes à espécie humana só vira gente depois de chorar na sala de parto. Para meu amigo e para seu ministro preferido, o veterinário que trata de um bezerro no útero da vaca está tratando de um bezerro, mas o médico que “interrompe uma gravidez” está eliminando uma coisa.

Pois não é que por uma dessas tramas do destino, horas após, dou de cara com meu amigo abortista? Encontramo-nos à saída do estacionamento. Enquanto subíamos juntos pela Rua General Câmara, fui contando a ele que uma mocinha de seus vinte anos dera entrada no hospital de São Leopoldo, com sangramentos. Os médicos, tendo percebido que se tratava de um aborto, notificaram a autoridade policial. Estranhamente, até aquele momento, os pais da moça, que a acompanharam ao hospital, sequer sabiam que ela havia estado grávida, embora o feto, digo, o bebê, pesando pouco menos de um quilo e meio andasse, por volta da 30ª semana.

Tudo isso eu ia contando para meu amigo abortista enquanto subíamos a forte ladeira. Ele revelava pouco interesse. Espichava os olhos para as vitrinas das livrarias e fazia observações sobre o azul do céu porto-alegrense em tempos de estiagem. Mas eu tinha munição pesada no arsenal da narrativa para atrair sua atenção. “Imagina – prossegui – que os pais da guria, ao retornarem para o apartamento, encontraram o feto, digo o bebê, ainda com sinais de vida, todo ensanguentado, dentro de uma sacola plástica”. Meu amigo abortista emitiu um “hummm” que se perdeu nos ruídos dos automóveis na Rua Riachuelo.

“Esse sujeito tem mãe, pensei comigo. Tem mãe e tem um coração no peito porque se não tivesse não conseguiria subir esta lomba. Como pode reagir com um simples hummm ao que estou lhe contando?”. E tratei de cavar no fundo da tragédia o que nela havia de mais revoltante. “O feto, digo, o bebê, foi levado para o hospital. Respirava com grande dificuldade e tivera as duas pernas quebradas durante a extração”. Ninguém resiste, pensei, à imagem das pernas quebradas de um feto, digo, de um bebê com um quilo e pouco. Meu amigo abortista, no entanto, parecia mais interessado nas pernas de uma estudante do colégio Paula Soares, que descia as escadarias da praça sobraçando um conjunto de pesados cadernos. “E daí?”, perguntou com displicência.

Contei até dez, e no onze acrescentei que o jovem par fora autuado em flagrante por tentativa de homicídio, que o pai estava recolhido à Penitenciária Estadual do Jacuí e a mãe ao presídio feminino Madre Pelletier. Nesse momento, meu amigo abortista se ligou no assunto. “Estão presos, é? Que absurdo! Vê só o resultado dessas idéias de vocês! Tivessem feito esse mesmo aborto direitinho, num hospital, com assistência médica, nada disso teria ocorrido”.

Mandei meu amigo abortista para um lugar bem feio e fui adiante, pensando que por essa mesma moral o sujeito pode assaltar uma joalheria, desde que o faça com luvas de pelica. De fato, os defensores do aborto não dão valor à morte dos fetos porque não dão valor à vida. Dos outros.

Fonte: Percival Puggina: a política como ela deve ser.

Aborto não é «saúde reprodutiva», afirma Papa

Faz-se porta-voz do sofrimento das famílias com a pobreza

LUANDA, sexta-feira, 20 de março de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI afirmou nesta sexta-feira na capital angolana que o aborto constitui a eliminação de uma pessoa, motivo pelo qual não pode ser disfarçado de instrumento de «saúde reprodutiva».

O Papa colocou-se ao lado das famílias africanas que sofrem dificuldades com a pobreza, no discurso que pronunciou no Palácio Presidencial, residência do presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, em presença das autoridades políticas, civis e do corpo diplomático em Luanda.

O Santo Padre denunciou que «também aqui se abatem numerosas pressões sobre as famílias: ânsia e humilhação causadas pela pobreza, desemprego, doença, exílio… para mencionar apenas algumas».

«Particularmente inquietante é o jugo opressivo da discriminação sobre mulheres e jovens meninas, para não falar daquela prática inqualificável que é a violência e exploração sexual que lhes causa tantas humilhações e traumas.»

O bispo de Roma confessou que há «uma nova área de grave preocupação: as políticas de quantos, com a miragem de fazer avançar o «edifício social», estão ameaçando os seus próprios alicerces».

«Que amarga é a ironia daqueles que promovem o aborto como um dos cuidados de saúde «materna»! Como é desconcertante a tese de quantos defendem a supressão da vida como uma questão de saúde reprodutiva», afirmou, citando o Protocolo de Maputo, (art. 14).

Por sua parte, assegurou, a Igreja se encontrará «sempre – por vontade do seu Fundador divino – ao lado dos mais pobres deste continente».

«Posso assegurar-vos que ela, através de iniciativas diocesanas e inumeráveis obras educativas, sanitárias e sociais das diversas ordens religiosas, continuará a fazer tudo o possível para apoiar as famílias, nomeadamente feridas pelos trágicos efeitos da AIDS, e promover a igual dignidade de homens e mulheres na base de uma harmoniosa complementaridade», disse.

Fonte: Zenit.

As portas do inferno não prevalecerão

Por Pe. Georges Chevrot.

Desesperando de poder corromper as almas cristãs, as potências do inferno recorreram e recorrem ainda a um supremo recurso: a perseguição exterior. Cristo não deixou de prevenir os Apóstolos a esse respeito: Sereis perseguidos e arrastados aos tribunais, açoitar-vos-ão e dar-vos-ão a morte. Em todos os povos encontrareis homens que vos odiarão por causa do seu nome, mas confiai: eu venci o mundo (Mt 10, 17-22; Jo 16, 33).

Esta predição converteu-se numa realidade. Logo após o seu nascimento em Jerusalém, a Igreja foi perseguida pelos judeus. Depois, durante dois séculos e meio, o poder imperial de Roma serviu-se contra ela de todos os meios coercitivos possíveis: o confisco, o exílio, os trabalhos forçados e a pena capital precedida de suplícios. A este propósito, foi possível dizer que “depois de admirar que se tivessem encontrado juízes capazes de pronunciar contra os cristãos penas tão espantosas, não surpreende menos que as vítimas tivessem sido capazes de suportá-las”. No entanto, longe de impedir a propagação da Igreja, a perseguição homicida acelerou o seu ritmo: “Nós nos multiplicamos – escrevia Tertuliano – à medida que nos ceifais: o sangue dos mártires é semente de cristãos”.

A perseguição abate-se permanentemente sobre a Igreja, ora num país ora no noutro. As crueldades dos pagãos de outrora têm sido ultrapassadas no presente pelos verdugos comunistas. No entanto, a violência não consegue levar de vencida a Igreja.

As potências do inferno sabem mudar de tática. Um dos seus representantes proclamava-o recentemente no Parlamento: “A franco-maçonaria é eterna!” O que quer dizer: as forças do mal nunca capitularão. Cristo tinha-o dito antes desse deputado. Os poderes adversos forjarão contra a Igreja leis que, em alguns casos, dificultarão a sua atividade e, em outros, a impedirão por completo.

Com maior perversidade ainda, procurarão afastar da influência cristã os espíritos e os corações das massas populares mediante uma pressão metódica sobre a escola e sobre a imprensa. Nenhum meio lhes parecerá ignóbil na sua campanha de descristianização: nem o incentivo à imoralidade, nem o apelo às baixas paixões da inveja e do ódio, por mais trágicas que sejam as conseqüências das suas campanhas. Não recuarão perante a destruição da família, a corrupção da mulher, as convulsões sociais ou a própria guerra se, por esse preço, obtiverem a ruína da Igreja. E, para acumulo de hipocrisia, as seitas anticristãs ocultarão as suas manobras por trás de uma fachada filosofia, pseudo-científica ou beneficente.

Nesta guerra sem quartel de que as almas são presa, a Igreja combate corajosamente, sem olhar a sacrifícios para defender os seus filhos da mentira e do erro. De um ponto de vista humano, combate com armas desiguais, porque o ouro, os favores, os meios de comunicação e as ameaças não se encontram do seu lado. Humanamente, deveria ser vencida. Há séculos que os corifeus do anticristianismo assinaram a sua sentença de morte.

Já em tempos de Santo Agostinho os inimigos da Igreja declaravam: “A Igreja vai morrer, e os cristãos tiveram a sua época”. Ao que o bispo de Hipona respondia: “No entanto, são eles que morrem todos os dias e a Igreja continua de pé, anunciando o poder de Deus às gerações que se sucedem”. “Vinte anos mais – dizia Voltaire -, e a Igreja católica terá acabado…” Vinte anos depois, Voltaire morria e a Igreja católica continuava a viver. “A Igreja – escrevia Jules Janin – estava gravemente doente antes de 1830, mas a revolução de Julho matou-a de vez!” Renan Julgou que a amortalhava coberta de flores. Orpheus devia dar-lhe o tiro de graça… Assim, desde Celso, no século III, não houve uma única geração em que os coveiros não se preparassem para sepultar a Igreja; e a Igreja vive. Montalembert dizia-o magnificamente, em 1845, na Câmara dos Pares: “Apesar de todos os que a caluniam, subjugam ou atraiçoam, a Igreja católica tem há dezoito séculos uma vitória e uma vingança asseguradas: a sua vingança é orar por eles; a sua vitória, sobreviver-lhes”.

Cristo não nos enganou: as portas do inferno não prevalecerão contra a sua Igreja. Perpetuamente atacada, cercada de dificuldades e atraiçoada, prossegue com serenidade e confiança a missão que lhe foi marcada pelo seu fundador. A sua existência consiste, segundo a feliz expressão de Faber, numa “contínua derrota vitoriosa”. É humana e fraca a nossa Igreja, e sempre se encontra na véspera ou na antevéspera de um fracasso; mas não é divino que consiga sair sempre vitoriosa de todas essas derrotas?

“Há um certo prazer – dizia Pascal – em nos encontrarmos num barco açoitado por uma tormenta, quando temos a certeza de que não pereceremos. As perseguições que se abatem sobre a Igreja são desta natureza”.

Não podemos duvidar nunca da nossa Igreja. A sua história é um contínuo milagre, sobre o qual podemos apoiar a nossa fé. Mas se acreditamos que o Filho de Deus vive na sua Igreja, se estamos persuadidos de que a Igreja é o Corpo de Cristo, de que ela é Cristo e somos nós, não adormeceremos no sentimento da nossa segurança. JesusCristo pede-nos a ajuda do nosso esforço pessoal, a fim de contribuirmos para o triunfo de sua Igreja sobre os poderes do mal.

Cabe-nos reduzir as doenças que ela sofre com as nossas faltas humanas e suprimir as manchas que ocultam ao mundo o brilho do seu caráter divino.

Os nossos antepassados não diziam, secamente, como nós: “a Igreja”; com maior beleza, diziam sempre: “a Santa Igreja”. A ela devemos os desejos e os rebentos de santidade que, apesar de tudo, podemos reconhecer em nós. Por isso, cada um de nós deve esforçar-se por tornar a nossa Igreja cada vez mais santa.

Fonte: fragmento do livro “Simão Pedro”, de autoria de Georges
Chevrot. (CHEVROT, Georges. Simão Pedro. São Paulo: Quadrante, 1990.
p. 70-73).

Notícias que não saem no jornal: situação trágica dos cristãos na Índia

ÁSIA/ÍNDIA – Relatório sobre 2008: “ano negro” para as minorias cristãs na Índia

Nova Déli (Agência Fides) – O ano de 2008 foi “um ano horrível” para as condições das minorias cristãs na Índia, submetidas a violências intensas e ataques sem precedentes: é o que afirma o Relatório anual de 2008 da All India Christian Council (AICC), organismo que reúne representantes das diversas confissões cristãs na Índia e que tem a missão específica de proteger, defender e servir os cidadãos indianos de religião cristã.

O relatório conta que foram 106 os ataques isolados contra pessoas ou instalações cristãs em 2008, que atingiram 16 estados da União Indiana, com uma média de 9 atos de violência a cada mês. Mas esse número – observa-se – não inclui a gravíssima onda de violência anticristã registrada em Orissa, que é uma “página negra” para a sociedade indiana e para os seus valores de democracia, liberdade, pluralismo, respeito aos direitos individuais.

Essa onda – não foi de episódios isolados, mas apresentou-se como una campanha de violência indiscriminada, constante e contínua contra pessoas, igrejas, casas, propriedades da comunidade cristã no distrito de Kandhamal, em Orissa – não foi inserida no Relatório junto com os 106 episódios de violência: a ela foi dedicado um capítulo a parte, contando que essa onda aconteceu em duas fases. Trata-se de um verdadeiro “recorde negativo” na história da Índia: a primeira fase é no final de 2007-início de 2008 quando, nos dias logo após o Natal e nos primeiros dias de janeiro, grupos de extremistas hindus voltaram-se contra a comunidade cristã, destruindo 105 igrejas, matando 9 cristãos, assaltando e estuprando as mulheres, queimando mais de 730 casas e danificando 40 estabelecimentos comerciais. O Relatório define esses ataques bem organizados como uma espécie de “limpeza étnica” que visava expulsar todos os cristãos do distrito.

A segunda fase da violência, bem mais grave do que a primeira, é a que ocorreu no distrito de Kandhamal e em outros 13 distritos do estado de Orissa a partir de 23 de agosto de 2008 e nas semanas seguintes. Foi definida no relatório como “fruto de um terrorismo com a marca hindu”, expressão compartilhada também por instituições e organizações da sociedade civil indiana. O trágico balanço da segunda onda – observa o AICC – foi de 120 mortos (entre os quais um sacerdote católico) e milhares de feridos, 4.640 casas destruídas, 315 vilarejos em que a presença cristã foi completamente eliminada, 250 entre igrejas e locais de oração destruídos ou danificados, 13 escolas cristãs saqueadas, mais de 54 mil deslocados internos.

Os fatos ocorridos em 2008 levam a afirmar com certeza que o ano passado foi o pior dos últimos trinta anos devido à pressão a que foram submetidas as minorias religiosas. A violência anticristã alcançou, pelo vulto e proporção, aquela que teve como alvo as comunidades muçulmanas em Gujarat em 2002.

O AICC recorda também as suas batalhas pela defesa legal dos direitos dos cidadãos indianos de religião cristã, aos quais são negadas prerrogativas garantidas pela Constituição e, em especial, a luta pela afirmação dos direitos dos dalit e dos sem-casta, discriminados e excluídos de serviços básicos como a educação e a assistência medica. (PA)

Fonte: Agência Fides.

Do abismo à plenitude: homenagem a Viktor Frankl

Reproduzo aqui texto que publiquei em 21 de março de 2005 no site “Abacaxi Atômico” a respeito de Viktor Frankl e a logoterapia. Lembro-me, com muita saudade, do curso “Renascer Jovem”, ministrado pelo Padre Tonico, que era baseado na literatura desse grande psiquiatra austríaco. Boa leitura a todos!

Aos homens não basta saber que existem, mas para quê existem.

Viktor Frankl em Psicoterapia e Sentido da Vida.

No próximo sábado, dia 26 de março [de 2005], uma das figuras humanas mais extraordinárias do século XX estaria fazendo aniversário de 100 anos. Estou me referindo a Viktor Frankl, psiquiatra austríaco. Provavelmente você nunca ouviu falar deste cara, mas certamente conhece a expressão “vazio existencial” – foi ele quem a criou nos idos dos anos cinqüenta. Embora seja um ilustre desconhecido em nosso país, seu principal livro Em Busca de Um Sentido (Man’s Search for Meaning) vendeu mais de cinco milhões de cópias apenas nos Estados Unidos e foi considerado, segundo matéria do New York Times de novembro de 1991, um dos dez mais influentes livros nos EUA.

Frankl nasceu em Viena. Aos 14 anos, na escola, fez a um professor uma pergunta que mudaria o curso de sua vida.

Enquanto estudante de 14 anos no ginásio, eu fiz algo que era muito incomum na ocasião. Eu tive um professor de Ciências Naturais que era muito distante, que ensinava do modo como uma pessoa esperaria que os cientistas o fizessem. Um dia ele afirmou que a vida é simplesmente um processo de combustão, nada além de um processo de oxidação. Levantando repentinamente eu o questionei, “Mas Professor, então que sentido a vida têm?”

Claro que um reducionista/materialista não é capaz de responder a esta pergunta, porque para ele não existe nada mais que a matéria. O absurdo é, nas palavras de Frankl, “promover sua própria incredulidade sob a aparência de ciência”. Quantos sabichões estufam o peito, orgulhosos de tanto saber, mas cuja arrogância é ainda maior que a inteligência que possuem. O fato de a ciência materialista não conseguir uma resposta para isso, não quer dizer que essa inquietação não exista. Mais que isso, negar uma resposta para essa pergunta é negar a própria humanidade do ser humano.

E afinal, qual é o sentido da vida? Frankl sempre buscou encontrar e extrair um significado de todos os eventos que aconteciam em sua vida. Oportunidades não faltaram. Formou-se médico em 1930 e trabalhou em um hospital psiquiátrico em Viena, sendo responsável por milhares de pacientes suicidas. Perdeu o melhor amigo executado pelo regime nazista. Judeu, foi prisioneiro nos campos de concentração nazistas de Auschwitz e Dachau, onde ficou por quase três anos. Ao ser libertado, descobriu que havia perdido quase toda sua família: foram mortos seu pai e sua mãe, além de sua esposa e seu irmão. Somente sua irmã, que fugiu da Europa antes da guerra, permanecia viva.

Ao invés de se deixar consumir pelo rancor, a amargura, o ódio e o ressentimento, Frankl reconstruiu sua vida, pois tinha objetivos a cumprir – metas traçadas durante sua experiência nos campos de concentração, onde, nos momentos mais duros, ele se lembrava de sua esposa e seus familiares, na esperança de revê-los novamente, e carregava consigo a determinação de terminar um livro cujo manuscrito havia sido destruído ao ser preso. Após a sua libertação, ele retomou o trabalho interrompido e reescreveu o manuscrito perdido, de onde publicou o livro The Doctor and the Soul. Em seguida, lançou Man’s search for Meaning (Em Busca de Um Sentido, lançado no Brasil pela editora Vozes), livro em que narra sua experiência pessoal nos campos de concentração – e daí retira lições de fundamental importância para o desenvolvimento de sua teoria psicoterapêutica: a logoterapia.

Durante o cativeiro, Frankl observou que aqueles que sobreviviam à violência, aos maus tratos, aos trabalhos forçados e à fome, quase sempre eram justamente aqueles que conseguiam encontrar um significado para seu sofrimento e mantinham uma esperança de saírem com vida dos campos, seja porquê almejavam reencontrar seus entes queridos ou voltar a trabalhar naquilo que os realizava. Mesmo aqueles prisioneiros fisicamente mais fortes e mais saudáveis, se perdessem a esperança e a vontade de viver, morreriam logo. A determinação de Frankl em sair do campo para continuar a escrever seu livro e para reencontrar sua família ajudam a explicar como ele próprio sobreviveu a condições subumanas de tratamento, aos trabalhos forçados, à subnutrição – para completar, conseguiu se reestabelecer de um ataque de febre tifóide no final da guerra.

Ao contrário de Sigmund Freud, que dizia que a força motivadora do ser humano era o “princípio do prazer”, e de Alfred Adler, outro psiquiatra austríaco (autor da expressão “complexo de inferioridade”), que dizia que a “busca de superioridade” (“vontade de poder”) era o que determinava as ações dos indivíduos, Frankl afirmava sem titubear: a sua teoria, a logoterapia, “concentra-se no sentido da existência humana, bem como na busca por este sentido”. O desejo de encontrar um significado para a própria vida é o que faz a vida valer a pena. O homem é livre para escolher seu caminho e encontrar o sentido para sua existência. A vontade de sentido é o que move o ser humano.

Frankl diz que o ser humano é livre para assumir uma postura frente à realidade que o cerca. Todo ser humano é livre – e ninguém pode tirar do ser humano esta liberdade.

Até mesmo numa situação onde você não tem nenhuma liberdade externa, quando as circunstâncias não lhe oferecem qualquer escolha de ação, você retém a liberdade para escolher sua atitude ante uma situação trágica. Você não se desespera porque esta escolha está sempre com você até seu último momento de vida.

Mas esta liberdade deve ser precedida pela responsabilidade.

É por isso que eu recomendei nos EUA que, além da Estátua da Liberdade na Costa Leste, deveria haver a Estátua da Responsabilidade na Costa Oeste.

Ou seja: somos livres para assumirmos uma postura frente ao mundo, mas somos responsáveis por esta escolha. Temos que assumir então, em conseqüência de nossa liberdade, a responsabilidade por tais escolhas, com as conseqüências que advêm de nossas ações. Cabe a cada ser humano perceber e superar as suas culpas. Se percebemos que a vida realmente tem um sentido, percebemos também que somos úteis uns aos outros. “Ser um ser humano é trabalhar por algo além de si mesmo.”

Assim sendo, o sentido da vida pode ser encontrado por uma pessoa através de três caminhos:

1) o exercício de um trabalho que seja importante, ou a realização de um feito, uma missão, que dependa de seus conhecimentos e de sua ação, e que faça com que a pessoa se sinta responsável pelo que faz;

2) o amor a uma pessoa ou a uma causa, uma idéia, o que estabelece uma responsabilidade para com a pessoa amada ou à causa defendida;

Um pensamento me traspassou: pela primeira vez em minha vida enxerguei a verdade tal como fora cantada por tantos poetas, proclamada como verdade derradeira por tantos pensadores. A verdade de que o amor é o derradeiro e mais alto objetivo a que o homem pode aspirar. Então captei o sentido do maior segredo que a poesia humana e o pensamento humano têm a transmitir: a salvação do homem é através do amor e no amor. Compreendi como um homem a quem nada foi deixado neste mundo pode ainda conhecer a bem-aventurança, ainda que seja apenas por um breve momento, na contemplação da sua bem-amada. Numa condição de profunda desolação, quando um homem não pode mais se expressar em ação positiva, quando sua única realização pode consistir em suportar seus sofrimentos da maneira correta – de uma maneira honrada -, em tal condição o homem pode, através da contemplação amorosa da imagem que ele traz de sua bem-amada, encontrar a plenitude. Pela primeira vez em minha vida, eu era capaz de compreender as palavras: “Os anjos estão imersos na perpétua contemplação de uma glória infinita”.

3) diante de um sofrimento inevitável, assumir uma postura de buscar um significado e utilidade para a dor, pois através da experiência cada pessoa pode contribuir para a vida de outras pessoas.

Frankl foi submetido, junto com outros milhões de pessoas, à experiência degradante e desumanizante dos campos de concentração, onde os indivíduos eram reduzidos a um nível infra-humano, sendo considerados menos ainda que animais. O prisioneiro era desprovido de todos os seus bens, suas roupas, seus objetos e até de seus nomes. Mas ainda assim ele e outros se mantiveram firmes no propósito de sobreviverem – porque suas vidas tinham um sentido. E, ao assumirem seu sofrimento com dignidade, Frankl e tantos outros deram ao mundo um inestimável e vivo testemunho de transcendência. O ser humano existe para transcender, para ultrapassar limites.

Num mundo assolado pelo consumismo materialista, pela negação da humanidade do ser humano, pela banalização pura e simples do prazer (pois, segundo os niilistas, a vida não tem nenhum significado) e pelo vácuo de sentido experimentado por milhões e milhões de pessoas que simplesmente não conseguem encontrar uma utilidade para sua existência, a voz quase solitária de Viktor Frankl tornou-se referência para tantas outras pessoas. Sua coragem, determinação, caráter e despreendimento levaram-no às alturas do espírito humano, bem acima de Freud, Adler, Skinner, entre outros pioneiros, dos quais, diga-se de passagem, com elegância inaudita, ele próprio reconhece as contribuições e seus méritos. Mas as teorias destes precursores são incompletas, porque não abarcam o ser humano em sua totalidade, em sua potencialidade de realizar-se, transcender-se e doar-se. Finalizo este texto com palavras de Viktor Frankl:

Dentro de cada um de nós há celeiros cheios onde nós armazenamos a colheita da nossa vida. O significado está sempre lá, como celeiros cheios de valiosas experiências. Quer sejam as ações que fizemos, ou as coisas que aprendemos, ou o amor que tivemos por alguém, ou o sofrimento que superamos com coragem e resolução, cada um destes eventos traz sentido à vida. Realmente, suportar um destino terrível com dignidade e compaixão pelos outros é algo extraordinário. Dominar seu destino e usar seu sofrimento para ajudar os outros é o mais alto de todos os significados para mim.

Viktor Frankl faleceu em 2 de setembro de 1997, aos 92 anos.

Alguns textos e sites sobre Viktor Frankl e a logoterapia

Site oficial do Viktor Frankl Institut
Biografia e obras de Viktor Frankl
A mensagem de Viktor Frankl – texto de Olavo de Carvalho
Coletânea de pensamentos de Viktor Frankl
Sociedade Brasileira de Logoterapia

Estupro, aborto e valores distorcidos

Por Carlos Ramalhete.

Têm sido espantosas as reações à declaração de dom Cardoso, arcebispo de Olinda e Recife, acerca das excomunhões dos responsáveis pelo aborto das duas crianças geradas no estupro de uma menina de nove anos de idade. O que ele fez foi apenas o seu dever: comunicar ter ocorrido a excomunhão automática dos responsáveis pela morte de duas crianças inocentes. Quem lesse as reações à comunicação, contudo, teria a impressão de que havia uma vida apenas em risco, e esta seria a vida da mãe das crianças. Não é o caso. A vida dela estava, sim, em um certo grau de risco, não maior nem menor que o de muitas mulheres grávidas com alguma complicação. Casos muito piores já chegaram a um final feliz.

Neste caso, contudo, aproveitando-se de uma falsa brecha legal – o fato de o Direito brasileiro não prever punição para o aborto de crianças geradas por estupro ou em caso de risco de vida para a mãe, exatamente como não prevê punição para o furto cometido por um filho contra o pai – grupos de pressão interessados na legalização do aborto apressaram-se, contra a vontade da mãe e de seus responsáveis legais, a matar o quanto antes as crianças que cometeram o crime de terem sido concebidas no transcurso de um repulsivo estupro. Os filhos são punidos com pena de morte pelo crime do pai.

A violência das reações à declaração de dom Cardoso, contudo, mostra claramente o alcance – em alguns setores bastante vocais da classe média urbana – de uma pseudoética apavorante. As crianças mortas simplesmente não entram na equação, não são consideradas. O próprio estupro só é mencionado de passagem. O risco de vida para a mãe é transformado em uma certeza de sua morte. São saudados como heróis salvadores os carniceiros que arrancaram do ventre da mãe duas crianças perfeitamente saudáveis e atiraram os cadáveres em uma cesta de lixo, onde provavelmente estava uma cópia mofada do juramento de Hipócrates que fizeram quando se formaram médicos.

Isto ocorre por ter sido perdida a noção do valor da vida. A vida, em si, para os defensores do aborto, não vale nada. Ao invés dela, o que teria valor seria o resultado final de uma equação que tem como componentes o bem-estar da pessoa e sua utilidade para a sociedade. As crianças abortadas não têm valor para a sociedade, logo podem ser mortas. Mais ainda, não merecem menção. A única criança digna de menção é a mãe, e olhe lá.

Ela mesma, a mãe das crianças abortadas, tem seu sofrimento deixado de lado. Uma menina de nove anos de idade que sofreu a violência de um estupro, provavelmente reiteradas vezes; uma criança ela mesma, vivendo mais que provavelmente em condições miseráveis (sabe-se que sua mãe não sabe ler e escrever, o que serviu bem aos que simplesmente mandaram que apusesse a impressão do polegar aos papéis que, como depois ela veio a saber, eram a sentença de morte de seus netos), foi levada de um lugar para o outro, teve os filhos que ela desejava manter arrancados de seu ventre e mortos, sendo tratada apenas como excelente exemplo de portadora biológica de material a abortar.

É de crer que provavelmente os defensores do aborto teriam de bom grado preferido que ela também tivesse sido abortada: o resultado da equação de utilidade social e bem-estar que usam para valorizar uma vida dificilmente seria alto o suficiente no caso dela para garantir-lhe a sobrevivência.

O estupro, mais ainda, o estupro reiterado e contumaz de uma criança indefesa é um crime asqueroso, que poderia em justiça merecer a pena de morte (não percebi, aliás, em nenhuma das numerosas e estridentes reações pró-aborto à declaração de dom Cardoso, alguém pedindo que fosse estendida ao estuprador a pena de morte que sofreram seus filhos). Quem o comete vê em sua vítima apenas um orifício cercado por forma humana, um receptáculo fraco e indefeso, logo acessível a suas taras. É já uma negação da humanidade da vítima: ela não merece, crê o estuprador, ter direito de opinião sobre o que é feito com seu corpo.

A mesma negação feita pelo estuprador contra sua vítima foi reiterada sobre seus filhos: ela foi estuprada; eles foram mortos. Desumanizada pela primeira vez pelo estuprador, ela o foi novamente, juntamente com seus próprios filhos – a flor de esperança e de vida que poderia ter saído do lodo da violência – pelos que não consideram que a vida tenha, por ser vida humana, algum valor. Agora, esperam eles, esgotado seu valor de propaganda, ela pode rastejar de volta à miséria de seu barraco e deixá-los tocar em paz a campanha pró-aborto.

Fonte: Jornal Gazeta do Povo.

A Pergunta que não foi feita

Por Dom Orani João Tempesta.

Na semana passada estivemos, junto com todo o presbitério da Arquidiocese de Belém, no “deserto” do retiro espiritual e as informações nos chegavam poucas e entrecortadas. O retiro sempre é um tempo de reflexão e aprofundamento da vida espiritual, em vista de uma caminhada de conversão e maior aproximação de Deus.

Ao retornar para a missão diária vi a discussão em torno do caso da criança que teve outra criança abortada na região Nordeste e o destaque que algumas emissoras de comunicação deram, principalmente aquelas mandadas por grupos religiosos independentes.

Não posso acreditar que os direitos humanos sejam só para um lado, assim como não sei como cristãos conseguem defender o assassinato de inocentes. É realmente interessante o fato e o destaque que foi dado!

Mesmo considerando que para Igreja, segundo o Direito Canônico, o fato da morte de um inocente indefeso é um ato que tira da comunhão eclesial a pessoa que o pratica, porém depende também da liberdade de consciência com que a pessoa está ao fazê-lo.

Quando uma pessoa que, tendo seus desequilíbrios emocionais, é capaz de usar sexualmente e brutalmente de uma criança a sociedade deveria se perguntar: “porque chegamos a isso?”

Do modo que coisas se movem no mundo, é bem capaz que o que hoje é crime amanhã seja virtude, como já aconteceu em muitas outras situações – veja-se nesse caso toda a campanha pró-aborto.

Na sexta-feira passada, a Caritas Metropolitana assinou, em nome da Comissão de Defesa da Vida da Arquidiocese, um convênio com um hospital que passará a ajudar a acolher mulheres em situação de risco devido a esse tipo de problema.

Diante de um fato deparado por nós nesse mesmo dia, a magistratura só soube oferecer um tipo de ajuda: a de matar a criança por nascer e ainda ameaçando a mãe da menor que estava nessa situação. Fala-se tanto de direitos para todos e critica-se a Igreja por defender a todos.

Interessante é o depoimento da mãe da adolescente, que testemunhou que o único lugar em que não foi maltratada e sim respeitada foi o escritório da Caritas. Em todos os demais lugares só recebeu acusações e maus tratos. Interessante e confuso esse nosso mundo!

Mas a pergunta ainda continua: por que essas coisas acontecem? A nossa resposta está na mudança de época e de cultura que ora vivemos. A desvalorização da vida, da família, dos valores, da fé acabou conduzindo-nos a um estilo de vida hedonista, subjetivista, consumista e laxista, que parece não ter volta. Mas nós acreditamos que o nosso mundo tem jeito! É essa nossa esperança e nossa luta!

As situações degradantes e complexas irão aumentar enquanto não avançarmos para uma sociedade moderna, onde as pessoas se respeitam, respeitam a vida e sabem cultivar valores. Enquanto vivermos na “idade da pedra”, resolvendo as coisas matando os inocentes e criando violência em nossa frágil sociedade, o homem sempre terá saúde da utopia do “mundo novo”.

Gostaria muito que pensássemos sobre esses caminhos por onde hoje andamos enquanto vivemos a Quaresma e a Campanha da Fraternidade, que questiona justamente as bases de nossa sociedade.

Da resposta que dermos a essas interrogações dependerá o nosso futuro.

Fonte: Site da CNBB.

O nascimento de Cristo foi uma “revolução cósmica”, diz o Papa na Missa da Epifania

Cidade do Vaticano, 06/01/2009 (CWNews.com) – Jesus é “o centro do universo e da História”, disse o Papa Benedito XVI em sua homilia ao celebrar a Missa pela festa da Epifania, que é comemorada em Roma em sua data tradicional, 6 de janeiro.

Relembrando a viagem dos Magos para ver o Menino Jesus, o Papa disse que a estrela que guiou os sábios a Belém foi o sinal de uma “revolução cósmica” que aconteceu com o nascimento do Filho de Deus. Os pagãos olhavam para o céu para predições, acreditando que seus destinos eram influenciados pelos movimentos cegos das divindades, observou o Papa. Mas, com a encarnação do Cristo, os fiéis compreenderam que o universo é controlado não por forças anônimas, mas por um Deus pessoal e amoroso.

“A lei fundamental e universal da criação é o amor divino, tornado carne em Cristo”, o Santo Padre disse. Os fiéis devem se apegar a essa compreensão, não importa que problemas eles enfrentem, afirmou: “Não importa o quão sombrias as coisas estejam, não há escuridão que possa obscurecer a luz de Cristo.”

Com essa convicção, continuou o Papa, os cristãos devem estar preparados para enfrentar os desafios dos dias atuais. Ele falou sobre a necessidade de livrar o mundo do “veneno e poluição” que nos ameaçam hoje e põem em perigo o futuro da humanidade, e a “violência odiosa e destrutiva que não cessa de provocar derramamentos de sangue”.

Fonte: Catholic Culture (em inglês). Traduzido por Matheus Cajaíba.

Bento XVI: “Deus é a verdadeira origem da paz no mundo”

Durante sua homilia de Natal, o Papa Bento XVI explicou que, em qualquer lugar onde Deus esteja, “existe paz”. “Ao nascer como uma criança”, o Pontífice continuou, “Cristo trouxe amor ao mundo, para que aqueles que se aproximarem dele possam ser portadores de sua paz”.

O Santo Padre prosseguiu sua homilia pedindo aos presentes que rezassem pelas crianças do mundo, especialmente aquelas que são vítimas da violência, de abusos ou pornografia.

A Criança de Belém nos convoca novamente a fazermos tudo o que estiver em nosso alcance para colocar um fim no sofrimento dessas crianças; para fazer todo o possível para que a luz de Belém toque o coração de cada homem e mulher. Somente através da conversão de corações, somente através de uma mudança nas profundezas de nossos corações, a causa de todos esses  males será superada, só assim o poder do mal será derrotado. Somente se as pessoas mudarem, o mundo irá mudar; e para mudar, as pessoas precisam da luz que vem de Deus, a luz que tão inesperadamente entrou em nossa noite.

A íntegra do texto da homilia (em inglês) está aqui, no site da CNA, a versão em inglês do site da ACI Digital.