Curso de noivos em uma paróquia da Igreja Católica. Médica fazendo palestra… A profissional se apresenta e se identifica: “vou falar aqui não como ‘católica’, mas como ‘médica'” (hein, hein, hein?). Tudo o que a Igreja Católica condena a respeito de métodos anticoncepcionais é desmentido, na medida em que tais métodos são recomendados pela doutora com ampla publicidade. Pílula anticoncepcional, DIU (que a médica GARANTE não ser abortivo), camisinhas… E tudo mostrado aos alunos do curso, sem a menor cerimônia, com dicas e instruções sobre como utilizá-los. Daí, uma das alunas pergunta à médica sobre o método Billings… Aceito e recomendado pela Igreja. A médica desconversa, sem disfarçar a ignorância no assunto.
Um católico deve ser católico em primeiro lugar, sem vergonha, sem medos, sem constrangimentos. O católico deve estar convencido daquilo que a instituição que ele diz seguir ensina. Ele deve crer e externar essa crença publicamente. Uma católica que se apresenta como médica, não católica, está querendo dizer: tenho vergonha da fé que digo professar! Uma médica católica antes de tudo deve ser católica, tendo como modelo Santa Gianna Beretta Molla, médica católica. Uma médica que fala como médica, não como católica, negando a Igreja a qual diz, com a maior cara de pau, pertencer, não é católica e não deveria estar fazendo palestras em um curso católico. Será que é tão complicado assim? Um católico que finge ser católico é alguém que mina a idoneidade da Igreja!
O mais deprimente disso tudo é que esse curso, neste exemplo citado, não é exceção, mas é regra. Os cursos de noivos das paróquias da Igreja Católica no Brasil são tudo, menos… católicos. Não há exposição sobre a doutrina da Igreja em relação ao matrimônio (espiritualidade? Santidade no lar e na família? O que é isso?), não há explicação sobre o magistério católico a respeito de anticoncepcionais, explicando o porquê da posição tão “radical” da Igreja no que diz respeito a este assunto, não há a menor intenção de mostrar aos noivos a importância do sacramento para a manutenção da sociedade e da própria Igreja, na medida em que os pais católicos têm a obrigação de ensinarem aos filhos a fé católica. A Igreja começa na própria família, através dos exemplos dados pelos pais.
E ainda tem gente falando pelos cotovelos que a Igreja precisa se modernizar para não mais perder adeptos… Pensem um pouco: uma médica dessas fazendo palestra num curso de noivos católico fere a credibilidade da instituição como um todo. Quem vai querer ser realmente católico em uma Igreja que não respeita seus próprios princípios?… Quem vai querer ser católico, ao perceber que o que a Igreja Católica ensina é mostrado com uma balela dentro da própria instituição, em um curso promovido pela própria Igreja Católica?… Ou seja: na Igreja Católica, se ensina que não é necessário seguir os ensinamentos da própria Igreja Católica! Repetindo: quem é que vai ter respeito para uma instituição que mais se parece com um hospício?????
Modernizar-se? Não, não. Como podemos ver, já estão modernos, e até demais! O que os católicos precisam é criar um pingo de vergonha na cara!
Ah, que bom que estás de volta, Matheus. Espero que agora voltes com tudo e não nos prive mais dos seus textos, ora instigantes, ora hilários, ora polêmicos, ora reflexivos, mas que sempre valem a pena lê-los